Quando estava na oposição, o então sindicalista Jaques Wagner incentivava greves, participava de paralisações. Agora, no governo, mudou o discurso que o ajudou a se eleger. Corta salários de servidores, ingressa na Justiça e faz outras ameaças.
sábado, 23 de junho de 2007
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5 comentários:
Concordo com todos professores e servidores públicos que ESTÃO EM GREVE, tanto os que, iludidos com uma falsa esperança, votaram e também naqueles que não votaram nessa turma (que está, 'temporariamente' no PODER se vingando dos baianos em geral, um bando de ressentidos, excluídos e que se lambuzam quando se sentam pela primeira vez à mesa farta e fácil do Banquete do Poder Público).
Os professores e os alunos constituem apenas a ponta (o que pode ser visto) de um grande bloco/ICEBERG (o que nos é vetado e proibido de enxergar: uma grande engrenagem política para manter o poder "soberano", capitalista e 'manipulando' a massa) que não tem nada a ver com a divisão de cargos políticos.
O professor está inserido no contexto educacional/ intelectual, seu trabalho não pode ser mensurado se não a longo prazo, a educação é um processo contínuo e depende de toda sociedade; não vejo porque certas pessoas que "estão" à frente de alguns cargos perdem as medidas e ficam se locupletando em humilhar os servidores públicos... como a vida dá voltas... chegávamos na DIREC 02 e éramos muitíssimo bem tratados pela Profª Lindinalva Cedraz (será que pelo fato dela ser professora também? Pensemos)e toda a sua simpática e atenciosa equipe; a ex-secretária de Educação da Bahia, Profª Anaci Paim era e é uma mulher admirável, diplomática, de pulso forte, com uma equipe ágil e eficiente.
Lembro-me quando ela era Reitora da UEFS, nos retirou da reitoria (que nós estudantes tínhamos ocupado), pacificamente, através do DIÁLOGO!
Ela foi Reitora e Sec. de Educação que sempre abriu as instâncias e possibilidades de conversação e negociação. Sabia e sabe administrar com maestria. Agora vemos um "Adeum" que equivale a "NENHUM". O Sec. de Educação do Estado da Bahia, nem baiano é, e mostrou pela sua inabilidade de negociação com a APLB a que veio. Frustante.
A ex-secretária pensava e agia de forma democrática, nunca cortou ponto de grevista nem perseguiu ninguém (será que pelo fato dela ser mulher, inteligente e PROFESSORA???.
Ninguém intermediou ela não, ela entrava na reitoria da UEFS, no período da greve, e subia para sua sala, pedindo licença, de forma educada e polida, bem humorada, para não pisar em nós, estudantes.
Na época, éramos alunos grevistas que tínhamos ocupado a reitoria, e quando a víamos tentávamos obstaculizar a entrada da mesma, nos servindo da estratégia de deitarmos no chão da reitoria, um bem junto do outro, para impedir mesmo a entrada de quem quer que fosse...
Foi ali, naquele espaço de luta, que ela nos ganhou, pelo discurso articulado e sensato, através da sua presença objetiva, num contato físico e pessoal, sem receio de nos enfrentar com suas idéias e nos ouvindo sobretudo.
Sendo assim, notei que era, de fato, uma mulher de opinião que não temia o embate como "alguns" ou "nenhuns", que, atualmente, se escondem atrás das ordens dos seus "Chefinhos".
Hoje a educação baiana faz vergonha e quando contamos que ganhamos menos que um salário mínimo, menos que uma empregada doméstica/ balconista, que recebemos 324,00 por 20 horas de trabalho (um turno todo) ninguém, absolutamente NINGUÉM acredita. Os alunos chegam a dizer que ganhamos muito bem, pode?
