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quarta-feira, 13 de junho de 2007

Triste retrato do cinema brasileiro

O cinema brasileiro está mesmo em baixa, em queda livre. Não consegue atrair público aos cinemas. Seguramente pela baixa qualidade das realizações.
De dez filmes lançados este ano, apenas dois alcançaram público que pode ser considerado razoável: “A Grande Família”, com 303.362 espectadores nos três primeiros dias de estréia, em 26 a 28 de janeiro; e “A Turma da Mônica em uma Aventura no Tempo”, com 209.077 espectadores, de 16 a 18 de fevereiro.
Outros
“Caixa Dois” - 79.129
“Ó Pai, Ó” - 49.866
“Não Por Acaso” - 34.676
“Antônia” - 24.818
“Inesquecível” - 16.659
“O Cheiro do Ralo” - 15.515
“Cartola: Música Para os Olhos” - 10.040
“Baixio das Bestas” - 5.925
Dois desses filmes são emblemáticos na questão da qualidade: “Ó Pai, Ó”, em ranking de 20 durante nove semanas, alcançou no período público de 377.368 pessoas, enquanto que “O Cheiro do Ralo” em 11 semanas teve público de 143.320, somente ficando em cartaz pela lei de obrigatoriedade do cinema brasileiro. O certo é que o público não é besta de pagar ingresso para ver abacaxis como esses, mesmo incensados por certa parte da crítica e recebendo premiações em festivais.
Olha para isso, olha. Não por acaso o cinema brasileiro só existe pelas benesses de estatais como a Petrobras e benefícios das leis de incentivo cultural. Muito dinheiro do contribuinte jogados no ralo, talvez com muito caixa dois no processo. O cinema nacional é esquecível.
Só para comparar, “Homem-Aranha 3” obteve nos três primeiros dias de estréia no Brasil, público de 1.709.230 espectadores, enquanto que “Piratas do Caribe: No Fim do Mundo” chegou nos três primeiros dias ao público de 1.095.465.

3 comentários:

Anônimo disse...

O jornalista está demais, sem nenhuma contemplação com o cinema brasileiro. Mas é verdade que os filmes nacionais estão ruins de doer. Na qualidade e na capacidade de atrair platéias. Já foi melhor. Hoje depende de estatais.

Thomas disse...

Se o cinema nacional produzisse as porcarias que produz através da iniciativa privada, não seria tão irritante assim. Eu não me incomodaria. O que me incomoda é ver lá Petrobras, CEF, BB, BNDES etc como patrocinadores desses malandros. Até hoje ninguém sabe onde foi parar os milhões que deram ao atorzinho da Globo para fazer o filme Chatô (até hoje ninguém sabe onde está o filme também). Cinema nacional é só mais uma maneira do brasileiro exercer a arte em que possui supremacia mundial: desvio de verbas públicas.

Anônimo disse...

Concordo em gênero, número e grau com o Dimas e o Thomas.

O cinema se amofinou e foi caindo de qualidade como um balão junino se desfazendo no ar... o que será que está por trás dessa "engrenagem"?

Comprados também como tantos o tem sido e silenciados. Estamos vivendo sem nenhuma dose de "virilidade" estética ou política...
Conchavos "lulo-petistas" para derrubar o acesso à educação e filmes sérios que instruem e dignificam a sétima arte e o ser humano, localmente BRASILEIROS... acordemos a tempo antes de nos vermos "amordaçados" e perdermos tudo que construímos; há uma tensão no ar... o medo de termos as nossas casas invadidas, as nossas flores roubadas e depois espizinhadas, como dizia o grande Maiakóviski... mas o sentimento de Brasilidade e Baianidade pode e deve despertar e com muita intensidade...

Para aqueles que não contemplam a boa arte e a palavra que não calarão jamais!


Salmo 52

1 Por que te glorias na malícia, ó homem poderoso? pois a bondade de Deus subsiste em todo o tempo.

2 A tua língua maquina planos de destruição, como uma navalha afiada, ó tu que usas de dolo.

3 Tu amas antes o mal do que o bem, e o mentir do que o falar a verdade.

4 Amas todas as palavras devoradoras, ó língua fraudulenta.

5 Também Deus te esmagará para sempre; arrebatar-te-á e arrancar-te-á da tua habitação, e desarraigar-te-á da terra dos viventes.

6 Os justos o verão e temerão; e se rirão dele, dizendo:

7 Eis aqui o homem que não tomou a Deus por sua fortaleza; antes confiava na abundância das suas riquezas, e se fortalecia na sua perversidade.

8 Mas eu sou qual oliveira verde na casa de Deus; confio na bondade de Deus para sempre e eternamente.

9 Para sempre te louvarei, porque tu isso fizeste, e proclamarei o teu nome, porque é bom diante de teus santos.