Em pronunciamento na Câmara dos Deputados na terça-feira, 3, o deputado federal Sérgio Barradas Carneiro (PT) defendeu a regularização do uso da Internet em campanhas políticas e eleitorais. Citando a recente campanha vitoriosa do presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, o parlamentar feirense fez a seguinte reflexão: “Obama utilizou modernas técnicas de marketing e comunicação, com o suporte da Internet, e obteve números impressionantes”.
Os dados foram divulgados pelo site E.politics e mostram que o candidato à Presidência dos Estados Unidos conseguiu cadastrar 13 milhões de pessoas em listas de e-mail; obteve três milhões de doadores que fizeram 6,5 milhões de doações pela Internet; dessas 6,5 milhões de doações, seis milhões foram em valores de até 100 dólares; meio bilhão de dólares foram arrecadados online em 21 meses; cinco milhões de “amigos” foram registrados nos sites de relacionamento social; dois milhões de perfis no site oficial MyBarackObama.com; três milhões de doadores individuais; e 70 mil pessoas criaram suas próprias campanhas de arrecadação de fundos para Obama.
Com esses dados, Sérgio Carneiro alertou para a necessidade de que a legislação eleitoral no Brasil seja revista, já que ainda não é autorizado o uso da Internet como mecanismo oficial de comunicação e divulgação de campanhas políticas. Sérgio Carneiro lembrou comentário feito pelo jornalista Fernando Rodrigues, em seu blog, no UOL, onde o jornalista mostra como está sendo criada uma nova forma de política, chamada de "clicocracia" (uma brincadeira com o “clique” que todos produzimos no mouse dos computadores). O jornalista cita texto divulgado no jornal "Washington Post" e apresenta dados sobre a campanha do presidente norte-americano. Por exemplo, mais de sete mil mensagens padronizadas foram redigidas e enviadas por e-mail. Essas mensagens eram destinadas a grupos específicos de eleitores cadastrados, sobretudo para pedir mais doações. Quem já havia doado menos de 200 dólares, recebia um tipo de e-mail; quem havia contribuído com mais mil dólares, era alvo de outro tipo de texto. Resumo: mais de um bilhão de e-mails foram enviados pela campanha de Obama.
Outro dado citado pelo jornalista: um milhão de pessoas foram cadastradas para receber, no celular, torpedos de Obama com notícias da campanha. Nos Estados Unidos, paga-se para mandar e para receber mensagens de texto; no Brasil, só para enviar. Além disso, as comunidades criadas nos sites de relacionamento produziram mais de 200 mil eventos realizados por voluntários em todo o país durante a campanha de Obama. Foram criados 35 mil grupos de voluntários pró-Obama pelo país. Desses, cerca de um mil no dia em que o democrata anunciou sua candidatura a presidente, em 10 de fevereiro de 2007 (pela Internet). Somente nos últimos quatro dias de campanha, foram três milhões de telefonemas realizados por voluntários.
Na opinião de Sérgio Carneiro, “mesmo considerando que no Brasil o número de acessos à Internet é bem menor do que nos Estados Unidos, não se pode desprezar o poder dessa mídia, ‘a mídia do novo século’. Como bem disse Fernando Rodrigues, hoje, política, interação e Internet devem estar indissociáveis”.
Além de moderna tecnologia, o deputado federal Sérgio Carneiro lembra que o uso da Internet em campanhas políticas garante maior agilidade e eficiência no contado com os eleitores, favorece a economia de recursos financeiros nas campanhas e ajuda a preservar o ambiente. A íntegra do discurso do parlamentar está disponível no site www.sergiobc.com.br.
(Com informações de Andrews Pedra Branca, da Assessoria de Imprensa de Sérgio Carneiro)
(Com informações de Andrews Pedra Branca, da Assessoria de Imprensa de Sérgio Carneiro)
Um comentário:
O deputado vai arrumar uma boquinha para o recém demitido ex-padre Albertino aonde?
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