A
Faixa de Gaza converteu-se em um lugar estranho nos últimos dias. A recente
escalada de violência afetou a população, mas há os que apoiam os ataques e
foguetes do Hamas. Estes que apoiam, saem às ruas para celebrar cada vez que o
Hamas ataca algum ponto importante em Israel e, em repetidas ocasiões, seguem
as instruções do Hamas para servir como escudos humanos. Entretanto, existe em
Gaza um segundo grupo, que atua de forma mais silenciosa por medo, que se opõe
por completo às políticas do Hamas na Faixa de Gaza.
Um chofer que trabalha em Gaza, Abu Eli (nome fictício),
conta a jornalistas de AP sobre a realidade social na Faixa de
Gaza: "Aqui todos odeiam o Hamas, porém têm medo de dizê-lo publicamente".
Abu Eli não quis dar sua verdadeira identidade por medo de represálias do
Hamas, mas assegura que a maioria de sua vizinhança critica o Hamas embora às
vezes seja só de forma silenciosa, pelo medo que sentem. "Nossa comida
chega desde Israel, porém o que nós lhes devolvemos são foguetes - foguetes que
nem sequer fazem pequenos buracos na terra".
Enquanto o Hamas se esforça em lançar foguetes para Israel,
governa uma população que vive em crise constante pela escalada da violência. O
Hamas fez com que as pessoas não possam trabalhar e que seu estado econômico e
social se veja afetado gravemente pela situação atual.
Através da operação, Israel permitiu a passagem de centenas
de caminhões com insumos básicos e médicos para a população civil em Gaza.
Israel facilitou a passagem de mais de 5.000 toneladas de alimentos, 500
unidade de sangue doado, 1.000 toneladas de combustível, mais de 600.000 litros
de gasolina e mais de 900.000 litros de combustível diesel.
Além de tudo isto, também existem muitas críticas à
liderança do Hamas por sua corrupção e o alto nível de vida que levam em
comparação com o povo palestino. Muitos jornalistas do mundo árabe e bloggers,
estiveram nos últimos dias criticando líderes como Ismail Hanniyeh e Kaled
Meshaal por sua desconexão com a realidade social palestina. No exemplo que
vemos aqui, podemos ver Ismail Hanniyeh em um avião de luxo e desde uma conta
de Twitter comentam: "Viajam em aviões privados e arrecadam dinheiro para
seus próprios bolsos".
O Hamas recebe a cada ano centenas de milhões de dólares em
ajuda humanitária dos quais, em grande parte, acabam chegando aos bolsos de
seus líderes e ao pagamento de soldos para os "empregados" do Hamas na Faixa de
Gaza.
Fonte: http://porisrael.org/
Tradução: Graça Salgueiro
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