Documentos que
comprovam erro da Justiça Eleitoral na distribuição das cadeiras na Assembleia
Legislativa com base no resultado do pleito divulgado pelo TSE
A Coligação "Unidos Para
uma Bahia Melhor", encabeçada pelo Democratas, ingressou nesta quarta-feira, 8,
com uma petição junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) reivindicando a 24ª
vaga de deputado estadual sob a alegação de que houve erro no cálculo na
distribuição das cadeiras para a Assembleia Legislativa. Baseado nos números
oficiais divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o partido realizou
cálculos e constatou uma divergência entre o total de vagas da coligação
apresentada pela Justiça Eleitoral e o número encontrado pelo partido.
De acordo com a
Justiça Eleitoral, a coligação elegeu 23 parlamentares, enquanto o número
correto seria 24. Neste caso, o candidato Antônio Elinaldo (Democratas), líder
da oposição em Camaçari, assumiria esta vaga. Em contrapartida, o deputado
Marcelino Galo, do PT, passaria a ser o primeiro suplente da coligação
adversária, deixando a mesma com 29 parlamentares, em vez dos 30 divulgados
pela Justiça Eleitoral. Ao ser comunicado, o deputado estadual Paulo Azi
acionou imediatamente o departamento jurídico para que todas as providências
fossem adotadas no sentido de corrigir o erro que prejudica de forma direta o
Democratas.
Assinada por Ademir
Ismerin, advogado da coligação encabeçada pelo Democratas, a petição foi
encaminhada ao juiz presidente da Comissão Apuradora do TRE baiano. O erro foi
constatado na distribuição da última vaga. Na Bahia houve 6.830.468 votos
válidos, segundo a Justiça Eleitoral, o que dá um coeficiente de 108.420. Esse
cálculo é feito pela divisão dos votos válidos pelo número de vagas que, no
caso da Bahia, são 63.
Na primeira
distribuição, 59 parlamentares automaticamente se elegeram por diversas
partidos. Restaram, portanto, quatro vagas para serem preenchidas pelo cálculo
das sobras. A primeira coube ao Democratas, coligação que teve a maior média
(107.494,3). A segunda ficou com o PT (média de 106.211,9), a terceira, ao PSB
(com média de 103.641,7) e a última caberia ao Democratas (média de 103.015,3),
mas ficou com o PT, que apresentou uma média inferior (102.671,5).
"Trata-se de um erro
grave e que somente foi constatado porque decidimos fazer contas. Se o sistema
é único, é bem provável que esteja acontecendo em todo o país, prejudicando
candidatos de todos os partidos. A Justiça Eleitoral precisa explicar por que
cometeu um erro tão grave", disse o presidente do Democratas de Camaçari,
Helder Almeida. Ele acrescentou, ainda, que o Ministério Público Eleitoral tem
a obrigação de apurar as eventuais irregularidades e punir os responsáveis. "Quero saber se foi erro do programa de cálculo ou ação deliberada de alguém".
Helder Almeida disse,
ainda, esperar que o TRE reconheça o erro e corrija imediatamente o grave erro. "Nós estamos baseados em números oficiais. A matemática é uma ciência exata e
nossos cálculos estão certos. Cabe à Justiça Eleitoral apenas conferir,
reconhecer o erro e alterar a relação de eleitos na Bahia. Já o Ministério
Público Eleitoral precisa se pronunciar sobre o caso".
(Com informações de Monique Rivas, da Assessoria de Imprensa do Democratas
- Camaçari)
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