Por Reinaldo Azevedo
Gente, quem disse que Dilma Rousseff, a
nossa governanta, não pode falar coisas certas às vezes? Ela deu posse nesta
terça a Rodrigo Janot, novo procurador-geral da República. A presidente fez um
discurso que, tomado ao pé da letra, só pode ser entendido como a expressão
contundente de um desejo: a punição dos mensaleiros.
Na presença de Joaquim Barbosa, o que
disse a presidente? Isto:
"A cidadania espera da Justiça imparcialidade e serenidade. Imparcialidade para que os fatos a serem julgados sejam sempre iluminados pela luz da verdade e [para que] a aplicação do direito seja sempre realizada de forma isonômica, a partir do que determinam as regras legais (…). Serenidade para que os agentes da lei tenham liberdade de tomar decisões com base nos fatos e no direito. Fundados em suas consciências e sempre protegidos de pressões de qualquer natureza".
"A cidadania espera da Justiça imparcialidade e serenidade. Imparcialidade para que os fatos a serem julgados sejam sempre iluminados pela luz da verdade e [para que] a aplicação do direito seja sempre realizada de forma isonômica, a partir do que determinam as regras legais (…). Serenidade para que os agentes da lei tenham liberdade de tomar decisões com base nos fatos e no direito. Fundados em suas consciências e sempre protegidos de pressões de qualquer natureza".
Excelente!
É tudo o que eu também espero dos ministros do Supremo. Que não se deixem influenciar por quem os nomeou; que não se deixem pautar por afinidades eletivas; que não tenham receio de enfrentar as hostes da desqualificação mobilizadas por partidos políticos; que não se intimidem com embargos auriculares; que não ouçam nem o alarido das ruas nem o cochicho dos corredores.
É tudo o que eu também espero dos ministros do Supremo. Que não se deixem influenciar por quem os nomeou; que não se deixem pautar por afinidades eletivas; que não tenham receio de enfrentar as hostes da desqualificação mobilizadas por partidos políticos; que não se intimidem com embargos auriculares; que não ouçam nem o alarido das ruas nem o cochicho dos corredores.
A exemplo de Dilma, todos queremos
decisões tomadas com base nos fatos. Fato: uma quadrilha se mobilizou, operou
no coração da República - no Executivo e no Legislativo - para montar um
Congresso paralelo, que era alimentado, entre outras fontes, por dinheiro
público. Fato: era um golpe na democracia.
Entendi tudo o que Dilma quis dizer.
Ela só pode ter querido dizer que lugar de mensaleiro condenado, a depender do
tamanho da pena, é mesmo a cadeia.
Estamos juntos, governanta!
Como? Ela quis dizer exatamente o
contrário? Ah, então ela se expressou mal…
Fonte: "Blog Reinaldo Azevedo"
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