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terça-feira, 29 de julho de 2014

"Dilma tem 58% das intenções de voto de quem recebe Bolsa Família"

Por José Roberto Toledo
O Ibope perguntou ao eleitor se ele ou alguém em sua casa é beneficiário de ao menos um entre 16 programas federais, como Bolsa Família, Prouni, Minha Casa Minha Vida, Luz Para Todos e Farmácia Popular. Pelas respostas, um terço do eleitorado vive em domicílios onde pelo menos uma pessoa se beneficia diretamente por algum desses programas do governo. Isso, 33%. 
A pergunta óbvia é "como votam esses eleitores?" A maioria absoluta, 51%, declarou que votaria em Dilma. O dado consolidado pode ser enganador, porém. Apenas um dos programas federais faz diferença na eleição, justamente o maior e mais famoso de todos eles: entre os beneficiários do Bolsa Família a presidente chega a 58% das intenções de voto. Na média dos atendidos pelos outros 15 programas, a taxa de voto em Dilma é 38% - alta, mas igual à sua média no eleitoral total.
A interpretação enfadada desses números levaria à conclusão de que a candidata do PT só está à frente dos seus adversários na corrida eleitoral por causa do clientelismo do Bolsa Família. Infelizmente para a oposição, as coisas nunca são tão simples assim. Entre quem não ganha nada do Governo Federal - nem ele próprio nem ninguém de sua família - Dilma tem 32%. E Aécio Neves (PSDB)? O principal candidato oposicionista tem uma taxa de votos muito mais alta entre os "sem programa" do que entre os beneficiários: 25%, contra 16%. Se não houvesse Bolsa Família e similares, o tucano estreitaria sua diferença em relação à presidente, mas ainda ficaria sete pontos atrás.
Dos 38% de intenção de voto em Dilma, 17 pontos percentuais vêm do dito assistencialismo federal, mas os outros 21 pontos são de eleitores que nada têm a ver com o Bolsa Família e que tais. Do mesmo modo, quase metade dos eleitores assistidos pelos programas do governo não declaram voto na presidente: 16% votam em Aécio; 7%, em Eduardo Campos (PSB); 6% nos nanicos; 12% vão anular ou votar em branco; 7% são indecisos.  Dar bolsa ao eleitor aumenta em 60% as chances do candidato ganhar seu voto, mas não o garante. O alto conhecimento de Dilma e o assistencialismo explicam apenas em parte a resiliência da intenção de voto da presidente. O resto vem de quem aprecia o Bolsa Família e similares mesmo sem recebê-los.
Fonte: "O Estado de S. Paulo"

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