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quarta-feira, 20 de junho de 2007

Não é com ele não

O governo Jaques Wagner tem ampliado, em muito, o caos na saúde pública em Feira de Santana, com a situação precária e periclitante do Hospital Geral Clériston Andrade, até ameaçado de ser fechado pelo Ministério Público. Mas não é "privilégio" tão-somente de Feira, pois o quadro é negro em todo o Estado e não somente na saúde, mas também na educação - a greve dos profesores da rede estadual já dura 43 dias e não tem previsão de terminar -, segurança pública e demais áreas.
Enquanto isso, o governador passeia na Europa.

13 comentários:

Anônimo disse...

19/06/2007 - 19:03
DEPUTADO ATESTA QUE POLICIAIS MILITARES DE FEIRA ESTÃO EM GREVE BRANCA

Foi distribuida à imprensa nesta tarde de terça-feira, 19, na Assembléia Legislativa, um CD contendo declarações feitas pelo deputado capitão Tadeu (PSB) ao radialista Dilson Barbosa, da Princesa FM de Feira de Santana, no qual, atesta que os índices de violência aumentaram naquela cidade porque a "PM está em greve branca".

O deputado destacou, ainda, "que o governador Jaques Wagner talvez não tenha conhecimento da realidade, mas, a situação é grave" e lembrou da greve da PM no governo César Borges salientando que "alertei ao governador CB de que, em 2001, a situação estava grave e ele não acreditou. Um ano depois a greve explodiu".

O capião afirmou que esse movimento não se limita somente a Feira de Santana situando que os índices de violência aumentaram na Bahia, de uma forma geral, no Carnaval de Salvador e em assaltos a ônibus na capital. Daí, sua advertência ao governo atual.

Tadeu declarou ainda que os policiais do interior não recebem sequer tiquete-alimentação e "comem de carona em restaurantes e lanchonetes, graças a ajuda dos comerciantes".

NA ASSEMBLÉIA

O líder do governo na Assembléia, deputado Waldenor Pereira (PT) em pronunciamento no plenário nesta terça-feira, 19, disse que não tem conhecimento de qualquer "tipo de insubordinação da PM" e garantiu que consultaria o capitão Tadeu (PSB) para que ele confirme suas declarações.

Já o deputado Tarcísio Pimenta (DEM), disse que a aisutação da segurança na Bahia é grave e o governador Jaques Wagner "ou governa ou renuncia ao cargo, pois, dessa forma não pode continuar, com a Bahia sendo abandonada".

Pimenta afirmou que o capitão Tadeu (PSB) é considerado o mais graduado especialista em matéria de segurança na base do governo e suas declarações são "temerosas na medida em que o secretário de Segurança, Paulo Bezerra, está em Brasília depondo sobre irrgularidades de sua gestão quando superintendente da Polícia Federal".

Para o líder do governo, Waldenor Pereira, não há porque esse temor, essa preocupação, mas reconheceu que há uma falência dos equipamentos policiais "herança maldita deixada pelos governos do PFL, hoje, Democratas, e que o governo atual, o governador Wagner está reparando e não pode fazer tudo em poucos meses de governo".

Waldenor citou, por fim, que os policiais participaram da Mesa de Negociações Central e seus líderes sindicais (Polícia Civil) assinaram os termos do acordo.

O que falta para os brasileiros e BAIANOS impetrarem um IMPEACHMENT merecido e atrasado contra esses mau políticos? Acordai povo de Deus!

Anônimo disse...

Os Democratas voltam a telinha (TV) a partir da noite desta terça-feira, 19, com filmetes de 30 segundos dentro do horário eleitoral gratuito permitido pela legislação, com fortes críticas ao desempenho que consideram pífio do governo Jaques Wagner (PT).

Os comerciais vão lembrar ao eleitorado promesas e posturas do PT durante anos anteriores, as quais, agora, no governo, não se concretizam e ainda estão repletas de incoerências.

