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segunda-feira, 27 de outubro de 2014

"Cubanos fogem, de novo, para Miami"

Por Frances Robles
Leonardo Heredia, um padeiro cubano de 24 anos, havia em oito ocasiões tentado chegar à Flórida.
Finalmente, ele e 21 amigos de seu bairro em Havana reuniram sua experiência e montaram um barco usando um motor Toyota, sucata de aço inoxidável e espuma de plástico. Guiados pelo GPS, conseguiram desembarcar na Flórida.
"O que era ruim em Cuba agora ficou pior", disse Heredia. "Se houvesse mais dinheiro em Cuba, todo mundo iria embora."
Heredia é um dos cerca de 25 mil cubanos que chegaram por terra e mar aos Estados Unidos sem vistos de viagem no período de um ano encerrado em 30 de setembro, segundo dados do governo. Ele também representa um inesperado regresso à época em que os cubanos viajavam em barcos caseiros, feitos com peças de carros velhos e câmaras de ar, na esperança de encontrar águas calmas e ventos favoráveis. Como o número de cubanos que tentaram fazer a viagem praticamente dobrou nos últimos dois anos, o total de embarcações impróprias para a perigosa travessia de 145 km também aumentou.
Desde a crise dos balseiros de 1994 os EUA não recebiam tantos migrantes cubanos. O atual aumento reflete uma política imigratória nos EUA que dá tratamento preferencial aos cubanos. Também mostra de forma crua a crescente frustração na Cuba pós-Fidel Castro.
"Acredito que haja um enorme êxodo silencioso", disse Ramón Saúl Sánchez, um líder dos exilados em Miami. "Estamos de volta àqueles tempos, como em 1994, em que as pessoas construíam pequenos dispositivos flutuantes, tendo parentes aqui ou não."
A Guarda Costeira dos Estados Unidos detectou 3.722 cubanos no último ano, quase o dobro do número de interceptados em 2012. Segundo o acordo de migração assinado em 1994, os migrantes capturados no mar são enviados de volta a Cuba. Os que conseguem alcançar terra firme podem permanecer.
Yannio La O, 31, treinador de luta livre em escola primária, chegou recentemente a Miami após ter problemas no seu barco e desembarcar no México. Ele e outras 31 pessoas saíram no final de agosto, no sul de Cuba. Tiveram problemas com o motor e ficaram 24 dias perdidos no mar.
Nove pessoas, incluindo uma mulher grávida, morreram e foram lançadas ao mar, e outras seis entraram em câmaras de ar e desapareceram antes que a Marinha mexicana resgatasse os sobreviventes.
Mais duas pessoas morreram na praia. "Eu diria a todos em Cuba que venham. É preferível morrer de pé a viver de joelhos", disse La O." 
Fonte: "The New York Times"

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