Por Jorge
Serrão
Um fenômeno inesperado, sob a qual as máquinas
partidárias não têm controle, pode decidir o segundo turno da eleição
presidencial no domingo que vem. Eleitores que votariam em branco ou anulariam
o voto, porque não aprovam nenhum dos candidatos, ensaiam uma ação pragmática
de protesto: votar em Aécio (na cabeça deles o menos pior) para derrotar a
corrupção, a incompetência administrativa e o autoritarismo - características
cristalizadas na imagem de Dilma Rousseff. A tal voz rouca das ruas já começa a
urrar mais alto contra o PT.
Dilma pode até vencer a eleição, como indicam os
sempre falhos institutos de pesquisa e alguns informes produzidos por
consultorias empresariais isentas ou não. Nas atuais circunstâncias, o triunfo
de Dilma representa uma grande derrota para ela e seu grupo. Pior ainda, a
vitória dela significa uma derrota fragorosa para a maioria do eleitorado que
deseja mudanças efetivas, honestidade e competência na gestão da coisa pública.
Dilma simboliza o contrário disto. Por isto, não tem mais condições morais de
governar o País.
Dilma é cabra marcada para sofrer um impeachment
(ou até golpe pior) em seu eventual segundo mandato. Toda a sacanagem que ainda
está para vir a público, desvendada e confirmada, com provas, pelos vários
processos resultantes da Operação Lava Jato, tornam o governo petista
absolutamente insustentável, do ponto de vista político e econômico. O casebre
de lama petralha vai desabar completamente quando for julgado o quase certo
processo na Corte de Nova York sobre os escândalos na Petrobras. Investigações
em sigilo do Departamento de Justiça dos EUA, em conjunto com a Security and
Exchange Comission (xerife do mercado de capitais) atingirão dirigentes e
conselheiros da Petrobras, com alto risco até de envolver, diretamente, o nome
da própria Dilma (que presidiu o conselhão da estatal de economia mista nos
tempos dos malfeitos de Paulo Roberto Costa e demais aliados).
Enfim, os sinais de que o mundo vai acabar para os
petralhas já são claramente enviados. Dilma Rousseff já foi forçada admitir,
muito a contragosto, a existência de roubalheira na Petrobras. Só falta, agora,
ela assumir que sabia de tudo. É que se espera de quem é presidenta da
República (representante máxima da União, a controladora da empresa), com o agravante
de ter sido ministra das Minas e Energia, ministra da Casa Civil da Presidência
e ter ocupado, nada menos, que o cargo de "presidente" do Conselho de
Administração da Petrobras - atualmente função de Guido Mantega, seu
demissionário ministro da Fazenda.
Dilma continua devendo uma resposta concreta aos
cidadãos brasileiros, antes do risco de acabar reeleita pela fraude eleitoral
(perfeitamente possível) ou pela expressiva votação dos ignorantes sem noção
junto com os fanáticos petistas e os beneficiados pelas diversas boquinhas
oferecidas pela máquina federal com o dinheiro público.
Com o nosso totalmente na reta final, o candidato
da "oposição", Aécio Neves, tem o dever de botar o dedo na cara da Dilma no
debate de sexta-feira na Rede Globo (empresa que os petistas vão tornar
inviável ou "roubar" definitivamente para eles mesmos, se conquistarem o
segundo mandato). Aécio precisa deixar claro que hoje representa uma
alternativa contra a corrupção, a incompetência e o autoritarismo representados
por Dilma. Aécio tem o dever de brigar agora, se quiser vencer a eleição, para
conciliar depois, quando tiver efetivamente vencido.
É conversa fiada de marqueteiro o fato de que o
eleitor pode reprovar a agressão nos debates. Tanto esta "tese" é mentirosa que
os petistas só fazem isto: atacam, agridem, ofendem e mentem sem parar, na
maior cara de pau, e ainda são apontados como favoritos. Aécio tem de enquadrar
Dilma e não ter pena, também, de poupar o boneco que a controla: Luiz Inácio
Lula da Silva. A criatura e seu criador seguem na balada para implantar o
projeto de socialismo bolivariano no Brasil - o mesmo modelo que hoje destrói a
Venezuela, a Argentina e a Bolívia - causando menos estragos no Equador e no
Uruguai.
Aécio só vencerá Dilma se conseguir convencer o
eleitor que votaria nulo ou em branco a apostar nele, na hora do juízo final da
dedada eletrônica. Do contrário, não terá votos suficientes para derrotar a
máquina nazicomunopetralha que segue firme em seu projeto autoritário de poder,
através do enriquecimento dos dirigentes que fazem a tal "revolução". A
continuidade de Dilma será o triunfo de derrota do Brasil.
Fonte: Alerta Total – www.alertatotal.net
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