Um dos comerciais questiona, por exemplo, a contratação pelo REDA; outro, a eleição direta para professores; e um terceiro, o salário mínimo para os servidores o que só deverá acontecer em novembro.

www.bahiaja.com.br

Enquanto isso na câmera de SSA:
A Câmara de Vereadores de Salvador já entrou em ritmo de São João e nesta terça-feira, 19, não houve sessão. Como amanhã ainda é quarta-feira antevéspera dos festejos juninos tudo poderá acontecer.

Alguns vereadores estão querendo o retorno dos trabalhos para terem esclarecimentos adicionais da Presidência da Casa sobre os custos da obra do Centro do Cultura, estimados em R$2.1 milhão.

Segundo se comenta o dinheiro teria sido arrecadado junto à iniciativa privada, a partir da concorrência promovida pela Câmara com o banco responsável pela movimentação financeira do legislativo.

Em todo caso, os vereadores querem passar isso a limpo, sobretudo aqueles que perderam a confiança no presidente Valdenor Cardoso.

Anônimo disse...

A coisa tá mudando?

20/06/2007 - 10:02
FETRAB ADMITE IAF NA MESA SETORIAL DE NEGOCIAÇÕES COM FAZENDÁRIOS



Aconteceu na última segunda-feira, 18, plenária da Fetrab, reunindo as representações de 15 entidades filiadas à Federação dos Trabalhadores Públicos do Estado da Bahia. A reunião foi aberta com os informes das Mesas Setoriais que já estão funcionando: Saúde, Segurança Pública, Presídios e Fazenda.

Após os informes, a plenária da Fetrab discutiu o pleito do IAF (Instituto dos Auditores Fiscais) em participar da Mesa Setorial da Fazenda. Os dirigentes da entidade argumentaram que as associações estão participando da Mesa da Segurança Pública e que o Instituto representa o segmento dos Auditores Fiscais da Sefaz, podendo então participar também da mesa específica da Secretaria.

Os dirigentes do Sindsefaz, em contra-argumento, declararam que representam cerca de 1.650 auditores fiscais, 1.200 agentes de tributos e 750 técnicos administrativos. Isso lhe confere legitimidade para representar a categoria na Mesa Setorial. A entidade argumentou que a Constituição garante a unicidade sindical e disse que sempre esteve aberta para conversar com as entidades legítimas existentes na Fazenda, para tratar dos problemas da categoria, desde que essas demonstrem respeito ao Sindicato dos Fazendários.

O Sindsefaz deixou claro que compreende que o governo deve ouvir outras opiniões e outras entidades que existam entre os servidores. Mas o Sindsefaz não abre mão da representação do conjunto dos funcionários da Fazenda, que lhe é de direito e de fato.

MESAS

A Coordenação da Fetrab deu uma explicação sobre o funcionamento das Mesas Setoriais. A professora Marinalva Nunes explicou que o caso específico da Segurança Pública não pode ser tomado como referência e transplantado para outras secretarias, porque se trata de um caso especial, onde a natureza da organização exige um critério diferenciado.

Por sua vez, os outros dois coordenadores, Crispiniano Daltro e Aladilce Souza, concordaram com Marinalva e acrescentaram que reconhecem nos sindicatos os legítimos representantes dos servidores públicos nas negociações com o governo.

A Fetrab se colocou à disposição para intermediar um processo de entendimento, conforme solicitado pelo IAF na reunião e recomendou ao Sindsefaz que consultasse suas bases acerca da participação de outras representações da Fazenda na Mesa Setorial.

Essa proposta da Fetrab foi aceita pelos dirigentes do Sindicato que estavam presentes. A entidade, que conta com o reconhecimento da Cooperfisco e Asfeb como sendo o representante da categoria, realizará assembléia na primeira quinzena julho para avaliar as negociações na Mesa Setorial e discutirá este assunto.

Anônimo disse...

In: www.bahiaja.com.br

Há um "NEW" PC do B?

Poupem-me viu? É o fim do mundo mesmo... não há mais dúvidas....

