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Orient CinePlace Boulevard 14 a 20

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quarta-feira, 10 de junho de 2009

"A menina de 1 bilhão de dólares"

Deu na "Veja", de Sérgio Martins:

Por que Miley Cyrus, a protagonista de Hannah Montana - O Filme, é a adolescente mais poderosa do mundo do entretenimento

Em Hannah Montana - O Filme (Hannah Montana: The Movie, Estados Unidos, 2009), em cartaz a partir desta sexta-feira no país (em Feira de Santana, nesta quinta-feira, 11, no Orient Cineplace pelo feriado de Corpus Christi), o pai da estrela adolescente do título desconfia que ela dá mais valor à fama do que à família e a carrega para sua cidade natal, no estado de Tennessee. Ali, em meio a gente trabalhadora e honesta, que só larga seus afazeres para cantar e dançar country music, ela aprende ditados valorosos como "a vida é uma escalada, mas a vista é ótima", paquera um caubói certinho e até impede a construção de um shopping center na localidade. Trata-se de uma tolice, claro - e também de um sucesso. O filme faturou 33 milhões de dólares em seu fim de semana de estreia nos Estados Unidos, muito mais do que outros "derivados" de seriados de TV da Disney (a aposta em Lizzie McGuire: O Filme e Jonas Brothers: The 3D Concert Experience decepcionou: o primeiro faturou 17,3 milhões de dólares na estreia, e o segundo ficou na casa dos 12,5 milhões). A razão desse desempenho é uma só: Miley Cyrus, que no seriado e no filme interpreta Miley Stewart, uma garota comum que à noite coloca uma peruca loira para se tornar a estrela da música pop Hannah Montana.
Miley, de 16 anos, é a adolescente mais poderosa do showbiz. Nos Estados Unidos, seu seriado é visto por 4 milhões de espectadores e rende 1 bilhão de dólares em produtos licenciados (no Brasil existem 300 bricabraques com a marca). No ano passado, ela faturou 25 milhões de dólares e ficou na 35ª posição na lista de personalidades mais influentes elaborada pela revista americana Forbes. Todo esse sucesso é movido pela faixa de público hoje mais cobiçada no mercado de entretenimento: os pré-adolescentes, como é chamada a garotada entre os 9 e 13 anos. Eles são responsáveis por fenômenos como High School Musical, pelos Jonas Brothers e, claro, por Miley Cyrus: a trilha sonora de Hannah Montana já bateu a marca de 1 milhão de cópias vendidas. Miley, porém, é um ícone à parte nesse universo, por ser capaz de atrair não apenas as meninas, como também os meninos – que a acham bonita e gostam de seu jeitinho sapeca.
Miley dispõe de outra vantagem ainda: tem uma carreira paralela, com músicas que podem cair no gosto dos adultos (sem falar em outros atributos, mostrados numa foto reveladora feita para a revista Vanity Fair no ano passado, a qual causou considerável bafafá). Efetuar essa transição é essencial na carreira dos artistas adolescentes, em geral marcada por uma sina cruel: quando crescem, perdem a graça e amargam o ostracismo. Miley tem dentro de casa o exemplo de como a fama pode ser transitória. Ela é filha de Billy Ray Cyrus, um caubói de araque que nos anos 90 emplacou um sucesso country. Ray hoje trabalha ao lado da filha em Hannah Montana – no papel, muito secundário, de pai de Miley.

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