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quinta-feira, 10 de março de 2016

"Lista de derrotas petistas aumenta cada vez mais"

Por Felipe Moura Brasil
A denúncia contra Lula, Marisa Letícia, Lulinha e mais 13 pessoas foi apenas a cereja do bolo.
A lista de derrotas petistas vai muito além - e aumenta cada vez mais.
Veja um resumo:
1) STF barrou a nomeação de Wellington César, vulgo WC, para ministro da Justiça.
Por 10 votos a 1, a Corte considerou ilegal a indicação de um membro do Ministério Público para cargo no governo e deu vinte dias para WC deixar a pasta.
Dilma Rousseff terá de escolher outro esbirro do PT para dar descarga na Lava Jato.
2) Adivinhe de quem foi o único voto vencido no julgamento.
Marco Aurélio Mello, claro.
Depois de soltar fumaça contra o juiz Sérgio Moro pela condução coercitiva de Lula e contra a Câmara dos Deputados por questionar a decisão sobre o rito de impeachment, o pai de uma desembargadora nomeada por Dilma relativizou a lei para tentar salvar a petista:
"Estamos praticamente no pico de uma crise sem precedentes. Cabe atuar com serenidade, temperança e apego ao direito positivo. Não tenho a menor dúvida de que essa decisão do Supremo acaba agravando a crise institucional vivenciada."
Este blog não tem a menor dúvida de que "direito positivo" é a derrota humilhante de Marco Aurélio.
3) O 10 a 1 também marcou a estreia de José Eduardo Cardozo na AGU.
Em sua primeira sustentação oral no plenário do STF, o ex-ministro da Justiça mostrou que tem muito a contribuir com o Brasil como advogado de Dilma Rousseff.
4) O PMDB do Senado começa a desembarcar do governo.
Renan Calheiros deu um aviso a Lula, segundo Gerson Camarotti, do G1:
"As pessoas não perguntam mais se a presidente Dilma vai ficar ou não no governo. As pessoas me perguntam quem vai substituir Dilma no Planalto".
Este blog pergunta quando o STF vai colocar o julgamento de Renan em pauta para que ele possa ser substituído também.
5) Depois do café com Lula, Renan jantou com os tucanos para tratar da "transição" do governo Dilma.
A implementação no país de um sistema semelhante ao parlamentarismo - um semipresidencialismo nos moldes da França - foi discutida no jantar, segundo o G1.
Por essa proposta articulada por Renan e José Serra, o presidente da República é eleito, mas nomeia um primeiro-ministro com aval do Legislativo, que chefia o gabinete formado por todos os outros ministros de Estado.
Em caso de crise, o Legislativo pode destituir o primeiro-ministro, obrigando o presidente a escolher outra pessoa para o posto, que por sua vez, nomearia outros ministros.
Este blog acha bizarro imaginar Renan discutindo parlamentarismos em tempos de Lava Jato.
Mas até entende que ele queira substituir Dilma por um primeiro-ministro sobre o qual tenha poder.
6) Zwi Skornicki "cogita fazer uma delação premiada", segundo O Globo.
Ele é o operador da Keppel Fels, que pagou 4 milhões de dólares ao marqueteiro do PT João Santana e sua mulher durante a campanha de Dilma, em 2014.
Se isso se confirmar, Dilma pode empacotar mais cedo as mandiocas.
7) A delação de executivos da Andrade Gutierrez está em curso.
Ela mostra o modus operandi de arrecadação de recursos da campanha de Dilma em 2014 e tem tudo para acelerar a queda da mulher sapiens também.
8) Teori Zavascki vai homologar em breve a delação de Delcídio do Amaral, ex-líder do governo Dilma no Senado.
Quando o conteúdo total for amplamente divulgado, com novidades sobre alvos já citados e outros que ainda não foram, será ainda mais divertido.
9) Marcelo Odebrecht poderia "detalhar o caminho de recursos por contas no exterior até o caixa eleitoral" do PT e do PMDB, segundo a Folha.
Se ele fechar delação sem poupar ninguém, como supostamente deseja o papai Emílio e deverão fazer seus subordinados Márcio Faria e Rogério Araújo, a Papuda vai ficar pequena.
10) Léo Pinheiro já estaria decidido a falar.
O relato do ex-presidente da OAS sobre os favores a Lula no sítio e no tríplex serão decisivos para a prisão do "chefe".
O sintomático apelido foi o próprio Pinheiro quem deu.
11) Herman Benjamin, do STJ, autorizou o indiciamento do governador petista de Minas Gerais, Fernando Pimentel, por envolvimento no esquema de corrupção e lavagem de dinheiro descoberto pela Operação Acrônimo.
A decisão permite que a Polícia Federal interrogue Pimentel.
Este blog parabeniza o ministro Benjamin por apresentar mais um petista à lei.

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