19/06/2007 - 23:54
DEPUTADO CRITICA A TARDE POR NÃO DESTACAR GRANDE OBRA NO SÃO FRANCISCO

O deputado Edson Pimenta (PCdoB) fez um discurso bastante surreal na tarde da última terça-feira, 19, no plenário da Assembléia Legislativa.

Primeiro fez elogios rasgados a obra da revitalização do Rio São Francisco, pelo governo do presidente Lula. Disse que diante de tais fatos de sentia à vontade para apoiar a transposição das águas do Velho Chico para atender a população de outros estados, embora já tivesse sido contrário à transposição.

E, vestindo a roupa de Lula, os termos de Lula, criticou a imprensa que não dá destaque a obra com esse viés, de grandeza, de uma grande realização.

Em nenhum momento falou sobre o ministro Geddel Vieira Lima, da Integração Nacional, e, como o único veículo de comunicação que cobriu a viagem de Geddel foi A Tarde, se supõe que o deputado sentou à pua no maior jornal da Bahia, quando se referiu à imprensa.

Sem nominar Geddel, disse que a imprensa (se supõe A Tarde) quando destacou que os sinos da igreja da Barra dobraram em protesto que ele não ouviu nada, apenas "dois apitos", daí que ficou admirado com essa postura da imprensa, que deveria destacar os feitos da revitalização enumerando três grandes obras a seguir: Vale do Salitre, Baixio de Irecê e Iuiú.

O deputado foi aparteado pelo deputado João Carlos Bacelar (DEM) que se disse surpreso ao ouvir críticas à imprensa, coisa que nem o ministro Geddel, o guardião da Bahia, se queixou.

Pimenta não se fez de rogado e disse que era isso mesmo, que a imprensa precisa ver o lado positivo das realizações do governo.

COMENTÁRIO
BAHIA JÁ

São os novos tempos da Bahia. Aliás, em A Tarde da última terça-feira, 19, tem um artigo admirável do professor de comunicação Emiliano José falando da postura das autoridades latino-americanas sobre a censura à imprensa, em especial, Hugo Chávez. Imperdível para quem deseja conhecer mudanças de opinião, tais como a do deputado Édson Pimenta. O new PCdoB.

Anônimo disse...

ATENÇÂO: ARBITRARIEDADES E DITADURA INSTALADA NA BAHIA

www.bahiaja.com.br


19/06/2007 - 20:16
DEPUTADA DENUNCIA: DIREC BARREIRAS CHAMOU PM P/ INTIMIDAR PROFESSORES
A deputada Antonio Pedrosa (PRP), da bancada da oposição, afirmou nesta terça-feira, 19, no plenário da Assembléia Legislativa que o diretor da Direc de Barreiras chamou a PM para explusar os professores em greve que realizavam reuniões no interior de colégios estaduais.

Segundo Pedrosa, os professores de Barreiras estão sendo intimidados pelo governo do PT e agora estão realizando seus encontros nas praças públicas da cidade.

- Que governo autoritário é este - questionou a deputada - perguntando ao líder da maioria, deputado Waldenor Pereira (PT) que atitude deveria tomar e se ele iria ficar falando o tempo todo "nos 16 anos do governo do PFL", e nunca assumir sua posição de governante.

PASTORAL DA TERRA

A deputada Neusa Cadore (PT) lembrou nesta terça-feira, na sessão da AL, os 32 anos de existência da Pastoral da Terra, nascida na época da ditadura militar e que tem prestado grandes serviços à população.

Anônimo disse...

19/06/2007 - 13:12
PROFESSORES MANTÉM GREVE E DIZEM QUE FORAM TRAÍDOS PELO GOVERNADOR

Em sua 10ª Assembléia Geral realizada esta manhã de terça-feira, 19, no Ginásio de Esportes do Sindicato dos Bancários, em Salvador, os professores da rede pública estadual de ensino da Bahia, em nível de 2º grau, mantiveram a greve por tempo indeterminado e criticaram duramente a postura que consideram de "insensibilidade e traição do governador Jaques Wagner".

