Por Mário Ivan Araújo Bezerra, extraído do "Mídia Sem Máscara"
Nunca antes, na história deste país, havíamos tido um presidente da República que incentivasse o racismo. Pois bem, agora temos: nosso presidente - por descuido, premeditadamente ou por falta de assessoramento - declarou, alto e bom som, que a atual crise econômica foi provocada por pessoas brancas de olhos azuis. Declaração tão fora de propósito é até difícil de comentar. Que terá pensado de nós o primeiro-ministro britânico, que ficou de boca aberta, sem saber o que dizer? Será que não há limites para tantos destemperos? Será que a assessoria presidencial não pode (ou não quer) fazer nada a respeito?
Decididamente, o atual governo entrará para a História como o que mais conseguiu (ou, pelo menos, tentou) desunir o país, exatamente o contrário do que fizeram D. Pedro II e tantos insignes brasileiros que dedicaram sua vida à formação de um Brasil forte e uno. Tempos atrás, Lula declarou repetidamente que a culpa de todas as nossas mazelas era da elite, esquecendo-se de que ele próprio faz parte dessa elite, a mesma que dá empregos e gera riquezas. Em seguida, irritado pela recusa do Senado em prorrogar a vigência da CPMF, declarou, em rede nacional de televisão, que a derrota do governo era culpa de 10 milhões de ricos, que haviam logrado acabar com o único imposto que não conseguiam sonegar. Outro exemplo típico de incentivo às lutas de classes foi a criação de vagas privativas para minorias raciais nas universidades. Uma bomba que ainda não estourou com toda sua capacidade explosiva é a questão dos descendentes dos quilombolas, que está sendo tratada de forma completamente distorcida pelo governo, esquecido, por exemplo, que o bairro do Leblon já foi um quilombo e, segundo a legislação em vigor, pode ser sumariamente desapropriado.
Chega de fomentar ódios! Alguém consegue imaginar os americanos devolvendo aos índios a ilha de Manhattan, que foi trocada por dois garrafões de uísque?
É preciso que os homens de bem levantem sua voz e deixem claro, de uma vez por todas, que o Brasil é um país multirracial e que disso temos muito orgulho. Aqui, os brancos de olhos azuis têm o mesmo valor dos pretos, dos mulatos, dos amarelos, dos índios, etc, etc. Nossa Constituição (da qual o presidente foi um dos redatores) não deixa dúvidas a respeito. E mais: não queremos mudar.
Por último, é bom lembrar que devemos muito a essa gente branca de olhos azuis que hoje está sendo execrada. Por exemplo: a lâmpada elétrica, o automóvel, o avião, a televisão, o computador, a penicilina, a ultrassonografia, etc, etc.
* Mário Ivan Araújo Bezerra é general-de-Divisão (R) do Exército Brasileiro
Decididamente, o atual governo entrará para a História como o que mais conseguiu (ou, pelo menos, tentou) desunir o país, exatamente o contrário do que fizeram D. Pedro II e tantos insignes brasileiros que dedicaram sua vida à formação de um Brasil forte e uno. Tempos atrás, Lula declarou repetidamente que a culpa de todas as nossas mazelas era da elite, esquecendo-se de que ele próprio faz parte dessa elite, a mesma que dá empregos e gera riquezas. Em seguida, irritado pela recusa do Senado em prorrogar a vigência da CPMF, declarou, em rede nacional de televisão, que a derrota do governo era culpa de 10 milhões de ricos, que haviam logrado acabar com o único imposto que não conseguiam sonegar. Outro exemplo típico de incentivo às lutas de classes foi a criação de vagas privativas para minorias raciais nas universidades. Uma bomba que ainda não estourou com toda sua capacidade explosiva é a questão dos descendentes dos quilombolas, que está sendo tratada de forma completamente distorcida pelo governo, esquecido, por exemplo, que o bairro do Leblon já foi um quilombo e, segundo a legislação em vigor, pode ser sumariamente desapropriado.
Chega de fomentar ódios! Alguém consegue imaginar os americanos devolvendo aos índios a ilha de Manhattan, que foi trocada por dois garrafões de uísque?
É preciso que os homens de bem levantem sua voz e deixem claro, de uma vez por todas, que o Brasil é um país multirracial e que disso temos muito orgulho. Aqui, os brancos de olhos azuis têm o mesmo valor dos pretos, dos mulatos, dos amarelos, dos índios, etc, etc. Nossa Constituição (da qual o presidente foi um dos redatores) não deixa dúvidas a respeito. E mais: não queremos mudar.
Por último, é bom lembrar que devemos muito a essa gente branca de olhos azuis que hoje está sendo execrada. Por exemplo: a lâmpada elétrica, o automóvel, o avião, a televisão, o computador, a penicilina, a ultrassonografia, etc, etc.
* Mário Ivan Araújo Bezerra é general-de-Divisão (R) do Exército Brasileiro
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