Por Felipe Moura Brasil
Neymar
fez 4 gols na Copa: 2 contra a Croácia, 2 contra Camarões - ambas, seleções
fracas. Contra as medianas do México, do Chile e da Colômbia, sua máxima
contribuição para os gols do Brasil foi batendo escanteio. De resto,
basicamente prendeu a bola e caiu. Foram raros os bons passes para seus
companheiros nesses jogos. E ele desperdiçou uma porção de cobranças de falta.
Sim: deve ter ajudado a cansar os adversários, nada além disso. A tristeza
legítima com sua contusão não deveria ser pretexto
para erguê-lo mais uma vez a um patamar ao qual ele nunca pertenceu, como bem
sabe a torcida do Barcelona; nem conferir à sua ausência um peso sequer próximo
ao que teve a de Pelé em 1962 (ainda que naquela seleção houvesse um Garrincha
e até um Amarildo). Neymar é um ótimo jogador contra times fracos e no máximo
um bom jogador contra times melhorzinhos. O fato de ser o mais badalado do
Brasil não faz dele o craque em qualquer circunstância que se imagina por aí.
Seu desempenho contra a Colômbia, a rigor, foi ruim. É verdade que o Brasil não
tem jogadores melhores no banco, mas, se Felipão souber armar o time para o
jogo contra a Alemanha, sua ausência poderá até mesmo favorecer o toque de
bola. Nem tudo está perdido. Pode fazer bem à seleção parar de jogar em função
do gênio que não tinha.
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