O sindicalista Rui Oliveira disse que até agora o governo não sinalizou com uma nova proposta e aquela que foi aprovada pela Mesa Central de Negociação e pela Assembléia Legislativa, concedendo 4.5% (aos professores dos níveis 3 e 4) e 17.28% (para os níveis 1 e 2) não foi aceito pela categoria, pois, segundo a APLB/Sindicato isso provocará achatamento nos níveis.

Diante do impasse e sem abertura de negociações a greve foi mantida e o semestre letivo está praticamente perdido.

NA EUROPA

As críticas ao governador Wagner subiram de tom, muitos professores criticaram o fato do chefe do Executivo ter viajado a Portugal para verificar tecnologia de construção de estádio de futebol, e o comando da greve não considera qualquer negociação paralela com o secretário Rui Costa ou como o secretário Adeum Sauer como válida.

O governador Jaques Wagner (PT) estará retornando da Europa nesta terça-feira, 19, e certamente vai sinalizar novas atitudes do governo diante da greve e do impasse.

Vale observar, ainda, que os professores universitários da Rede Estadual também se encontram em greve.

Estima-se, hoje, que na Bahia existem mais de 1 milhão e 600 mil alunos (segundo grau e universitários) sem aulas.

Anônimo disse...

A categoria dos professores estaduais da Bahia não aceita o corte de pontos anunciado pelo "autodenominado governo popular" e afirma que se isto ocorrer não haverá reposição de aulas.

Em nota pública em A Tarde,em 19/06/2007, a APLB/Sindicato dá sinais de que pretende manter a greve, pois, "enquanto escutamos lamúrias acerca da herança maldita como justificativa à opção política de negar recursos para educação, somos diariamente surpreendidos com superaviti de R$843 milhões no caixa do Estrado e perdão da dívida de R$74 milhões às companhias telefônicas" - afirma a nota.


Sobre a Ação
Civil Pública


A Ação Civil Pública do governo foi impetrada enquanto os professores estavam na Assembléia Legislativa lutando pela aprovação da Emenda de autoria do deputado Javier Alfaya - que propunha o reajuste de 17,28% para toda a categoria.


Os professores e professoras sentiram-se traídos pelo governo, tanto por impetrar a Ação Civil Pública durante as negociações e quando a categoria ainda tentava conquistar o reajuste via parlamentar, quanto pelo método ortodoxo de querer resolver uma reivindicação de um segmento que sempre buscou a democracia e por isso apoiou a eleição do atual governador.


Os educadores estaduais, no entanto, deram uma resposta firme à insensibilidade do Governo Jaques Wagner e afirmaram não ter medo da ameaça do governo que, intempestivamente, entrou na Justiça com uma Ação Civil Pública que determina a cobrança diária de multa de R$ 20 mil, ameaça prender sindicalista e cortar ponto de grevistas, caso professores e professoras não retornem às aulas em 24 horas.

Anônimo disse...
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Anônimo disse...

20/06/2007 - 11:10h Foto: Divulgação

Governo deve cortar hoje salário dos professores


Nessa quarta-feira (20), o governo do Estado fecha a folha de pagamento dos servidores. A APLB, sindicato que representa os professores, dá como certo que o salário será cortado este mês. A ameaça de corte, que foi anunciada pelo próprio governador Jaques Wagner, deixa ainda mais tensa a relação entre Governo e professores, em greve há 44 dias.

O professor Germando Barreto, diretor sindical em Feira de Santana, afirmou em entrevista ao jornalista Valdomiro Silva, que não teme o corte. Segundo ele, os salários cortados devem atingir, de forma indiscriminada, professores paralisados ou não. Ainda de acordo com o sindicalista, "se a greve durar mais dez dias depois do São João, o ano letivo está perdido".

O diretor da Direc, Alberto Moura Pinho, informou que o sindicato está "radicalizando" e que para que haja negociação, é preciso que as aulas sejam retomadas. Segundo ele, algumas escolas estão retomando as aulas. Ele afirmou que o corte de salário será efetivado.

