Por Ivan de Carvalho
O convite feito pelo governo brasileiro ao presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, para que venha em visita oficial ao Brasil no dia 23 de novembro, assunto do qual começamos a tratar ontem e a ele voltamos hoje, é, além de inoportuno é cúmplice e definitivamente inadequado. Ou, se quiserem usar linguagem corrente entre os teocratas iranianos, satânico.
É inoportuno porque o governo do Irã resiste aos esforços internacionais para evitar que o Irã desenvolva totalmente, em suas conhecidas instalações nucleares, a tecnologia e tenha os equipamentos para o enriquecimento de urânio, matéria prima para a produção de armas atômicas.
A comunidade internacional propõe que o Irã receba o combustível pronto e que este, bem como o plutônio – subproduto do uso do urânio enriquecido nas usinas de produção de energia nuclear – sejam submetidos a rigoroso controle internacional, através da Agência Internacional de Energia Atômica, de modo que não seja desviado um “excesso” para a produção de armas nucleares.
Esta era a queda de braço que havia até há pouco entre a comunidade internacional e o Irã. Nos últimos dias, no entanto, o cenário mudou, tornou-se ostensivamente macabro. É que foi anunciada a descoberta de uma planta nuclear subterrânea secreta no Irã. Uma planta que os especialistas declaram pequena demais para a produção de energia elétrica, mas suficiente para produzir armas nucleares.
E sabe-se que um dos objetivos nacionais do atual governo do Irã é “varrer Israel do mapa”, como já disse o nosso convidado Ahmadinejad, que tanto empenho mostra o governo brasileiro em trazê-lo aqui. Aliás, governo que, por seus porta-vozes mais abalizados, inclusive o presidente Lula, já cuidou – nos últimos dias, apesar da planta nuclear ex-secreta – de fazer a defesa da política nuclear iraniana.
O empenho em trazer ao Brasil o presidente do Irã (reeleito em pleito suspeitíssimo, com acusações de fraude e protestos que abalaram o país durante algumas semanas) é espantoso. Uma primeira visita de Ahmadinejad estava marcada para pouco antes de sua reeleição, mas ele fez umas declarações segundo as quais o Holocausto – a morte de seis milhões de judeus pelo nazismo durante a Segunda Guerra Mundial – seria nada mais que uma jogada de propaganda e produziu tão desagradável reação que, juntamente com problemas em sua campanha eleitoral, levaram-no a adiar a visita, sem explicações (públicas).
Pois agora prepara o governo brasileiro nova festa para o sinistro personagem. E o faz depois da descoberta da planta nuclear ex-secreta que só serve para fazer armas nucleares. E depois que, reeleito (de verdade ou na roubada, pois não houve investigação séria), reafirmou sua teoria de que o Holocausto foi uma invenção, provocando reações duras de vários países democráticos, destacando-se a própria Alemanha (pátria arrependida do nazismo). Sua primeira-ministra, Angela Merkel, considerou Ahmadinejad “uma desgraça para o Irã”. Para o governo brasileiro, que a respeito não deu um piu, ele deve ser um herói.
É inoportuno porque o governo do Irã resiste aos esforços internacionais para evitar que o Irã desenvolva totalmente, em suas conhecidas instalações nucleares, a tecnologia e tenha os equipamentos para o enriquecimento de urânio, matéria prima para a produção de armas atômicas.
A comunidade internacional propõe que o Irã receba o combustível pronto e que este, bem como o plutônio – subproduto do uso do urânio enriquecido nas usinas de produção de energia nuclear – sejam submetidos a rigoroso controle internacional, através da Agência Internacional de Energia Atômica, de modo que não seja desviado um “excesso” para a produção de armas nucleares.
Esta era a queda de braço que havia até há pouco entre a comunidade internacional e o Irã. Nos últimos dias, no entanto, o cenário mudou, tornou-se ostensivamente macabro. É que foi anunciada a descoberta de uma planta nuclear subterrânea secreta no Irã. Uma planta que os especialistas declaram pequena demais para a produção de energia elétrica, mas suficiente para produzir armas nucleares.
E sabe-se que um dos objetivos nacionais do atual governo do Irã é “varrer Israel do mapa”, como já disse o nosso convidado Ahmadinejad, que tanto empenho mostra o governo brasileiro em trazê-lo aqui. Aliás, governo que, por seus porta-vozes mais abalizados, inclusive o presidente Lula, já cuidou – nos últimos dias, apesar da planta nuclear ex-secreta – de fazer a defesa da política nuclear iraniana.
O empenho em trazer ao Brasil o presidente do Irã (reeleito em pleito suspeitíssimo, com acusações de fraude e protestos que abalaram o país durante algumas semanas) é espantoso. Uma primeira visita de Ahmadinejad estava marcada para pouco antes de sua reeleição, mas ele fez umas declarações segundo as quais o Holocausto – a morte de seis milhões de judeus pelo nazismo durante a Segunda Guerra Mundial – seria nada mais que uma jogada de propaganda e produziu tão desagradável reação que, juntamente com problemas em sua campanha eleitoral, levaram-no a adiar a visita, sem explicações (públicas).
Pois agora prepara o governo brasileiro nova festa para o sinistro personagem. E o faz depois da descoberta da planta nuclear ex-secreta que só serve para fazer armas nucleares. E depois que, reeleito (de verdade ou na roubada, pois não houve investigação séria), reafirmou sua teoria de que o Holocausto foi uma invenção, provocando reações duras de vários países democráticos, destacando-se a própria Alemanha (pátria arrependida do nazismo). Sua primeira-ministra, Angela Merkel, considerou Ahmadinejad “uma desgraça para o Irã”. Para o governo brasileiro, que a respeito não deu um piu, ele deve ser um herói.
Publicado no jornal "Tribuna da Bahia"
Um comentário:
Èsses petistas parecem ter um ímã prá atrair tudo de ruim, tudo o que não presta! E Ahmadinejad não é um desgraça só para o Irã, mas prá todos de bem e de paz. Acho que Lula já está abusando da boa fé de nosso povo e duvido que a maioria tenha qualquer conhecimento sôbre esta criatura.
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