Por Fabio Blanco
Cansei de, ao denunciar o esquerdismo escancarado dos componentes da Teologia da Missão Integral (TMI), ter de ouvir impropérios de seus defensores, principalmente tentando me convencer de que a TMI se trata apenas de um movimento voltado para uma nova forma de apresentar o Reino de Deus.
Apesar das diversas manifestações de minha parte e de tantos outros cristãos, atentos para os perigos que representa a Missão Integral para a Igreja brasileira, mostrando como seus integrantes são claramente tomados de ideologia de esquerda e agem, incessantemente, no sentido de inoculá-la no seio da comunidade cristã, tínhamos que, constantemente, nos deparar com contestações cheias de evasivas, que possuíam, como único objetivo, a dispersão, fazendo com que as pessoas não percebessem o radicalismo de suas propostas e continuassem aceitando-as como se meramente fossem obras de caridade, aplicadas por almas puras e bem intencionadas.
Para quem, porém, já adquiriu certo traquejo na identificação dos macetes ideológicos, a névoa de palavras lançadas por eles não engana. Ainda que negassem, jurando pelo sangue de Cristo, que não eram socialistas, os fatos insistiam em negar-lhes a razão.
Agora, diante dos últimos acontecimentos na República, onde vemos o partido governista ser acusado de todo tipo de atrocidades e corrupção, comovendo grande parte do povo brasileiro em favor de sua retirada da direção do país, os integrantes da Missão Integral começam a mostrar sua face verdadeira.
E ela se escancara com um MANIFESTO, assinado por nomes como Ariovaldo Ramos, Ed René Kivitz e Paulo Cappeleti, lançado no dia 21 de março de 2016, que, apesar de manter aquele linguajar típico, que sempre tenta desvirtuar o cerne dos fatos, deixa muito claro de que lado o pessoal da TMI está.
Repetindo o que o próprios petistas têm dito diuturnamente, eles falam em apoio às investigações, em defesa da democracia, mas deixam muito claro que são contra o impeachment ou a destituição da presidente de qualquer outra maneira.
Isso quer dizer que, apesar de todas as provas de que o governo que se encontra no Planalto seja o mais corrupto da história do Brasil, quiçá, da história universal, ainda assim, permanecem convictos que de que ele deve ser defendido contra tudo e todos.
Chegam ao absurdo de comparar as manifestação do povo brasileiro contra o governo e contra a nomeação ao ministério do ex-presidente, aos gritos daqueles que pediram a crucificação de Cristo, fazendo uma clara alusão a Lula como o Messias.
Com isso, deixam à mostra seu lado mais sombrio, que consegue, com uma facilidade que assusta, comparar Jesus com um homem que já deu mostras de baixíssimo nível moral e que age como um tiranete megalomaníaco.
Se apresentam como os verdadeiros defensores do Evangelho, mas, na verdade, não passam de blasfemadores.
Que os integrantes da Missão Integral sejam petistas, comunistas, esquerdistas ou carreguem a ideologia que bem entenderem é o que menos importa. O que deve ser colocado às claras, é que sua obra não tem nada e inocente, como eles costumam apresentar diante da Igreja no Brasil. Muito menos apolítica ou apartidária.
As pessoas precisam saber que, ao se associarem a eles, permitirem que seus integrantes falem em suas comunidades, divulgarem suas ideias, estão, de fato, apoiando esquerdistas fanáticos, socialistas radicais, e até petistas inveterados.
Eu acredito que as pessoas devem ter liberdade de expor suas ideias, e até defender suas ideologias, por mais esdrúxulas que elas sejam. No entanto, o perigo aqui é o diversionismo. Que os integrantes da Missão Integral sejam esquerdistas radicais, tudo bem. Mas que, pelo menos, eles deixem isto claro sempre que abrirem suas bocas.
O problema é que esperar essa honestidade de gente tomada de mentalidade revolucionária talvez seja inocência demais.
http://www.fabioblanco.com.br
Fonte: "Mídia Sem Máscara"
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