Uma nova assembléia vai acontecer na próxima quarta-feira, dia 27, às 9h, na capital do Estado. Será a 11º reunião estadual dos professores, desde que a greve foi deflagrada. Os professores pedem 17,28% de reajuste para todos os níveis. O governo da Bahia oferece 17,28% para os níveis 1 e 2, e 4,5% para os de níveis 3 e 4 e só aceita retomar as negociações quando a greve for suspensa.



Eduardo Oliveira
Repórter
http://www.fsonline.com.br

Anônimo disse...

Dom Itamar Vian, eis um homem de fibra, admirável. Pelo menos uma voz sensata se ergue em defesa DA EDUCAÇÃO BAIANA...

19/06/2007 - 14:46h Foto: Diuvulgação

Greve dos professores


Greve é um direito dos trabalhadores. Pode-se discutir se existem greves justas ou não. Para isso há a Justiça para julgá-las. (Será que a Justiça é sempre justa? O Supremo Tribunal Federal, nos últimos 40 anos, julgou mais de 100 políticos acusados de corrupção e todos foram inocentados).

O que não se pode jamais é por em dúvida o direito de fazer greve, particularmente quando se esgotaram todos os recursos na busca de melhores condições de trabalho e de salários.

A GREVE JUSTA merece também a compreensão de toda a sociedade porque não é uma demonstração de força. Não é ditada pelo desejo de gerar intranqüilidade. A intranqüilidade já existe. O desejo é que se ponha fim a esta intranqüilidade. Mas será que é justa a greve dos professores na Bahia?

QUALQUER avaliação que seja feita sobre a educação ministrada pelas escolas brasileiras não causa mais surpresa. Ao contrário, mostra a dura realidade de um ensino que deixa muito a desejar e que tem apresentado poucas mudanças nas últimas décadas.

INTENÇÕES, promessas e mesmo compromissos dos governantes – todos teoricamente muito preocupados com o tema da educação, constantemente eleito como prioridade -, não têm trazido transformações que indiquem um novo cenário para os próximos anos. A prova disso está nas informações de três relatórios apresentados pelo Ministério da Educação.

São eles: Sistema de Avaliação Básica (SAEB), Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e Censo de Educação Básica. OS DADOS apontam para uma escola que ainda ensina muito pouco.

Os alunos que estão terminando o curso médio (antigo colegial) têm nível de conhecimento que já deveriam ter adquirido na 8ª série do ensino fundamental. Em relação ao curso básico especificamente – que compreende oito anos – a nota média dos alunos caiu em todas as disciplinas.

APROVAÇÃO automática, salas superlotadas, falta de investimento, desvalorização e desmotivação dos professores, descontinuidade de projetos educacionais fazem da escola pública um atraso. Os maus resultados não são senão conseqüência disso tudo. Por isso, a revolução na educação nacional está longe de ser realidade e somente acontecerá com um trabalho conjunto de pais, professores e autoridades e da comunidade.



Dom Itamar Vian
Arcebispo Dom Itamar

Anônimo disse...

20/06/2007 - 15:35
O APETITE DE WAGNER PARA GOVERNAR


www.bahiaja.com.br

Um dos assuntos mais comentados nos meios políticos baianos é sobre o apetite do governador Jaques Wagner (PT) para governar, sobretudo diante de um comensal que tem se apresentado ao público com um apetite maior do que o praticado pelo governador.

O comensal na telinha é o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, o qual, come pirarucus e piranhas nas cidades ribeirinhas do São Francisco; acarajés e abarás na cidade do Salvador; e carne de sol e pirão de leite no Sertão e no Sudoeste do Estado.

Enquanto isso, em gestos frugais, o governador prefere as lubinas de Peres Touriño, de Espanha, ou o bacalhau à portuguesa da velha e querida Lisboa das quintas e fados ou das letras de José Sarmago.

Há de se dizer que, quem com muita sede vai ao pote ou ao prato, pode se engasgar. Mas, há também se de dizer que, a modéstia no apetite governamental deixa a impressão, como ocorre nesse momento, que se criou uma expectativa enorme de mudanças e essas modificações não estão acontecendo.

