1. Juraci
Dórea monta escultura no campus da Uefs
2. Tuna
Espinheira com Dimas Oliveira, Juraci Dórea e o produtor Wiltonauar Moura
3. Tuna
Espinheira e equipe em Canudos
Fotos: Divulgação
Na noite de
terça-feira, 15 de outubro, às 20 horas, em sala do Orient Cineplace,
pré-estreia do documentário "O Imaginário de Juraci Dórea no Sertão:
Veredas", com argumento e direção de Tuna Espinheira, filmado
principalmente em Feira de Santana, com tomadas no Campo do Gado e no campus da
Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), onde foram plantadas
esculturas do "Projeto Terra" do artista plástico feirense.
"Este
trabalho, cujo protagonista é um personagem da história desta brava
região", segundo Tuna, pretende mostrar o sertão através do imaginário, inspirado no
"Projeto Terra", que completa 30 anos de execução por Juraci Dórea.
Aprovado pelo FSA/BRDE - Prodavi, o filme foi rodado em Digital HD
pela produtora Larty Mark. A produção executiva é de Wiltonauar Moura e deverá também ser
exibido pela TVE Bahia. Tem apoio do governo Cidade Trabalho, através da
Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer e Secretaria de Trabalho, Turismo e
Desenvolvimento Econômico.
O documentário
"revisita os caminhos percorridos pelo artista, registrando o que ainda
existe, recuperando o que for possível e colocando novas obras no trajeto entre
Feira de Santana, Monte Santo, Canudos e Raso da Catarina, colhendo depoimentos
de pessoas e personagens de cada local ao mesmo tempo em que promoveu o
conhecimento da arte", conta Tuna Espinheira. Além de Juraci Dórea ser o
motivo do filme, a produção conta com dois nomes feirenses na ficha técnica:
Dimas Oliveira e Selma Soares.
Tuna Espinheira escreve sobre seu
trabalho: "Era uma vez o sertão que virou museu a céu aberto, ao sol, a
chuva, ao tempo... foi, precisamente desta maneira, que o artista, Juraci
Dórea, arrumou seu matulão e, fazendo às vezes do pregador bíblico, João
Batista, adentrou as veredas do sertão baiano, descortinando suas icônicas
esculturas, de madeiras vestidas de couro, com uma linguagem contemporânea,
desconhecida naqueles ermos, bradando no deserto. Logo/logo, viriam as
exposições itinerantes, ciganas, de quadros de pintura, com motivos populares.
Um festão em cada lugar por onde passava. E assim foi que, estas semeaduras de
arte em léguas tiranas , no agreste, através de documentações fotográficas,
chegaram à mídia e o fazer do artista ganhou botas de sete léguas e asas de
albatroz e, invertendo a normalidade do processo, saiu do assombroso museu a
Deus dará, para os espaços emblemáticos das Bienais, São Paulo, Veneza etc. E o
Sertão virou mar...
Nosso
filme/documentário, assim foi em busca de contar esta estória cuja gênese é o
distante 1982, tempo abissal, sobretudo para encontrar vestígios das esculturas
pioneiras, urdidas como arte efêmera, de vida curta. Juraci embarcou nesta
canoa, foi um dos mais indômitos membros da equipe, plantamos, de Feira de
Santana, passando por Monte Santo e Canudos, quatro novas e enormes esculturas,
conversamos com muita gente sertaneja... À mercê do calor da hora, fomos
colhendo material... O combustível necessário para que La Nave Vá...
No próximo
dia 15 de outubro, na luminosa tela grande do escurinho do cinema , em Feira de
Santana, estaremos realizando a pré-estreia deste filme, de 52 sertanejos
minutos, às 20 horas. Esperando que, daí em diante ele, o filme, possa caminhar
com as suas próprias pernas... Com as graças da corte celeste..."
Um comentário:
Adorei o filme!
as imagens, a música, tudo muito bem formulado
O sertão através da perspectiva do artista Juraci Dórea é simplismente bela, crua e adorável de ver.
Postar um comentário