Por Augusto Nunes
Reunido com representantes
da imprensa sindical numa sala do Instituto Lula, o palanque ambulante resolveu
ampliar nesta terça-feira o colossal acervo de bravatas. "É o seguinte: eu
estou no jogo", avisou. Ninguém tentou descobrir a que jogo o chefe se referia.
"Estou voltando, com muita
vontade, com muita disposição, para a felicidade de alguns, para desgraça de
outros". Voltando de onde?, perguntariam jornalistas de verdade. Os
companheiros convidados para a "entrevista" afundaram no deslumbramento de quem
testemunha uma aparição de Nossa Senhora.
O resto do recado nada tem
de enigmático. Lula pretende alegrar os devotos da seita lulopetista e espalhar
a desgraça entre os que não engolem o Chefe Supremo. Se não estivesse de
férias, a oposição oficial já teria desafiado o fanfarrão: se não consegue
conter a vontade de soltar o verbo, que tal quebrar o silêncio sobre o caso
Rose?
Como mostra o post de 4 de
abril de 2013, reproduzido na seção Vale Reprise, pelo menos 40 perguntas e
dúvidas aguardam respostas ou álibis há 307 dias. O ex-presidente jura que está
com coceira na garganta. Pode resolver o problema tentando esclarecer a
história muito mal contada.
Fala, Lula.
Fonte: "Direto ao Ponto"
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