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terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Lembrança mesmo que tardia do aniversário do quarto aniversário de morte de Pedro Roberto

Uma das últimas fotos de Pedro Roberto, ao lado do quadro "Rapsódia em Setembro", trabalho em tinta acrílica então inacabado
Foto: Reprodução



No primeiro dia deste ano - somente agora, a lembrança -, a passagem dos quatro anos de morte do artista plástico Pedro Roberto.
Neste primeiro dia do ano, a passagem dos dois anos de morte do artista plástico Pedro Roberto.
Pedro Roberto Boaventura de Oliveira (29 de junho de 1950-1º de janeiro de 2006), nasceu em Angico, distrito de Mairi, na Bahia. Filho da professora Hilda Pereira Boaventura de Oliveira (falecida) e do comerciante Carlos Simões de Oliveira, sendo o oitavo filho do casal.
Aos dois anos de idade veio morar em Feira de Santana e, desde criança mostrou muito interesse por trabalhos manuais, desenhos e um conhecimento especial sobre cinema, na época, o grande divertimento da garotada.
Com 16 anos, incentivado pela sua mãe, foi trabalhar com o arquiteto Amélio Amorim, então, o mais renomado da cidade, onde aprendeu desenho técnico, tornando-se logo, um dos mais requisitados na área. Com a dupla de arquitetos José Monteiro Filho e Juraci Dórea continuou desenhista até o início dos anos 70, quando prestou vestibular em Salvador, cursando Artes Plásticas na Universidade Federal da Bahia (Ufba), até 1976.
Em 1973, realizou sua primeira exposição individual, no Clube de Campo Cajueiro, em Feira de Santana, denominada “Realismo Fantástico”, que obteve repercussão, tanto na parte comercial como na mídia especializada, recebendo citação em artigo da conceituada crítica Matilde Matos, no “Jornal da Bahia”.
Paralelamente, em Salvador, trabalhou com vários arquitetos, entre eles Itamar Batista, Geraldo Gordilho, Luiz Humberto Carvalho e Neilton Dórea.
Até o final dos anos 80, realizou dezenas de exposições individuais, participou de salões e coletivas, criou cartazes (duas vezes para a Micareta de Feira de Santana) e figurinos para teatro, decoração para eventos, murais, além de cenários para desfiles de moda e peças teatrais.
Aos 30 anos de idade foi morar no Rio de Janeiro e, em 1982, mudou-se para São Paulo, onde abriu o ateliê “Garagem 957” juntamente com a designer de jóias Jeanette Pires.
Em 1988, foi convidado pelo estilista Ney Galvão para mostrar seus quadros no programa “Veja o Gordo” e indicado pelo mesmo para ser cenógrafo no Sistema Brasileiro de Televisão (SBT).
Pedro Roberto trabalhou dezesseis anos na emissora, até 2004, exercendo os cargos de assistente de Cenografia, cenógrafo, chefe de Cenografia, gerente de Contra-Regra, gerente de Cenografia & Contra-regra, gerente de Cenografia & Figurino e como coordenador de Cenografia & Figurino.
Vitimado por um câncer, ele voltou para Feira de Santana em dezembro de 2004, depois de ter se submetido a uma delicada cirurgia. Nesta cidade, fez tratamento de quimioterapia e radioterapia. Realizou nesse mesmo ano a que seria sua última exposição, “Faces”, de desenhos, na Galeria de Arte Carlo Barbosa. Em setembro de 2005, com o recrudescimento da doença, ele voltou para São Paulo, onde faleceu em 1º de janeiro de 2006. Seu corpo veio para Feira de Santana, onde foi sepultado no dia seguinte, 2 de janeiro, no Cemitério Piedade.
No período em que se restabelecia em Feira de Santana, ele construiu seu loft e ateliê, que em 30 de novembro de 2006 foi aberto como Acervo Pedro Roberto, para preservar sua obra. O espaço contém seus trabalhos, livros, discos e filmes, entre outras peças.

2 comentários:

Unknown disse...

Parecido com você, Dimas.

Anônimo disse...

q saudades do meu tio querido... amigo, parceiro, alma gêmea...
Isabella Dantas de Oliveira