Por
Reinaldo Azevedo
Ainda voltarei ao tema - e vai me tomar um tempinho -, mas o fato
é que foi em São Paulo que tudo começou. Foi neste Estado, especialmente na
capital, que alguns aprendizes de feiticeiro do Planalto - entre eles, José
Eduardo Cardozo e Gilberto Carvalho - resolveram brincar de insuflar a
desordem. A ideia era botar Geraldo Alckmin na frigideira. Deram-se mal. Muito
mal. Mas este post vai cuidar de outro assunto. São Paulo decidiu ver quem sobe
e desce a rampa. E boa parte do eleitorado não quer saber de Dilma Rousseff, o
que está deixando os petistas em pânico. Segundo a mais recente pesquisa
Datafolha, 47% dos eleitores do Estado não votariam nela de jeito nenhum - a
sua taxa de rejeição no país é de 35%, a mais alta entre os presidenciáveis. O
busílis é que São Paulo, sozinho, concentra 22,4% do eleitorado. A exemplo de
Lênin, os petistas estão tentando descobrir o que fazer. E andam tendo ideias
esquisitas. Mas não serei eu a tentar convencê-los do contrário.
A situação para a presidente no Estado é dramática. No primeiro
turno, ela e Aécio têm, cada um, 25% dos votos - na Capital, ele lidera: 28% a
23%. O dramático está no segundo turno. O tucano vence a petista por 50% a 31%.
Mesmo Eduardo Campos (PSB) a bateria por 48% a 32%. É evidente que aquela
rejeição monstruosa se transforma em votos para seus opositores. E olhem que,
como vocês sabem, não há espaço nas televisões para oposicionistas, não é? Já a
presidente Dilma aparece dia sim, dia também, mas "como presidente". É uma
piada, mas é assim.
Tudo contra
E tudo conta contra Dilma, não apenas a ruindade do seu governo. A cidade de São Paulo tem hoje uma das gestões mais caóticas de sua história, com Fernando Haddad. Ele já se tornou uma caricatura. Malhá-lo é o passatempo predileto de milhões de paulistanos. Segundo o Datafolha, sua gestão é hoje aprovada por apenas 15% e reprovada por 47%. Já escrevi a respeito. É uma avaliação justíssima. Alexandre Padilha, o candidato do PT ao governo do Estado, amarga modestos 4%.
E tudo conta contra Dilma, não apenas a ruindade do seu governo. A cidade de São Paulo tem hoje uma das gestões mais caóticas de sua história, com Fernando Haddad. Ele já se tornou uma caricatura. Malhá-lo é o passatempo predileto de milhões de paulistanos. Segundo o Datafolha, sua gestão é hoje aprovada por apenas 15% e reprovada por 47%. Já escrevi a respeito. É uma avaliação justíssima. Alexandre Padilha, o candidato do PT ao governo do Estado, amarga modestos 4%.
Pois bem. Segundo informa a
Folha, os petistas decidiram injetar mais
dinheiro na campanha de Padilha - taí uma coisa que não lhes falta, não é? - e
se aproximar mais de alguns setores considerados "cativos" do PT: os movimentos
sociais e um grupo de empresários. Por que um grupo de empresários apoia o
partido? Não sei. Seria por lucro? Eles que o digam.
Movimentos sociais, é? Eis uma coisa que certamente desperta, a
cada dia, mais a paixão dos paulistas, muito especialmente dos paulistanos, não
é mesmo? Tudo o que a população desta cidade mais quer é sair de casa sem saber
a que hora chegará ao trabalho porque os comandados dos sr. Guilherme Boulos,
por exemplo, estão obstruindo alguma artéria da cidade. Tudo o que a população
desta cidade mais quer é sair do trabalho sem saber a que hora chegará em casa
porque alguns sindicalistas decidiram que é hora de parar os ônibus, os trens,
o Metrô…
Os esquerdistas não se dá conta de que existe uma óbvia fadiga.
Vai ver é por isso que Gilberto Carvalho tanto quer entregar o governo aos tais
movimentos sociais. Ele não quer mais saber de eleitores decidindo o futuro do
país…
Contra as pretensões petistas, há ainda o governador Geraldo
Alckmin, com 54% das intenções de voto - avançou sete pontos em 15 dias, com
rejeição de apenas 19%. Na baderna promovida pelo sindicato dos metroviários,
ele preferiu, por exemplo, ficar ao lado do usuário. O PT, na prática, emitiu
nota em favor dos grevistas. Uma questão de escolha.
A eleição ainda está longe, o horário eleitoral gratuito vem aí -
e Dilma tem um latifúndio. Vamos ver. Algumas fórmulas às quais o petismo
sempre apelou já não estão dando mais resultado. Até anteontem, parecia que bastava
Lula mandar, e o eleitorado obedecida. De certo modo, aconteceu isso com Dilma
e Fernando Haddad. Com os resultados conhecidos. Parece que as pessoas que
trabalham e estudam e as que estudam e trabalham estão com o saco cheio.
Fonte: "Blog
Reinaldo Azevedo"
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