Recuperação do Pilar é a mais importante obra realizada neste monumento nos últimos 40 anos
Ao chegar ao cemitério e à Igreja de Nossa Senhora da Conceição do Pilar, ambas as construções iniciadas no século 18, na base da encosta de 70 metros de altura que separa as cidades alta e baixa, em Salvador, os fiéis e visitantes não conseguiam ver parte desses edifícios tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como Patrimônio do Brasil desde 1938.
Nos últimos 20 anos, moradores das imediações jogaram tanto lixo e descartados na parte interna do cemitério, que deixaram as edificações seculares em meio a ratos, insetos e toneladas de entulho. Contudo, esse quadro está mudando, agora, graças às obras de restauração que o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac), autarquia da Secretaria de Cultura da Bahia, empreende desde o ano passado no local, orçadas em cerca de R$ 3,5 milhões.
“A quantidade de entulho foi tanta que ocasionou o desmoronamento da contenção e provocou a obstrução da área interna do cemitério e até mesmo das antigas catacumbas”, explica o diretor geral do Ipac, arquiteto Frederico Mendonça (Foto 1). Após retirar toneladas de lixo do local, o Ipac construiu contenção para a encosta e o muro que separa a ladeira do Pilar das construções tombadas, de modo a evitar que joguem mais lixo nos monumentos (Fotos 2 e 3). Para a retirada do entulho foram necessários 22 operários trabalhando por dois meses e meio. A previsão é que as obras estejam finalizadas em dezembro de 2009.
O cemitério tem 20 colunas de sete metros de altura, cada uma, compondo o prédio monumental de 17 metros de altura construído sob a influência do estilo neoclássico. O complexo da igreja e cemitério é considerado por especialistas como edificações de notável mérito arquitetônico.
“Esta é uma das raras igrejas baianas que apresenta alongamento da planta, preocupação típica de arquitetos mineiros, possivelmente inspirados na igreja de São Paulo de Braga, Portugal, do final do século 17”, explica Mendonça. Com portal e janelas em pedra de lioz talhadas em Lisboa, a igreja tem teto pintado por José Teófilo de Jesus (1837) e paredes internas com azulejos do século 18 (1750/60) de diferentes oficinas portuguesas. Dentre a imaginária, destaca-se a imagem de Santa Luzia, do século 18.
Segundo o diretor do Ipac, essa é a obra de recuperação mais importante já realizada na igreja e cemitério desde a década de 1960.
“A obra do Pilar integra o Prodetur 2 com investimento aproximado de R$ 16 milhões, via secretaria do Turismo, que recuperam, ainda, a as igrejas do Boqueirão e do Rosário dos Pretos, Casa das Sete Mortes, Palácio Rio Branco e Oratório Cruz do Pascoal”, relata Mendonça.
Ao chegar ao cemitério e à Igreja de Nossa Senhora da Conceição do Pilar, ambas as construções iniciadas no século 18, na base da encosta de 70 metros de altura que separa as cidades alta e baixa, em Salvador, os fiéis e visitantes não conseguiam ver parte desses edifícios tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como Patrimônio do Brasil desde 1938.
Nos últimos 20 anos, moradores das imediações jogaram tanto lixo e descartados na parte interna do cemitério, que deixaram as edificações seculares em meio a ratos, insetos e toneladas de entulho. Contudo, esse quadro está mudando, agora, graças às obras de restauração que o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac), autarquia da Secretaria de Cultura da Bahia, empreende desde o ano passado no local, orçadas em cerca de R$ 3,5 milhões.
“A quantidade de entulho foi tanta que ocasionou o desmoronamento da contenção e provocou a obstrução da área interna do cemitério e até mesmo das antigas catacumbas”, explica o diretor geral do Ipac, arquiteto Frederico Mendonça (Foto 1). Após retirar toneladas de lixo do local, o Ipac construiu contenção para a encosta e o muro que separa a ladeira do Pilar das construções tombadas, de modo a evitar que joguem mais lixo nos monumentos (Fotos 2 e 3). Para a retirada do entulho foram necessários 22 operários trabalhando por dois meses e meio. A previsão é que as obras estejam finalizadas em dezembro de 2009.
O cemitério tem 20 colunas de sete metros de altura, cada uma, compondo o prédio monumental de 17 metros de altura construído sob a influência do estilo neoclássico. O complexo da igreja e cemitério é considerado por especialistas como edificações de notável mérito arquitetônico.
“Esta é uma das raras igrejas baianas que apresenta alongamento da planta, preocupação típica de arquitetos mineiros, possivelmente inspirados na igreja de São Paulo de Braga, Portugal, do final do século 17”, explica Mendonça. Com portal e janelas em pedra de lioz talhadas em Lisboa, a igreja tem teto pintado por José Teófilo de Jesus (1837) e paredes internas com azulejos do século 18 (1750/60) de diferentes oficinas portuguesas. Dentre a imaginária, destaca-se a imagem de Santa Luzia, do século 18.
Segundo o diretor do Ipac, essa é a obra de recuperação mais importante já realizada na igreja e cemitério desde a década de 1960.
“A obra do Pilar integra o Prodetur 2 com investimento aproximado de R$ 16 milhões, via secretaria do Turismo, que recuperam, ainda, a as igrejas do Boqueirão e do Rosário dos Pretos, Casa das Sete Mortes, Palácio Rio Branco e Oratório Cruz do Pascoal”, relata Mendonça.
Os serviços do Ipac incluem, também, a alteração no sistema de cobertura da nave, com nova estrutura metálica, substituição de 17 grandes peças de madeira com 12 metros de extensão, que estavam deterioradas por cupins, pintura, recapagem, restauração artística, recuperação do forro da nave, elementos decorativos e dos bens móveis.
(Com informações de Geraldo Moniz, da Assessoria de Comunicação do Ipac)
(Com informações de Geraldo Moniz, da Assessoria de Comunicação do Ipac)
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