“Não vou cuspir no prato que me alimentou”. A afirmativa foi do vereador Marialvo Barreto (PT), em discurso na manhã desta quarta-feira, 13, Câmara Municipal. Ele criticou a postura do governo Jaques Wagner diante da greve dos professores. O petista disse que “o aumento salarial concedido à categoria tem de ser revisto”.
Marialvo Barreto argumentou ainda que, como sindicalista, não concorda com o corte de salários dos grevistas. “Já recomendei aos diretores de escolas, que indiquei, que não mandem para a Secretaria de Educação a relação dos grevistas”, informou.
Marialvo Barreto argumentou ainda que, como sindicalista, não concorda com o corte de salários dos grevistas. “Já recomendei aos diretores de escolas, que indiquei, que não mandem para a Secretaria de Educação a relação dos grevistas”, informou.
O petista reconheceu que “não vou cuspir no prato que me alimentou. Estou hoje na Câmara porque recebi o voto em massa dos professores de escolas particulares e da rede pública”.
Resta saber a reação do governador diante da atitude de confronto de seu aliado.
O certo é que em apenas cinco meses de governo já se conhece como vai ser o restante da administração petista. O consolo é que três anos e meio e mais um mês passam rápido.
6 comentários:
Depois os petistas se chateiam quando são considerados como trapalhões e aloprados.
Quem é Marialvo Barreto para falar do governador Jaques Wagner? Um vereador insignificante de Feira contra o governador do Estado. Sai perdendo de qualquer jeito.
Marialvo Barreto é alguém sim e que pessoa humana!
Agora não sabemos, feirenses,quem é "Claudio Borges"...
Quanto ao Prof. da UEFS e Exmº Vereador, Prof. Marialvo Barreto, trata-se de um ser humano digno, trabalhador, solidário, amigo, fraterno e caridoso e o melhor: UM EDUCADOR! E que se respeite a escolha do povo feirense em colocá-lo como o representante dos educadores.
Agora é que Marialvo começou a ganhar! Com uma opinião lúcida e coerente como esta e que reflete a opinião da grande massa popular, e a do próprio partido que já está cindido, "fraturado" totalmente, fato público e notório, este nobre professor já antevê o que vai decerto acontecer com esses governos/práticas
autoritários e ditatoriais:
"Não ficará pedra sobre pedra".
Os Césares e tantos outros que achavam que estavam "por cima" não estão aqui para declarar como uma queda vertiginosa se atrai de uma noite para um dia!
Se Roma que foi um dos maiores impérios ruiu, foi destruído, o que se pode inferir a respeito de governos equivocados
que abusam do sofrimento e achatamento dos seus trabalhadores?
Que se tenha bom senso... a roda gigante da vida gira e muito!
Hoje se está no alto, amanhã se está no mais baixo "nível" ou "inferno". Não há escolha... tudo que se semeia e que se planta invariavelmente se colhe!
É bom que o PT perceba que já perdeu o "voto", a confiança daqueles que "manipulados" votaram neles... se a crítica já começa sob a chancela de um integrante de um grupo é porquê o sistema utilizado está "rasurado" como diria Derrida.
E toda a comunidade devia respeitar a classe dos professores pois quem não passou pelas cadeiras de uma escola sob a égide do ensino e sob as palavras de um Mestre que os direcionou na vida?
Até mesmo o Governador da Bahia já foi aluno e discípulo de um magnânimo e sábio professor.
Um professor tem o direito de ser respeitado e ouvido, no entanto ocorre justamente o contrário porque os que deveriam dar o exemplo de valorizar os profissionais de EDUCAÇÃO, que são indubitavelmente sujeitos agenciadores dos dicursos em construção além de fortes formadores das consciências e opiniões que mudam os cenários da história da humanidade como o Presidente da República, o Governador do Estado, o Secretário de Educação fazem o contrário: desqualificam os professores como se a classe fosse mais uma massa de manobra fácil em suas mãos ávidas de cobiça, ambição e poder.
Eu reformularia a pergunta e diria: "Quem é Jacques Wagner? De onde ele fala? O quê ele fala? O que ele propõe?"
