Por Ricardo Setti
Estou perplexo e
revoltado, como brasileiro e como democrata.
Quer dizer que uma advogada de
baderneiros, ela própria baderneira e sob acusação de prática de crimes aceita
PELA JUSTIÇA, se considera uma "perseguida política" e pede asilo ao consulado
do Uruguai no Rio?
E o mesmo fazem dois jovens que a
acompanhavam?
"Asilo político" como, cara
pálida???
"Libertem nossos 'presos
políticos'" como, caras-pálidas - os palhaços que vêm se reunindo em São Paulo,
portando faixas e cartazes, para "exigir" a soltura de baderneiros envolvidos
em atividades criminosas, capituladas no Código Penal.
Como se o Brasil não fosse uma
democracia, um Estado de Direito, com uma Constituição votada por representantes
do povo, um Ministério Público que age em defesa do cumprimento da lei e um
Judiciário independente e soberano?
Como se o Brasil fosse uma Cuba,
uma Coreia do Norte, uma Síria?
Como se toda a luta dos
brasileiros para colocar um fim a uma ditadura de 21 anos não tivesse valido
nada?
Isso é uma OFENSA contra
incontáveis brasileiros que lutaram pela democracia. Uma ofensa e um INSULTO!
E quem são os que inventaram ser
"perseguidos políticos", santo Deus?
No Rio, essa advogada - nem vou
citar o nome dela!!! - se considera uma "ativista de direitos humanos", mas há
contra elas provas levantadas pela Polícia, sustentadas pelo Ministério Público
e ACEITAS PELA JUSTIÇA segundo as quais, junto a outros 22 réus, se associaram
para a prática de crimes em protestos públicos, INCLUINDO DEPREDAÇÕES DE BENS
PÚBLICOS E PARTICULARES E AGRESSÕES A POLICIAIS.
O grupo, conforme a denúncia que
a Justiça aceitou, fabricava coquetéis molotov e outros artefatos explosivos
para uso em manifestações, inclusive contra a Copa do Mundo.
Para espanto dos brasileiros
democratas, um esquadrão de quase 100 advogados, desta vez em São Paulo, estão
investindo contra a Polícia, o Ministério Público e a Justiça devido à prisão -
decretada com base NA LEI - de dois "manifestantes", integrantes dos
arruaceiros violentos black blocs, por acusações inocentes e leves como as de "associação criminosa, porte ilegal de armas e incitação ao crime", entre
outros delitos.
Os advogados signatários acham
que as autoridades, inclusive o Judiciário, estão "criminalizando" ativistas, "em claro vilipêndio ao direito constitucional de se reunir e de se
manifestar".
Como se dizia nos Estados Unidos
nos anos 60, um liberal é um conservador que ainda não foi assaltado.
Aqui no Brasil, espero em Deus
que certas pessoas - defensoras de suposto "direito à livre associação" de
criminosos e arruaceiros, que desprezam o Estado de Direito e a democracia e
zombam da lei e de seus agentes - não precisem perder um filho atingido por um
coquetel molotov, um tiro ou um rojão (como ocorreu com o cinegrafista Santiago
Andrade, da Rede Bandeirantes, morto assim em fevereiro, no Rio) para rever sua
posição absurda e espantosa.
Para nenhuma surpresa, está do
lado dos que criticam a repressão a criminosos travestidos de manifestantes o
advogado e ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos - o mesmo que defendeu a
concessão de asilo ao terrorista assassino italiano Cesare Battisti e disse que "o mensalão não existiu".
Em compensação, o jurista Ives
Gandra Martins disse o que o bom senso dita ao afirmar, sobre o caso todo:
- A polícia não está violando a
Constituição, está buscando proteger a sociedade.
Mas quem de fato encerrou o
assunto não foi um brasileiro - foi a cônsul do Uruguai no Rio, Myriam
Fraschini Chalar.
Ela recusou receber a advogada e
os dois jovens que buscavam "asilo político" informando-os que seu país
reconhece o Brasil como um Estado democrático - e, por isso, não poderia
conceder a medida.
Fonte: "Política e Cia"
Nenhum comentário:
Postar um comentário