Por Rodrigo
Constantino
Como o
previsto, a vitória de Dilma, em parte já antecipada pelos mercados por causa
das pesquisas e agora confirmada, jogou gasolina na fogueira do pessimismo
(realismo?) dos investidores. Seu discurso de vitória tampouco serviu para
aliviar: vem plebiscito por aí, eis sua grande “mudança”.
A corrida
para o dólar é imediata, e ele já vale quase R$ 2,55, com tendência clara de
alta. Isso significa que todos nós acordamos mais pobres em relação ao resto do
mundo. Nosso dinheiro compra menos bens e serviços no exterior, os importados
ficam mais caros, e a inflação sobe. Eis o gráfico que assusta:
Além
disso, o mais previsível também ocorreu até agora: o “kit eleição”, formado
pelas estatais, despencou. A Petrobras cai até o momento em que escrevo mais de
13% no dia, que mal começou. É sangria desatada, pânico, desespero. Mas nada
sem fundamento, claro. Os investidores atentos sabem muito bem o que mais
quatro anos de PT pode significar para a empresa: sua completa destruição!
Vejam:
Como
podemos ver, a reeleição de Dilma já faz sua primeira vítima: todos aqueles
trabalhadores de classe média que investiram sua poupança nas ações da estatal
por meio do FGTS e acordaram bem mais pobres hoje.
A “nova
classe média” que finalmente conseguiu viajar para o exterior pela primeira
vez, com muita celeuma do próprio governo, terá de arcar agora com uma moeda
bem mais desvalorizada também. Os custos do equívoco de ontem estão apenas
começando. Podem ficar tranquilos, pois vai piorar. Especialmente quando Dilma
anunciar seu novo ministro da Fazenda, uma grande “mudança”…
Fonte: http://veja.abril.com.br/
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