E, como não são apresentadas à olhos vistos, desagradam os aliados, os companheiros e companheiras que imaginavam uma coisa e é outra.

Foi considerado inoportuna a última viagem do governador a Europa quando o Estado enfrenta uma greve de professores e a saúde pública um tremendo problema no atendimento de sua população nos hospitais de urgência, além de coincidir com a semana em que o ministro Geddel carimbava a execução das obras de Transposição do Rio São Francisco, a maior do governo do presidente Lula da Silva.

Era de se esperar, pois, que o governador adiasse a viagem, até porque nada de tão importante foi tratar na Espanha e em Portugal, enfrentasse a greve para encontrar uma solução, verificasse in-loco o que se passa nos hospitais e acompanhasse Geddel, como fez Eduardo Campos (PSB), governador de Pernambuco.

A divulgação sobre a viagem do governador foi de um amadorismo como nunca se viu. O site da Agecom não revelou praticamente nada e a imprensa ficou a ver navios, mais uma vez, tudo isso como se Wagner não fosse a maior autoridade do Estado e não tivesse obrigação de dizer o que estava fazendo na Europa.

Na Assembléia, o clima é de desolação. Foram necessárias cinco sessões extraordinárias para votar o reajuste dos salários do governador, vice-governador, secretários de Estado e o 1º turno da LDO. Nos bastidores da base aliada há uma insatisfação enorme entre os deputados de outros partidos que não do PT.

Estima-se que, ou o governador muda de postura em relação a bancada, como fez o presidente Lula da Silva neste seu segundo mandato, ou terá problemas muito graves pela frente.

Enquanto isso, na visão dos políticos, o ministro Geddel Vieira Lima avança. E avança dando a impressão de que com ele e o governador vai tudo bem, embora, os depuados do PT e do PC do B não citem o nome de Geddel em seus pronunciamentos na AL; nem o convite do PMDB à filiação do prefeito de Salvador citava o parceiro Jaques Wagner.

Parceiro, este sim, segundo o PMDB, é o presidente Lula da Silva.

Então, aos olhos da opinião pública e na concepção de setores da população àquela mais humilde, àquela que depositou em Wagner a mesma esperança posta à disposição de Waldir Pires, em 1986, essa gente já está percebendo que Wgner assemelha-se a Waldir no apetite de governar.

E isso não é saudável; nem para o governador; nem para a Bahia. O parceiro prioritário de Lula é Wagner, segundo se colocou na última eleição. Agora, se Wagner abre mão desse posto e deixa Geddel ocupá-lo, aí, paciência, é mesmo uma questão de apetite.

Que o governador volte da Europa pisando em outro acelerador, urgente. Senão, sua vaquinha vai para o brejo.

Anônimo disse...

Ó pra aí ó:

Governo terá folha adicional para corrigir desconto a não-grevista
20/06/2007 - 21h


O governo estadual vai publicar uma folha de pagamento adicional, no início de julho, para corrigir qualquer desconto que por algum equívoco seja realizado no salário de professores que não estão em greve.

Quem estiver dando aulas normalmente na rede estadual e perceber algum desconto indevido no contracheque, deve solicitar a restituição na Diretoria Regional da Educação (Direc) a que pertence o município onde mora.

O governo decidiu cortar o ponto dos professores grevistas, após decisão da Justiça que considerou a greve ilegal.

*Fonte: Agecom.
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Eduardo Waldemor disse:

Esperem... esperem a reação nas urnas, em breve, pelos "pontos" cortados dos professores grevistas...

ká ká ká

As eleições não demoram meus caros e péssimos políticos... (políticos esses que não têm nem a fineza da diplomacia política que era regra nos jogos e embates do poder...)As eleições virão e aí veremos quem corta o "barato" de quem... este pessoal parece que não raciocina... eles podem tirar o salário, cortar a merreca que esses professores recebem mensalmente mas nunca vão matar os ideais da classe intelectual do país... enquanto que "eles" que estão no poder (ouça essa Sr. Governador, Sec. de Educação e Sr. Moura DIREC Pinho e demais capachos dessa turma que não é da Mônica mas é dos PTralhas) se depararão com o vazio de uma parede branca, tomando PROZAC e outros barbitúricos, a ver navios, fazendo "viagens" muito "DHOIDHAS" e enxugando as lágrimas,arrependidos... depois de terem derramado o leite"...

