Por Josias de Souza
A
conversão de Lula em superchefe da Casa Civil de uma Presidência em franco
encolhimento, aplica na conjuntura política do país um redutor. Tudo fica menor
a partir do instante em que, incapaz de elevar a própria estatura, Dilma
rebaixa o teto de sua autoridade por meio de um autogolpe.
Em
condições normais, os suspeitos costumam ser expurgados dos governos. Sob a
anormalidade que passou a reger sua ex-gestão, Dilma rebaixa todos os padrões
éticos. Lula chega ao quarto andar do Planalto arrastando as correntes dos
processos em que é investigado por corrupção, tráfico de influência, lavagem de
dinheiro e falsidade ideológica.
Os
ministros do STF frequentemente acham que estão sentados à direita de Deus. Ao
fugir da caneta de Sérgio Moro para refugiar-se atrás do biombo celestial do
foro privilegiado - agora convertido em 'desaforo privilegiado' - Lula trata o
Supremo como uma espécie de Casa da Mãe Joana de toga, reduzindo-o ao patamar
de tribunal de quinta instância.
Considerando-se
o conjunto da coreografia, o Brasil, com sua presidente autoconvertida em
ex-presidente ainda no exercício da Presidência, virou uma sub-República de
Bananas. É o primeiro país do planeta a ser presidido por uma piada.
Fonte:
http://josiasdesouza.blogosfera.uol.com.br/
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