Por César Maia
Os debates não mudam o voto dos decididos. Mas podem mudar
os dos indecisos - 6% - somados aos que marcam sua intenção de voto nas
pesquisas, mas admitem que podem mudar -10%. A tendência dos indecisos se pode
mensurar pelas perguntas feitas pelos indecisos escolhidos pelo Ibope para
fazerem perguntas. Todas as perguntas foram de críticas ao governo. Ou seja:
precisavam de razões para votar na oposição.
O debate mostra a falta
que faz a prática parlamentar. Dilma não tem eloquência, gagueja, perde a
continuidade da frase e se interrompe. Aécio não apenas levou vantagem por
isso, mas com tiradas que geram lembrança como "para acabar com a corrupção no
Brasil: tirar o PT do poder". Dilma tem erros de concordância e de português
(para mim responder, etc.). E ainda sugeriu à economista indecisa fazer o Pronatec (arghh).
A ambos falta suavizar
as expressões, o que a TV gosta. Dilma nunca, Aécio às vezes.
A audiência do debate
foi de 30 pontos na média e 38 pontos no pico. A cada 100 televisores ligados,
47 sintonizavam o debate.
Numa pesquisa
telefônica (600 ligações Rio, SP, BH), buscando aqueles que não estavam
convencidos antes do debate, citando Aécio, Dilma e nenhum dos dois por
enquanto, e usando como referência aqueles 16% de indecisos, 39% responderam
que o debate não foi suficiente. 41%, responderam Aécio e 20% Dilma. Ou seja,
liquidamente, Aécio cresceria 3,3 pontos em relação à Dilma pelo debate,
extrapolando-se para todo o Brasil.
Fonte: "Ex-Blog do César
Maia"
Nenhum comentário:
Postar um comentário