O deputado
federal Cláudio Cajado (Democratas) defendeu a reforma política como ação a
ser priorizada pelo Congresso Nacional na próxima legislatura. Em discurso
forte no plenário da Câmara dos Deputados, na tarde de segunda-feira, 28, Cajado decretou a falência do atual modelo e propôs a ampliação do
debate em torno do tema.
"Acredito
que todos nós podemos tirar algo dessas eleições: o atual modelo político
eleitoral está falido. Não trago em minha fala a dicotomia entre governo e
oposição, e sim, a responsabilidade para podermos superar as divergências e
ficarmos no debate das ideias, exclusivamente das ideias", declarou Cajado.
O democrata
baiano ressaltou o consenso inédito no país em torno do desejo pela reforma, o
que torna o momento ideal para que ela se concretize. De acordo com ele, será
preciso "coragem" dos parlamentares para que deixem de lado suas desavenças em
torno do objetivo comum.
"Se nós não
tivermos a coragem de fazer as reformas estruturantes que o Brasil precisa, não
terá valido a pena o sacrifício do processo eleitoral que todos enfrentamos.
Deixaremos para trás a espinha dorsal do modelo de gestão que perpassa pela
representatividade popular e pelos cargos do Poder Executivo. Isso tudo se
inicia no processo eleitoral e é daí que vem o vício que faz com que se deturpe
a atividade fim: o exercício dos mandatos", alegou.
Justiça Eleitoral
Cláudio
Cajado lembrou que, enquanto o Congresso adia a aprovação de um projeto de
reforma, o papel de legislador tem sido tomado pela Justiça Eleitoral, que
transcende a sua função de modo a tentar organizar o processo cada vez mais
obsoleto da eleição.
"Ao tratar
da reforma política, também tratamos da reforma eleitoral e do código
eleitoral. Não podemos mais vacilar no enfrentamento de questões que não
consensualizamos, de modo a permitir por muitas vezes os tribunais legislem por
nós", explicou.
(Com informações da Assessoria de Comunicação)
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