Por Antonio Vieira
O grave acidente ocorrido
em Belo Horizonte provocou a morte de duas pessoas e ferimentos em outra dezena.
Toda imprensa já noticiou. Felizmente, nenhum dos trabalhadores na obra sofreu
qualquer dano. Talvez por instinto, talvez por experiência e talvez seguindo
ordens, estes últimos se mantiveram distanciados de possível e eventual risco.
Peões da construção pesada são mais espertos que o pessoal da área da
construção civil.
O mesmo não ocorreu com os
cidadãos que perderam a vida, passantes e vítimas inocentes que não receberam
qualquer aviso de atenção, ou de proibição de tráfego naquela situação tão
potencialmente perigosa, por parte dos responsáveis pela obra. A empreiteira
executora, aliás, estou aqui a relembrar, era parceira da tristemente famosa
Delta (a mesma das famigeradas referências de algum tempo atrás em todo o
Brasil), na execução do PAC mobilidade de Belo Horizonte.
A Cowan, executora da obra
sinistrada, frequentou também o noticiário recentemente: foi ela quem contratou
suculenta consultoria junto ao ex-prefeito de BH, ex-ministro de Dilma e atual
candidato a governador de Minas Gerais, o senhor Fernando Pimentel, sobredito "o bom de serviço". Dona Dilma diz que inaugurou o BRT de BH há alguns dias,
apressadamente, como se vê.
O viaduto fazia parte do
complexo de intervenções viárias da capital mineira. A inauguração se fez nas
coxas, afinal, era necessário mostrar resultados, e não seria espantoso que as
obras estivessem sendo operadas a toque de caixa. Sorte dela que sua caravana
não passava debaixo do viaduto no momento em que este caiu.
A tragédia para o povo da
cidade só não foi maior por um dos acasos da sorte, ou da proteção do Eterno. A
avenida Pedro I é uma das vias mais movimentadas de Belo Horizonte. Se os fatos
tivessem ocorrido no momento do rush, duas ou três horas depois (aconteceram às
15 horas), estaríamos vivendo agora o mais pesado dos lutos.
O monstrengo arriado é a
cara do governo de dona Dilma. Junto com as fotos da transposição do São
Francisco, e dos prédios do morro do Bumba, em Niterói, é uma representação
perfeita do que Lula e Dilma obraram nesses últimos doze anos.
Fonte: Coluna do Augusto Nunes
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