Por Laryssa Borges, na VEJA.com:
Depois da troca de farpas no último debate antes do
primeiro turno, o candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves,
decidiu poupar nesta sexta-feira a rival do PSB, Marina Silva, uma possível
aliada do tucano caso ele chegue ao segundo turno. A nova postura de Aécio se
ajusta à defesa que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso tem feito de que
PSDB e PSB unam forças para derrotar a presidente-candidata Dilma Rousseff.
Cumprindo agenda intensa de atos políticos em Belo Horizonte,
Aécio evitou falar de possíveis alianças para um eventual segundo turno - ele
está tecnicamente empatado com Marina Silva na segunda colocação da corrida
presidencial, conforme pesquisa Datafolha – e não comentou se os ataques ao
longo do primeiro turno podem inviabilizar uma parceria futura. "Eu tenho que
ter enorme respeito por todas as candidaturas e tenho esse respeito em especial
pela candidata Marina Silva, que disputa de forma extremamente competitiva a
possibilidade democrática de estar no segundo turno", disse. "Só falarei de
segundo turno no momento em que o resultado for anunciado."
Ao visitar quatro favelas na cidade de Belo Horizonte, incluindo a
violenta Pedreira Prado Lopes, ponto de venda de crack na capital mineira,
Aécio voltou a atacar a presidente Dilma Rousseff, criticou o excesso de obras
inacabadas coordenadas pelo governo federal e defendeu que exemplos de má
gestão e corrupção, como os escândalos na Petrobras e, mais recentemente, a
denúncia de uso político dos Correios, não sejam reproduzidos em Minas, onde o
petista Fernando Pimentel é favorito para derrotar, já no primeiro turno, o
tucano Pimenta da Veiga.
"Não vamos permitir que em Minas Gerais esse modus operandi
alcance as nossas empresas porque vai estar alcançando os interesses da nossa
gente. Não queremos que a Cemig vire uma nova Petrobras e que a Copasa vire os
novos Correios, com escândalos sucessivos", disse. Aécio tem citado
exaustivamente a gestão da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) e
da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) como exemplos de empresa
pública. As duas, porém, são citadas pelo Ministério Público Federal, na
denúncia sobre o escândalo do valerioduto mineiro, por repasses suspeitos
durante o governo do tucano Eduardo Azeredo (PSDB).
"O governo do PT tem como marca obras com sobrepreço e sempre com
atrasos, o que gera descrença e desânimo na população. A eleição de Pimenta da
Veiga é tão importante em Minas quanto a minha própria eleição. Não podemos
permitir em Minas Gerais esse tipo de gestão que o governo do PT estabeleceu na
Petrobras, onde uma quadrilha tomou conta da nossa maior empresa, e essa gestão
temerária que se instalou nos nossos principais fundos de pensão", disse antes
de visitar a favela Pedreira Prado Lopes. "Não podemos permitir que [empresas
mineiras] sejam tomadas por um grupo político, que demonstrou em outras gestões
no plano nacional, como na Petrobras e agora nos Correios, o absoluto
descompromisso com os cidadãos", afirmou.
Correios
Depois de definir como estratégia prioritária explorar as acusações de uso político dos Correios por candidatos do PT, Aécio Neves disse que a empresa pública também teria boicotado correspondência da Força Sindical para aposentados. A entidade foi presidida pelo deputado Paulo Pereira da Silva, presidente do partido Solidariedade e aliado de Aécio. O candidato não deu detalhes do caso, mas cobrou que a presidente Dilma explique por que não consta de sua declaração ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) as despesas de contratação dos Correios para a distribuição de material de campanha.
Depois de definir como estratégia prioritária explorar as acusações de uso político dos Correios por candidatos do PT, Aécio Neves disse que a empresa pública também teria boicotado correspondência da Força Sindical para aposentados. A entidade foi presidida pelo deputado Paulo Pereira da Silva, presidente do partido Solidariedade e aliado de Aécio. O candidato não deu detalhes do caso, mas cobrou que a presidente Dilma explique por que não consta de sua declaração ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) as despesas de contratação dos Correios para a distribuição de material de campanha.
"Acabo de ter a informação do presidente licenciado da Força
Sindical, presidente do Solidariedade, de que as cartas enviadas pela Força, em
especial aos aposentados em Minas Gerais, não chegaram a seus destinatários.
Isso é algo extremamente grave", afirmou. De acordo com o candidato, os
Correios receberam o pagamento no dia 29 de agosto, mas na prestação parcial de
contas apresentada ao TSE no dia 2 de setembro não consta a despesa.
Fonte: "Blog
Reinaldo Azevedo"
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