Há denúncias de mais de 60 casos só em FSA, de professores e servidores sendo perseguidos por diretores reacionários, autoritários e coniventes com a idéia da educação como troca de favores políticos e pessoais. Não podemos mais fazer de conta que tudo está bem. Queremos mudanças na Educação e já. Professor tem que ser respeitado e VALORIZADO. O que tem acontecido na escola pública tem que ser denunciado - professores competentes sendo "desqualificados" e "perseguidos" e uma grande maioria de maus professores, descompromissados, despolitizados e "comprados", que muitas vezes não comparecem para realizar seu trabalho e que recebem seu salário como se estivesse na ativa, ou seja, trabalhando em sala de aula. São muitas as falcatruas, os 'acordos' de beneficiamento nos camarins da educação que se vê maculada pelo lôdo da "politicalha".
Tudo que acontece, até o mau desempenho dos alunos, nos provões e avaliações feitas pelo MEC e outros órgãos, eles dizem: "A culpa é do professor" e aí perguntamos: "Alguém aí consegue fazer um bom trabalho com mais de 60 alunos numa sala apertada, suja, abafada e quente, cheia de poeira, sem material didático básico como giz ou pincéis atômicos para quadros brancos, papel ofício e material audio-visual?
Vocês sabiam que são os professores que pagam e compram as suas merendas e as das confraternizações, as xérox de textos para seus alunos, pagam até pelo seu material, a exemplo do giz, pincel atômico para quadros brancos, a ESPONJA para apagar o quadro, o papel ofício e ainda, "tem-se" que contribuir diariamente para festinhas das mães, pais, dia do estudante, dia disso e daquilo? Sabiam? E que o professor centrado e articulado fica visado quando não comparece nessas "festividades" onde reina a hipocrisia e maledicências?
E que se faz de tudo para induzir, nesses espaços que pressupõem-se de educação, à falta de solidariedade entre a classe de professores, semeando a semente da cizânia e do comentário maldoso que destrói as relações interpessoais, de pessoas que trabalham com as idéias?
Outra artimanha de alguns "Donos do Poder", como assevera Raimundo Faoro, é de fomentar a discórdia entre segmentos da sociedade que integra a comunidade escolar: a famíla, os alunos, a direção, a coordenação, os professores, os funcionários da secretárias e os servidores da limpeza. Todos ficam contra todos e aí se instaura o caos, a indisciplina, a violência na escola.
Mas sabemos que há um discurso enviesado aí, o discurso do PODER que joga uma classe contra a outra, irmão contra irmão, alunos contra professor e vice-versa, desarticulando assim a convivência e crescimento de grupos politizados e conscientes dos escândalos e arbitrariedades que ocorrem em todo o país, e por conseguinte, na Bahia e localmente, na terra de Lucas... Adiante companheiros.
Por isso o professor baiano ergue a bandeira da sua luta contra essa maré de intolerência e desvalorização do professor.
Respeito e valorização do profissional de educação JÁ!
"É nosso dever proteger o maior patrimônio nacional, porque a Nação que destrói o seu solo, destrói a si mesmo."
(Theodore Roosevelt)
"Vem, vamos embora (...) quem sabe faz a hora não espera acontecer" (G. Vandré).
Continuaremos em greve.
Wagner vai passar os três anos e meio nessa enrolação, pois não sabe governar. Coitada da Bahia!
Cordel: carta do professor ao governador
CARTA DE UM PROFESSOR BAIANO (Antônio Carlos de Oliveira Barreto) AO GOVERNADOR JAQUES WAGNER
Meu prezado Jaques Wagner,
sou Toinho de Mariinha,
professor da Rede Pública,
petista de carteirinha.
Então peço que o senhor
analise esta cartinha.
Eu não serei radical
nesses versos de cordel
por saber que a vida é
mistura de açúcar e fel,
só não posso acreditar
que o senhor seja infiel.
Vou lhe fazer um pedido
em nome da nossa classe:
ficaria satisfeito
se o senhor não nos negasse
sua promessa de aumento,
acabando todo o impasse.
Durante sua campanha,
o senhor nos garantiu
um reajuste decente
mas ainda não cumpriu.
Será que já se esqueceu
depois que ao poder subiu?
Eu que fui discípulo seu,
dei meu voto e lhe aplaudi,
depositei confiança
nas promessas que eu ouvi.
