O texto abaixo é uma criação do jornalista Walter Navarro, do jornal "Em Tempo", de Belo Horizonte-MG:
Quem tem fama deita na Gautama. Por isso eu não compraria um submarino usado do Renan Calheiros, mesmo porque minha carteira de habilitação venceu em 2002. Todavia, acho uma covardia o que estão fazendo com o presidente do Senado. No fundo, bem no fundinho, tudo isso não passa de inveja do pênis: ilações, ignomínias e complô das elites. Querem o quê? Que Renan seja condenado à morte como o corrupto funcionário chinês ou que se suicide como o ministro japonês corrupto? Daqui a pouco vão dizer que o Renan mandou fechar o SBT da Venezuela... Se bem que, pra acabar com o “Domingão do Faustão”, eu cortaria a concessão da Globo.
Afinal de contas, o que fez de mais Renan, o Menestrel das Alagoas? Nada! Seu pecado foi ser fervoroso católico. Não usou camisinha, nem fez aborto... E não sejamos hipócritas. Que atire a primeira pedra quem nunca engravidou uma jornalista bonita e gostosa que queria se dar bem na vida trabalhando deitada.
Quando eu crescer, quero ser filho do Renan Calheiros. O problema é que eu ia querer ser bebê a vida inteira, para ficar mamando naquela beleza de jornalista, orgulho da raça. Esta Mônica Veloso Lewinski é um gênio! Ao perceber que jornalismo não dá dinheiro, tratou logo de dar... Dar... Digamos... Dar um jeito, mas um jeitinho bem gostoso no salão oval do Senado, onde Renan, inimigo de Onan, não só acendeu, como apertou, fumou, tragou e emprenhou. Sem querer, Mônica ensinou o caminho das pedras para suas colegas de profissão.
Se eu fosse jornalista, mulher, bonita e gostosa eu sairia dando meus jeitinhos por aí ao primeiro senador que aparecesse. Deputado também serve, mas só se for da base aliada. Minha única saída é inventar que sou filho do Renan. Falsificar umas certidões, umas ideologias e, de quebra, umas carteirinhas da UNE pra ver filme de mulher pelada com meia-entrada...
Deve ser ótimo ser filho do Renan Calheiros... Já me imagino encontrando com ele, nos corredores de Brasília, correndo, abrindo os braços e gritando, sem medo de ser feliz: “Papai!”. E minhas festinhas de aniversário? Eu ia ganhar tanto presente quanto o filho do Michael Corleone, no “Poderoso Chefão 2”: um caminhãozinho cheio de euros (dólar é dinheiro de pobre, de cueca), um banco imobiliário de verdade, uma conta no exterior e uma ponte inacabada ligando o nada a lugar nenhum, quer dizer, Alagoas ao Maranhão. Sem falar nos mimos dos empreiteiros pra eu vender quando precisar de um bom advogado, como o Kakay e o Márcio Thomaz Bastos. Se bem que eles nunca cobrariam do filho do Renan e do afilhado do Lula, do Sarney, do Silas Rondeau, do Cláudio Gontijo Mentes Jr... Um monte de padrinhos, como no “Poderoso Chefão 3”. E a mesada das construtoras para minha educação e cultura? R$ 100 mil aqui, 200 acolá... Fora o apartamento, o mensalão, perdão, a pensão e uns R$ 50 mil pras aulas de piano, balé e solfejo.
E quando eu crescesse e tivesse filhos, cada um com uma jornalista, eu ganharia ainda mais dinheiro, desde que, tal pai tal filho, eu fosse o senador Walter Calheiros. Se não der certo, numa Operação Walter Navalha, posso ter um filho com o Zuleido Veras. E que do nosso amor nasça apenas um bigodão soltando gases, que é pra gente descolar uns créditos de carbono por fora. Zuleido is beautiful. Zuleido é meu personal Delúbio. Zuleido agora pode ir à Dança dos Famosos do Faustão?, por enquanto. Zuleido não gosta de chegar em segundo lugar.
Zuleido é a Campanha do Agasalho. Zuleido é gente que faz. Zuleido é um jeito Zuleido de ser. Um jeito pasta de amendoim. Zuleido é uma liberdade azul e desbotada que não tem cheiro, não deforma, nem solta as tiras. Chega de intermediários! Zuleido lá! Zuleido Já! Agora é Zuleido! Zuleido para presidente, o resto é peido! Zuleido e Renan, como todos nós, têm um lado B, o lado Brastemp. O lado B é o autêntico, aquele que está nem aí para o que os outros vão pensar. É o lado que vê final de novela, que não tem vergonha, que não tem governo, nem nunca terá. Zuleido e Renan têm cheque especial Banespa. Renan e Zuleido são o blefe do jogador, a placa de contramão, o sangue no olhar do vampiro alquimista. As contas do Maluf no exterior, a beira do abismo e a Lady Murphy. O caseiro Francenildo e a dona de casa, nos pegue-pagues do mundo. O Waldomiro Diniz, os Correios, o Mensalão e as ambulâncias. A mosca na sopa, o dente do tubarão, o Legacy, a CPI, o Apagão Aéreo, a venda de sentenças, a bala perdida, a falsa bala de festim e o Judiciário amigo. A mãe, o pai, o avô e o filho que ainda não veio. A Telemar, o Lulinha, o Severino, o Marcos Valério, o início, o fim, o meio e mais 20%.
Zuleido é a Campanha do Agasalho. Zuleido é gente que faz. Zuleido é um jeito Zuleido de ser. Um jeito pasta de amendoim. Zuleido é uma liberdade azul e desbotada que não tem cheiro, não deforma, nem solta as tiras. Chega de intermediários! Zuleido lá! Zuleido Já! Agora é Zuleido! Zuleido para presidente, o resto é peido! Zuleido e Renan, como todos nós, têm um lado B, o lado Brastemp. O lado B é o autêntico, aquele que está nem aí para o que os outros vão pensar. É o lado que vê final de novela, que não tem vergonha, que não tem governo, nem nunca terá. Zuleido e Renan têm cheque especial Banespa. Renan e Zuleido são o blefe do jogador, a placa de contramão, o sangue no olhar do vampiro alquimista. As contas do Maluf no exterior, a beira do abismo e a Lady Murphy. O caseiro Francenildo e a dona de casa, nos pegue-pagues do mundo. O Waldomiro Diniz, os Correios, o Mensalão e as ambulâncias. A mosca na sopa, o dente do tubarão, o Legacy, a CPI, o Apagão Aéreo, a venda de sentenças, a bala perdida, a falsa bala de festim e o Judiciário amigo. A mãe, o pai, o avô e o filho que ainda não veio. A Telemar, o Lulinha, o Severino, o Marcos Valério, o início, o fim, o meio e mais 20%.
PS: Quem tem medo de Paul Wolfowitz.
Um comentário:
Mordaz, o articulista foi no ponto da questão, que envolve toda uma rede de corrupção no Brasil. Bom ter sido transcrito do jornal de Minas Gerais, sem veiculação aqui.
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