Anunciada, principalmente em períodos eleitorais, pelo Governo do Estado como "maior intervenção urbanística realizada na história de Feira de Santana", a requalificação da Lagoa Grande continua inacabada. E obra de governo e sendo do PT é sempre incerta. Pela propaganda oficial no período eleitoral de 2016, as obras estavam 90% concluídas e seriam entregues no início de 2017. Em 2018, mais um período eleitoral e mais propaganda sobre "o belo Antonio".
Os textos propagandísticos afirmavam: "A nova realidade para a população se tornou possível depois do investimento de cerca de R$ 70 milhões dos governos estadual e federal. As obras, sob responsabilidade da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado (Conder), órgão vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Urbano, incluem o tratamento do espelho d'água, infraestrutura, requalificação urbana, pavimentação, drenagem, melhorias habitacionais e unidades sanitárias".
Inexorável, o tempo vai passando e a tão badalada intervenção - virou até cartão postal antecipado - não é recebida pela Prefeitura de Feira de Santana, pois não está pronta nem quase pronta. E o Governo Municipal não aceita receber "por etapas".
Já faz tempo, mais de dois anos, que no jornal "Folha do Estado", o jornalista Oydema Ferreira cobrou, com contundência, "para onde foram os 70 milhões que dizem ter investido na Lagoa Grande e adjacências?" Ele contou que esteve no local "buscando o que se prometeu e o que encontramos: mau cheiro, peixes morrendo por falta de oxigênio (e os defensores do meio ambiente ainda existem?), obras mal feitas, passeios deteriorados, passarelas idem, quadra de esporte enferrujando, falta de árvores, muito mato, pouca iluminação, um total desrespeito ao nosso dinheiro." E o respeitado colunista então constatou: "E o Tribunal de Contas, Ministério Público, nada fiscalizam. Feira não merece. Lava Jato nessa obra."
O que foi feito na Lagoa Grande está se perdendo. O espaço tem sujeira e mato crescendo, precisando de limpeza, de corte da grama.
Nesse longo tempo, foi revelado impasse criado com a empresa contratada pela Conder, que se nega a fazer o serviço que falta.
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