Em recente reunião
de Dilma com governadores e senadores eleitos a 5 de outubro, o "Coração
Valente" ao fundo
(Foto: Ichiro Guerra)
(Foto: Ichiro Guerra)
Por Ricardo Setti
Não faltava mais nada, mais nada, nadinha mesmo na campanha eleitoral da presidente Dilma Rousseff.
Agora, volta e meia ela aparece diante de cartazes dos tempos em que integrava a luta armada, o que lhe valeu o qualificativo marqueteiro de "Coração Valente".
A ideia foi escandalosamente roubada por marqueteiros de uma outra campanha, como mostrarei abaixo. Mas isso não é nada.
Os cartazes da "Coração Valente", como o que vocês verão logo abaixo parágrafo, querem insinuar que Dilma, quando integrava a luta armada contra a ditadura militar, "plantava a liberdade" para, hoje, "colher democracia".
Com todo o respeito à figura da presidente, a candidata Dilma está MENTINDO. Repito: MEN-TIN-DO.
A organização armada a que ela pertencia, a VAR-Palmares - antes ela pertenceu à minúscula Polop, depois à Colina, que acabou se fundindo na Vanguarda Armada Revolucionária - Palmares -, de fato enfrentava a ditadura militar, mas apelando para a violência e a luta armada. Não há notícia, em lugar algum, que os "guerrilheiros" da VAR-Palmares, ou terroristas, como os chamava o regime militar, tenham, em qualquer tempo, pregado as liberdades democráticas tais como as conhecemos.
A organização chefiada pelo ex-capitão do Exército Carlos Lamarca pregava a luta armada como forma de chegar ao poder, que seria exercido, em nome dos "trabalhadores", por um partido único.
Não há um parágrafo, uma frase, uma linha que seja no "programa de luta" da VAR-Palmares de Dilma defendendo eleições diretas, o pluripartidarismo, o direito à livre expressão do pensamento, a liberdade de imprensa, a liberdade partidária, a livre organização sindical, a garantia dos direitos individuais, a supremacia da lei e o primado da Justiça, a independência dos Poderes - nada, nada, nada, absolutamente nada de tudo aquilo que a Humanidade aperfeiçou e que se chama democracia, "o pior regime que existe, excetuado todos os demais", na frase imortal do grande estadista britânico Sir Winston Churchill.
A VAR-Palmares, organização de luta armada a que Dilma pertence,
enfrentou de fato a ditadura, recorrendo a métodos violentos, mas jamais
plantou a "liberdade". E muito menos defendeu a democraciaNão faltava mais nada, mais nada, nadinha mesmo na campanha eleitoral da presidente Dilma Rousseff.
Agora, volta e meia ela aparece diante de cartazes dos tempos em que integrava a luta armada, o que lhe valeu o qualificativo marqueteiro de "Coração Valente".
A ideia foi escandalosamente roubada por marqueteiros de uma outra campanha, como mostrarei abaixo. Mas isso não é nada.
Os cartazes da "Coração Valente", como o que vocês verão logo abaixo parágrafo, querem insinuar que Dilma, quando integrava a luta armada contra a ditadura militar, "plantava a liberdade" para, hoje, "colher democracia".
Com todo o respeito à figura da presidente, a candidata Dilma está MENTINDO. Repito: MEN-TIN-DO.
A organização armada a que ela pertencia, a VAR-Palmares - antes ela pertenceu à minúscula Polop, depois à Colina, que acabou se fundindo na Vanguarda Armada Revolucionária - Palmares -, de fato enfrentava a ditadura militar, mas apelando para a violência e a luta armada. Não há notícia, em lugar algum, que os "guerrilheiros" da VAR-Palmares, ou terroristas, como os chamava o regime militar, tenham, em qualquer tempo, pregado as liberdades democráticas tais como as conhecemos.
A organização chefiada pelo ex-capitão do Exército Carlos Lamarca pregava a luta armada como forma de chegar ao poder, que seria exercido, em nome dos "trabalhadores", por um partido único.
Não há um parágrafo, uma frase, uma linha que seja no "programa de luta" da VAR-Palmares de Dilma defendendo eleições diretas, o pluripartidarismo, o direito à livre expressão do pensamento, a liberdade de imprensa, a liberdade partidária, a livre organização sindical, a garantia dos direitos individuais, a supremacia da lei e o primado da Justiça, a independência dos Poderes - nada, nada, nada, absolutamente nada de tudo aquilo que a Humanidade aperfeiçou e que se chama democracia, "o pior regime que existe, excetuado todos os demais", na frase imortal do grande estadista britânico Sir Winston Churchill.
Se vocês não acreditam e quiserem conferir se há qualquer inverdade no
que escrevo, encham os pulmões, munam-se de coragem e paciência e cliquem no
link que vou oferecer a seguir onde está o documento-base da VAR-Palmares, um
tijolaço de 35 páginas datilografadas em espaço um que vocês encontram aqui
Cartaz da campanha
de Heloisa Helana (PSOL), candidadata à Presidência em 2006
Não bastava, porém,
passar a falsa informação de que uma organização cujos fundamentos de chegar ao
poder fundavam-se na na violência armada pregava a "liberdade" e queria
que o país desembocasse em uma “democracia”.
O "Coração Valente" que os marqueteiros tentam pespegar em Dilma foi escandalosamente furtado da
campanha da então senador Heloísa Helena (PSOL-AL), candidata à Presidência da
República em 2006, conforme está no cartaz acima.
Os registros a
respeito são in-des-men-tíveis.
Vejam, por exemplo,
um vídeo de campanha de Heloísa Helena postado a 28 de setembro de 2006, sob o
título "Heloísa Helena Coração Valente":
Já este vídeo de
2009 - repito, de 2009, ou seja, de cinco anos atrás - mostra a canção "Coração
Valente", composta pelo músico Vital Farias e apresentada no 2º Congresso do
PSOL em 21 de agosto daquele ano:
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