Agora, nós, professores,
que vamos fazer aqui?
Me lembro dos velhos dias
em que fui seu companheiro,
criticando os inimigos
desse povo brasileiro,
sonhando que a Educação
não ficasse no estaleiro.
Excelência era um guerreiro
com palavras e ação,
dizendo ser defensor
de uma nova educação.
Mas, de repente, me vejo
cheio de decepção.
Parece contradição
esse seu comportamento
dando um reajuste frouxo
de quatro e meio por cento.
Será que nós, professores,
temos cara de jumento?
Vossa Excelência sempre
defendeu os professores,
concordando com as greves,
conquistando os eleitores,
dizendo que a culpa era
dos outros governadores.
Não pense que nós estamos
aqui de braços cruzados;
os sonhos não terminaram
pois podem ser alcançados,
tudo nesta vida muda:
não vamos ficar parados.
Sim, estamos chateados,
mas queremos muita paz;
a nossa batalha é justa
nós vamos correr atrás.
Talvez um dia apareça
alguém que seja capaz!
Seguiremos nossa luta
a favor da Educação,
mesmo com o salário baixo
que mal dá para o pirão.
Vamos esperar melhoras
com a próxima eleição.
No passado era o senhor
que muito me incentivava
a reclamar reajuste
que ao professor faltava,
mas vejo que desse jeito
era eu quem me enganava.
Agora a APLB
e todos nós professores
estamos órfãos de ti
nesse momento de dores.
De modo que nos sentimos
verdadeiros sofressores.
Nossas perdas de salário
são de oitenta e três por cento
e o senhor nos garantiu
compensa-las com aumento,
mas agora estando eleito
já caiu no esquecimento.
E a justiça antigamente
era menos radical,
com 30 dias mandava
uma Ação Judicial.
Agora o prazo encurtou:
o que houve, general?
Prezado governador,
faça uma reflexão:
procure ser flexível,
reveja sua decisão,
pois se assim continuar
não haverá reeleição.
Muita sorte lhe desejo,
Que seja feliz também
Mas cumpra sua palavra
Para não virar refém
Dos professores baianos
que ainda lhe querem bem.
Ilustríssimo Jaques Wagner,
procure ser moderado,
não esqueça o educador,
seu fiel eleitorado,
que lhe deu bastante apoio
mas se encontra desprezado.
Ainda não desisti
seguirei com a esperança
de que nunca se desfaça
a nossa forte aliança,
pois o senhor fez promessa
e nós faremos cobrança.
Fale com seus deputados
que aprovaram a proposta
que na próxima eleição
daremos nossa resposta
porque nó fomos traídos
justamente pelas costa.
Me despeço, companheiro,
na certeza de que um dia
Vossa Excelência tenha
Muita paz, muita harmonia,
Mas saiba que todos nós perdemos nossa alegria.
Portanto seja fiel,
corajoso e eficiente,
porque isso é traição
que você faz com a gente.
Aproveite a sugestão
reveja sua posição:
Barreto cordialmente.
http://www.aplbsindicato.org.br/texto_noticias.php?ID=1865
VEJA A ENTREVISTA DO GOVERNADOR JAQUES WAGNER À TV BAHIA, NO JORNAL DA MANHÃ DE 14 DE JUNHO DE 2007
http://wm.globo.com/webmedia/windows.asx?usuario=ibahia&tipo=ondemand&path=/programastv/jornaldamanha/entrevista_jw.wmv
Não se iludam os esquerdistas... o esquerdismo consiste nisso mesmo. Bater nos outros quando é oposição e fazer muito pior na situação. Socialismo matou 100 milhões na China. Vamos procurar outro caminho aqui no Brasil, do contrário passaremos a vida dando vez a esquerdistas espertalhões como Luiz Inácio, Jacques o Estripador Wagner e outros.
Concordo com os professores, não podemos mais admitir que promessas de campanhas não sejam realizadas pelos candidatos eleitos. Vem aí o pleito municipal, vamos analizar e guardar as propostas e promessas dos candidatos para cobrar do eleito durante o seu mandato.
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