Helen Mirren (a editora), Rachel McAdams (a blogueira) e Russell Crowe (o repórter) em "Intrigas de Estado"
Foto:Divulgação"Intrigas de Estado" (State of Play), de Kevin MacDonald (o mesmo de "O Último Rei da Escócia") só passou cinco dias em Feira de Santana, até esta terça-feira, 30, no Orient Cineplace.
Um filme que remete a “Todos os Homens do Presidente”, de Alan J. Pakula, 1976, com Robert Redford e Dustin Hoffman, que trata sobre o Watergate, o rumoroso caso político que pelo trabalho investigativo de dois jornalistas, acabou provocando a renúncia do então presidente Richard Nixon. Filme de visão obrigatória nas escolas de jornalismo.
Não foram vistos jornalistas nem estudantes de Comunicação Social assistindo ao filme sobre jornalismo. "Intrigas de Estado" coloca em primeiro plano temas como ética, preservação de fonte, furo de reportagem, conflito de interesses entre editora e repórter. Tantas questões que são vividas na prática das redações.
Também o filme faz crítica contundente ao sensacionalismo e à busca frenética do jornalismo on-line e à falta de responsabilidade de blogs. O que deve prevalecer: o método antigo ou a nova maneira de fazer jornalismo? A informação ágil em um blog ou uma reportagem elaborada de um jornal?
Russell Crowe faz Cal McAffrey, um repórter especial, que apura meticulosamente os fatos. Ele divide uma matéria com a blogueira Della Frye (Rachel McAdams), jornalista jovem e sem experiência - está posta a relação professor e discípula.
"Nunca confie em jornalista e em político, ambos são sanguessugas" é dito no filme. Detalhe precioso é a seqüência dos créditos finais, com edição do jornal ("Washington Globe") sendo impresso, as etapas de todo processo gráfico até aparecer o título de primeira página encerrando o filme.
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