Os quase seis meses de governo Jaques Wagner - já é um tempo considerável - têm servido de justificativa para o marasmo, a lentidão existente. Quem confiou (professores e policiais, por exemplo) nas promessas de mudança na campanha já está à beira de um ataque de nervos.
quinta-feira, 21 de junho de 2007
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3 comentários:
Cada macaco deveria ir para o seu galho
Na Macroeconomia o negócio é comandado pelo governo; na Microeconomia é dirigido pelo empresário; na Família por quem manda em casa. Espera–se sempre que quem detenha esse poder saiba cumprir os objetivos devidos para que as coisas funcionem, caso contrário “a vaca vai pro brejo”. Ou seja, se houver incompetência o negócio irá mal e alguém vai pagar a conta.
Quando isso acontece na Empresa quem paga é o dono do negócio que tem que tirar sua vaca do brejo à custa de muito sacrifício, a menos que seja um daqueles poderosos, muitas vezes um político, com bom trânsito entre as tetas dos governos.
Quando a coisa fica feia dentro de casa, quase sempre nem tem mais vaca para cair no brejo porque já foi vendida para pagar as contas e as dívidas contraídas com os tais juros escorchantes dos cheques especiais e dos rotativos dos cartões de crédito.
Ah, mas quando se trata da Coisa Pública, gerida por incompetência de “administradores” guindados aos cargos por favores políticos, quem paga o pato, ou a vaca, é o povo pagador de impostos crescentes impostos aos seus bolsos exauridos pela avassaladora tunga nos nossos bolsos para encher a burra de todos os níveis de governo.
E toma-lhe aumento de impostos disfarçados de reformas tributárias e afins! Depois das últimas mudanças no Cofins o que se viu foi aumento de arrecadação, donde é bom o pequeno empresário prestar atenção no tal do Super Simples que vem por aí...
No governo, se na hora de nomear os dirigentes dos cargos valessem argumentos técnicos com adequada avaliação de currículos e de experiências anteriores, como acontece nos cuidadosos processos de seleção em grandes empresas, os resultados poderiam ser bem menos onerosos para as contas do país, poderíamos crescer muito mais saindo e até sair da zona de rebaixamento no campeonato de emergentes.
Na área privada, com essa moda de “down sizing” das empresas, ou, em bom português, de mandar embora para economizar em mão de obra de qualquer nível, ou com o tal do PDV (Plano de Demissão Voluntária), ou de aposentadoria precoce, os profissionais, em sua grande maioria, entram no mercado de trabalho ansiosos por abrir um negócio próprio e muitos se dão mal.
Nessa ocasião, todo o cuidado é pouco, pois só é prudente entrar num negócio em que se seja um especialista e no qual se tenha bastante experiência, normalmente na área em que se trabalhou até pedir as contas. Isso porque, conforme estatísticas brasileiras, depois de um ano, mais de 35% das novas micro e pequenas empresas abertas fecham as portas, e avaliadas após 5 anos, mais de 80% dessas enfrentam esse destino.
Na área pública, com essa politicagem reinante na distribuição de cargos entre parceiros sedentes e incompetentes, emergentes de acordos fisiológicos, os resultados não seriam diferentes dessas estatísticas se não fossem disfarçados e encobertos à custa de nós contribuintes. É um absurdo continuar com essa farra de criação de cargos para abrigar cupinchas pagos com os nossos 146 dias de trabalho por ano só para pagar impostos!
É triste o desespero dos diplomatas de carreira brasileiros ao ver embaixadas loteadas entre políticos despreparados que “precisam” ser acomodados, em cujos “currículos” se registram atos iguais aos de macacos dentro de lojas de cristais, quando não, de aves de rapina isentados por conselhos sem ética. E em quantas áreas do serviço público vêm acontecendo isso? Quantos ministérios superpostos foram e estão sendo criados sem necessidade, com dirigentes apadrinhados atrapalhando uns aos outros?
É desanimador avaliar o quanto está custando para todos os verdadeiros trabalhadores brasileiros que suam para viver com o que ganham bancar esse lote de acordos espúrios que são feitos nos loteamentos de supérfluas diretorias de estatais e de ministérios de fachada só para botar macacos fisiológicos fora de seus galhos.
Luis Carlos Ewald
http://g1.globo.com/Noticias/
COMENTÁRIOS acerca do artigo "Cada macaco no seu galho"
Excelente artigo!
Só um comentário: penso que ele deveria estar na primeira página dos sites do PMDB e do PT, pelo menos... como eles têm sede de mamar nas tetas do governo!
É o poder a qualquer custo... é o prestígio e o cargo a qualquer custo... A impressão é de viver num país que foi "vendido" (se fosse às empresas privadas seria muito diferente).
Nos rebelamos com a idéia de "vender" o país ao setor privado. Mas quem incentiva essa rebelião, são os próprios partidos políticos... logo eles, que não nos contaram que foram eles que "compraram o país"!