Eis aí perguntas instingantes e esssenciais para se compreender a movência das mentalidades e a sistemática dos jogos de poder e da verdade.
Recomenda-se prudência e muita sabedoria agora.
Marialvo não tem o que temer. Ele é um idealista, um "forte" como todos nós, nordestinos e baianos, o somos.
"O bravo não é quem não sente medo, mas quem vence esse medo."
Nelson Mandela
Ação Civil Pública
A Ação Civil Pública do governo foi impetrada enquanto os professores estavam na Assembléia Legislativa lutando pela aprovação da Emenda de autoria do deputado Javier Alfaya - que propunha o reajuste de 17,28% para toda a categoria.
Os professores sentiram-se traídos pelo governo, tanto por impetrar a Ação Civil Pública durante as negociações e quando a categoria ainda tentava conquistar o reajuste via parlamentar, quanto pelo método ortodoxo de querer resolver uma reivindicação de um segmento que sempre buscou a democracia e por isso apoiou a eleição do atual governador.
Os educadores estaduais, no entanto, deram uma resposta firme à insensibilidade do Governo Jaques Wagner e afirmaram não ter medo da ameaça do governo que, intempestivamente, entrou na Justiça com uma Ação Civil Pública que determina a cobrança diária de multa de R$ 20 mil, ameaça prender sindicalista e cortar ponto de grevistas, caso professores e professoras não retornem às aulas em 24 horas.
A citação foi entregue pela Justiça à APLB-Sindicato no início da noite de 29 de maio. Imediatamente a entidade entrou com recurso, que será julgado pela Justiça. O Agravo de número 27110-9/2007 foi entregue no Tribunal de Justiça e teve como relator o desembargador Antonio Pessoa. O sindicato aguarda o julgamento da ação. Na sexta-feira, 8, finalmente a imprensa leu com atenção o texto enviado pelo sindicato e por isso as matérias deste sábado.
Indignados e decepcionados com a ação do governo que se denomina popular, mas que criminaliza um movimento reivindicatório, os educadores mantêm a greve, iniciada em 8 de maio.
A Central Única dos Trabalhadores (CUT), maior central sindical do País, enviou carta de apoio à greve dos professores e professoras do Estado da Bahia e repudiou a ação do Governo Jaques Wagner. A Confederação Nacional de Trabalhadores em Educação (CNTE) também manifestou solidariedade aos educadores e criticou a insensibilidade do governo que há seis meses encheu de esperanças o povo baiano. Representantes das duas entidades nacionais tentam intermediar a questão.
http://www.bahiaja.com.br/
"Quem realmente cuspiu no prato que o alimentou"?
"Tradicionais figuras ligadas ao movimento estudantil como os deputados Javier Alfaia (estadual) e Alice Portugal (federal) têm se apresentado timidamente e deverão pagar o preço de ser governo.
Não adianta falar do problema estudantil em São Paulo, como fez recentemente Alice, numa emissora de rádio em relação a ocupação da USP. Sua base é a Bahia e é aqui que tem que mostrar sua posição, honrar as suas tradicionais posições com a categoria dos professores.
Essa é a questão.
Situação grave, delicada, tudo que Wagner não gostaria de enfrentar ainda mais no início do seu governo, "na área mais importante que é a educação, o âmago de tudo".
Mas, faz parte do jogo político, faz parte dos deveres de um governante.
Cabe portanto, bom senso e entendimento.
Sem isso, "a bomba prestes a explodir em seu colo", o governador deveria avocar à si a responsabilidade da negociação e ocupar os espaços na mídia para que não venha a pagar um preço irreparável, adiante.
"Os professores estão cobertos de razão".
Governo que deseja transformação, de todos nós (como diz seu slogan) "tem que priorizar a educação".
E "educação é, sobretudo, valorização do professor".
Tasso Franco
Fui aluno de Marialvo no segundo grau. Era famoso por ser um exímio contador de "causos" pra lá de duvidosos. Grande doutrinador marxista a formar novas gerações de eleitores do PT, e manter o Brasil no rumo. Rumo ao brejo.
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