Os professores ficam, os cargos e seus reles ocupantes estão sempre mudando, de 4 em 4 anos... Quem tem a razão? O POVO sempre tem a razão pq a VOZ DO POVO é a VOZ DE DEUS!

Oh! Homens (que se dizem POLÍTICOS) de pouca habilidade e sabedoria! Tremais pois não ficará nota sobre nota (dos dólares e REAIS dos cofres públicos saqueados por vós!) na sua aposentadoria solitária e infame!

E eis que Noé vos negará lugar na nau no dia da Lavagem Baiana do Dilúvio EDUCACIONAL....

Anônimo disse...

20/06/2007 - 17:53

DEPUTADO CONDENA EM BRASÍLIA INSENSIBILIDADE DO GOVERNO C/ PROFESSORES


Falando nesta tarde de quarta-feira, 20, na tribuna da Câmara dos Deputados, em Brasília, o deputado federal Marcos Medrado condenou a insensibilidade do governo da Bahia com os professores em greve e disse que está preocupado com as famílias, aquelas que têm filhos estudando na rede de escolas públicas de segundo grau, jovens na faixa de 12 a 16 anos, e que se encontram sem aulas desde o dia 8 de maio último.

"Estão cerca de 1.5 milhão de alunos sem aulas, sem trabalhos escolares, sem assistência educacional, sem deveres de casa e isso é muito preocupante, sobretudo porque esses filhos de famílias que estão nas escolas públicas são os mais carentes, são os mais desprotegidos da sociedade, e, portanto, pagam um preço muito alto quando a área mais importante de suas vidas, a educação, não funciona! - comentou.

Medrado destacou que governo Jaques Wagner, que é um governo do PT, que é um governo comandado por um ex-sindicalista, está em confronto com a categoria dos professores e só aceita dar um reajuste variável entre 4% e 17.28%, mesmo assim escalonados, o que só garantirá ao professor de nível 1 perceber o salário mínimo como salário base (sem gratificação da regência de classe), apenas em novembro de 2007.


GOVERNO INSENSÍVEL


- E isso os professores não aceitaram. E isso os professores repudiaram como fizeram na última terça-feira, 19, pela manhã, em mais uma assembléia, porque a Secretaria de Educação, o governo do Estado, não aceita mudar sua proposta, está insensível diante de uma categoria profissional tão importante e que é a base de tudo.



Medrado comentou ainda que, com essa proposta que o governo apresentou e já votou na Assembléia Legislativa, depois de discuti-la numa Mesa Permanente de Negociação, quem percebe menos e essa é uma parcela do professorado ficaria com 17.28% beneficiando aqueles professores do níveis 1 e 2, aqueles que não dispõem de cursos de pós-graduação, aqueles que ainda não têm licenciatura plena, e os de níveis 3 e 4, graduados, alguns com mestrado, perceberiam um valor de reajuste menor (4.5%) o que provocaria um achatamento dos níveis, além de ferir o Estatuto do Magistério. É esse o grande problema.



- E o que fez o governo do PT, o governo do sindicalista Jaques Wagner? - perguntou Medrado para depois responder: "Em vez de negociar com os professores, em vez de dialogar com essa nobre categoria, entrou com Ação Civil Pública na Justiça, ganhou a causa e o Tribunal de Justiça condenou o Sindicato da categoria dos professores a pagar uma multa diária de R$20 mil e obrigou a que retornassem às salas de aula. O Sindicato além de recorrer na Justiça, com um Agravo de Instrumento, se sentiu ofendido, assim como se sentiram traídos os professores pelo governador Wagner" - finalizou.


http://www.bahiaja.com.br/noticia.php?idNoticia=2586