Gabriel Pelizer 08:49:093
E vai resolver o quê esse protesto aí? Acrescentou o quê, além do que TODOS já sabem e estão cansados de ouvir? Todos políticos roubam o povo brasileiro: vaiajam, comem, se divertem à custa do suor dos trabalhadores deste país analfabeto... se se fizesse um inventário das perdas, desfalques e gastos feitos pelos senadores, governadores, prefeitos, vereadores, enfim de toda a classe desse mal que grassa nesta terra brasilis, veríamos que se um senador, que deveria dar o exemplo pois hierarquicamente é superior aos demais políticos mantám sua manteúda e o fruto do amor ilícito com o dinheiro público, imagine os outros... haja lanchas, carnavais e festas, whisky e caviar enquanto o povo passa fome e a classe que era "média" se torna a mais baixa pelo arrocho salarial e pelo discurso autoritário desses homens sem o mínimo de brio, de caráter. Um dia a sociedade brasileira dá um basta nesse esgoto todo mandando todos esses dejetos ralo abaixo.
Leo 17:
Parabéns! Concordo em gênero, número e grau, ando tão desanimado que estou pensando em arrumar as malas e tentar a vida num país que nos respeite, se é que existe. Um abraço.
Clodoaldo 16:32
Concordo com tudo que foi muito bem dito nesse artigo . Agora, o que se vê nas ruas desse grande Brasil é que o povo não acredita mais na classe politica mas infelizmente não tem meios ou não sabe como cobrar dos governantes uma postura correta.
A verdade é que os politicos governam em causa própria e não estão nem ai para a sociedade além de impedir e obstaculizar que o povo brasileiro tenha acesso democrático è educação de boa qualidade, só assim ele despertaria e seria de fato
educado, cosncientizado e politizado por programas públicos de EDUCAÇÂO nas escolas estaduais. Privatizou-se a educação, compartimentalizando-se o saber...
Observamos um estado latismável na educação brasileira, discursos vazios, políticos incompetentes e autoritários, enfim a cultura, a saúde e a educação neste país não existem! São uma mera utopia. Uma pena.
COMENTÁRIOS
4. Excelente artigo! Só um comentário: penso que ele deveria estar na primeira página dos sites do PMDB e do PT, pelo menos... como eles têm sede de mamar nas tetas do governo! É o poder a qualquer custo... é o prestígio e o cargo a qualquer custo... A impressão é de viver num país que foi "vendido" (se fosse às empresas privadas seria muito diferente). Nos rebelamos com a idéia de "vender" o país ao setor privado. Mas quem incentiva essa rebelião, são os próprios partidos políticos... logo eles, que não nos contaram que foram eles que "compraram o país"!
Gabriel Pelizer | E - mail | 15/06/07 08:49:093. E vai resolver o quê esse protesto aí? Acrescentou o quê, além do que TODOS já sabem e estão cansados de ouvir?
Leo | E - mail | 14/06/07 17:19:092. Luis, parabéns! Concordo em gênero, número e grau, ando tão desanimado que estou pensando em arrumar as malas e tentar a vida num país que nos respeite, se é que existe. Um abraço.
Clodoaldo
Concordo com tudo que foi muito bem dito nesse artigo . Agora, o que se vê nas ruas desse grande Brasil é que o povo não acredita mais na classe politica mas infelizmente não tem meios ou não sabe como cobrar dos governantes uma postura correta. A verdade é que os politicos governam e causa própria e não estão nem ai para a sociedade.
"Agüento tudo, menos ser professor no Brasil" (e na Bahia atual a coisa tá preta mesmo; a síndrome do 'quadro negro')
Tenho um amigo que sempre me “aconselha” a dar aulas. "Mui amigo". Quase 50% dos professores brasileiros apresentam sintoma de estresse ou depressão. O professor está doente. Sofre de excesso de trabalho, é atacado pela indisciplina na sala de aula, violência, desgaste físico e pressão, muita pressão da sociedade e dos pais de alunos.
Pesquisas revelam que nossos professores estão sujeitos a transtornos psíquicos. O professor sofre da síndrome de “burnout”. A síndrome de burnout é o esgotamento profissional. O nome vem do inglês to burn out, ou seja, queimar, consumir-se.
A síndrome de burnout não é exclusiva de professores. Ela é muito comum entre médicos, enfermeiros e policiais. São profissionais que trabalham sobre pressão permanente. Pesquisa nacional da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) identificou na década de 90 que 48% dos 52 mil professores pesquisados em 1.440 escolas apresentavam a síndrome de burnout.
A consumição aumenta proporcionalmente à desvalorização do professor na sociedade. Pesquisa mais recente da Apeoesp - Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo – detectou que 46% dos mestres já passaram por algum tipo de estresse, entre as mulheres o percentual chega a 51%.
O estresse provoca depressão, a depressão se manifesta em resistência para sair de casa para o trabalho, insônia, choro fácil. Há um sentimento de depreciação porque o professor não consegue impor autoridade na sala de aula.
Uma pesquisa da Unesco indica que 55% dos professores ouvidos têm problemas para manter a disciplina. O mal ocorre no ensino privado e no público. No ensino fundamental, médio e superior.
Para começar a valorizar a profissão é preciso começar pelo salário. Eu entendo a greve dos professores.
Miranda & Jesus
www.bahiadefato.blogspot.com
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