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sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Baianos que presidiram o Senado Federal

Período do Império (1826 – 1888):
* José Egídio Álvares de Almeida (Marquês de Santo Amaro) 1826-1827
Nascido em Santo Amaro no dia 1º de setembro de 1767, filho de José Álvares Pinto de Almeida e Antônia de Freitas. Bacharel em Direito, formado pela Universidade de Coimbra.
Recebeu os títulos de Barão de Santo Amaro (1818); Visconde de Santo Amaro (1824); Marquês de Santo Amaro (1826).
Foi um dos negociadores do tratado pelo qual Portugal reconheceu a Independência do Brasil (1825). Foi o primeiro presidente do Senado (1826).
Exerceu os cargos de ministro dos Estrangeiros, 28.10.1821 a 29.10.1822; deputado à Constituinte, 3.05.1823 a 12.11.1823; presidente da Assembléia Constituinte, 1º.09.1823 a 30.09.1823; ministro dos Estrangeiros, 21.11.1825 a 17.01.1826; presidente do Senado, 8.05.1826 a 3.05.1827; conselheiro de Estado. Ocupou vários cargos elevados na administração pública, entre eles o de conselheiro do Erário Régio.
Em 1830 participou das negociações diplomáticas na sucessão do trono português, as quais culminaram, segundo proposta inglesa, no casamento simbólico, porém nunca efetuado, de D. Miguel e sua sobrinha D. Maria II, filha de D. Pedro I.
Foi nomeado embaixador em Paris e em Londres, levando instruções secretas para o caso de grandes potências européias realizarem a intervenção nos negócios do rio da Prata, com o fim de pacificá-lo (1830).
Faleceu no Rio de Janeiro no dia 12 de agosto de 1832.
* João Maurício Wanderley (Barão de Cotejipe) 1882-1885
Nascido em Vila da Barra de São Francisco, no dia 23 de outubro de 1815, filho de João Maurício Wanderley e Francisca Antônia do Livramento. Era bacharel em Direito pela Universidade de Olinda (PE), 1837.
Quando chefe de Polícia de Salvador desbaratou, em Pernambuco, a Revolução Praieira, fazendo seguir para aquela província quase toda a força baiana, e se não teve a sua terra contagiada pela rebelião pernambucana, deve-se à sua enérgica atitude. Ainda como chefe de Polícia abriu luta e venceu grande horda de malfeitores que infestavam o interior da província e também deu cabo dos passadores de moeda falsa. Como presidente da Província da Bahia foi dinâmico e progressista, com várias providências que tomou na agricultura, na indústria, no comércio e na instrução pública. Combateu energicamente o tráfico escravo. Fundou, juntamente com Demétrio Tourinho, o "Diário da Bahia".
Exerceu os cargos de deputado provincial, 1842 a 1855; juiz municipal da Comarca de Santo Amaro, 1844; deputado à Assembléia Geral Legislativa pela Província da Bahia, 1843 a 1848; chefe de Polícia de Salvador, 1848; deputado à Assembléia Geral Legislativa pela Bahia, 1850 a 1855; presidente da Província da Bahia, 1852 a 1855; ministro da Marinha, 1855 a 1856; ministro da Fazenda, 1856 a 1857; senador pela Bahia, 1856 a 1889; ministro da Marinha, 1868 a 1870; ministro dos Estrangeiros (interinamente), 1869 a 1870; ministro da Fazenda, 1875 a 1878; ministro dos Estrangeiros, 1875 a 1877; ministro dos Estrangeiros, 1885 a 1888; presidente do Banco do Brasil, 1885 a 1888.
Faleceu no Rio de Janeiro no dia 13 de fevereiro de 1889.
Período da República Velha (1889 – 1930):
* Manoel Vitorino Pereira 1895-1898
Nascido em Salvador, no dia 30 de janeiro de 1853, filho de Vitorino José Pereira e Carolina Maria Franco Pereira. Era médico, formado em 1876, pela Faculdade de Medicina de Salvador.
Em 1894, foi eleito vice- presidente da República, tendo assumido a Presidência de novembro de 1896 a março de 1897, no impedimento de Prudente de Moraes, afastado por motivo de moléstia.
Exerceu os cargos de governador do Estado da Bahia, 1890; senador federal, 1891 a 1894; vice-presidente da República, 1894 a 1898; presidente do Senado Federal, 1895 a 1898; retirou-se da política e dedicou-se inteiramente à Medicina.
Faleceu no Rio de Janeiro no dia 9 de novembro de 1902.
Período Pós 1930 (1935 – 1964):
* Antônio Garcia de Medeiros Neto 1935-1937
Nascido em Alcobaça no dia 14 de agosto de 1887, filho de Antônio Garcia de Medeiros Júnior e Ana Angélica da Rocha Medeiros. Era bacharel em Direito, pela Universidade da Bahia, 1908.
Foi o primeiro presidente do Senado eleito diretamente pelos senadores.
Exerceu os cargos de deputado federal pela Bahia, 1933; participou da Constituinte; líder da maioria na Câmara dos Deputados, 1934; enador, 1935-1937 (perdeu o mandato com a instauração do Estado Novo em 1937). Dissolvido o Parlamento em 1937, pelo golpe que instituiu o Estado Novo, retirou-se para sua vida privada e foi cuidar de sua banca de advogado. Voltando mais tarde à política, concorrendo com Otávio Mangabeira, obteve o sufrágio máximo. Com Juraci Magalhães, então interventor federal na Bahia, organizou no Estado o antigo Partido Social Democrático. Certa vez, em um comício na Bahia, em favor da candidatura de Rui Barbosa à Presidência da República, foi Medeiros Neto ferido a bala, no pulmão direito, sendo levado moribundo para o Hospital da Assistência Pública. Daí por diante seu prestígio político aumentou consideravelmente. Foi um dos fundadores do PTB (1945).
Faleceu em Alcobaça, no dia 13 de fevereiro de 1948.
Período Pós 1930 (1965 – 1985):
* Luis Viana Filho 1979-1981
Nascido em Paris, França, tendo sido registrado no Distrito da Sé, Salvador, no dia 28 de março de 1908, filho do conselheiro Luiz Viana e Gertrudes Viana. Era bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito da Bahia, 1929.
Exerceu os cargos de deputado federal, 1935, 1945, 1949, 1958 e 1962; ministro de Estado (chefe do Gabinete Civil da Presidência da República), 1964 a 1967; ministro da Justiça, 1966; governador do Estado da Bahia,1967 a 1971; senador, nos períodos de 1975 a 1983 e 1984 a 1990.
Faleceu em São Paulo no dia 5 de junho de 1990.
Período da Nova República (1985 -2010):
* Antonio Carlos Magalhães 1997 - 1999 e 2000 - 2001
Nascido em Salvador, no dia 4 de setembro de 1927, filho do professor Francisco Peixoto de Magalhães Neto e Helena Celestina de Magalhães. É médico, formado em pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia, em 1952.
Exerceu os cargos de deputado estadual em 1954 pela União Democrática Nacional (UDN), deputado federal pela primeira vez em 1958; reeleito em 1962 e 1966, prefeito nomeado do Município de Salvador (1967/70), e governador do Estado da Bahia (1971/75). Presidente da Eletrobrás (Centrais Elétricas Brasileiras, S/A), 1975/1978. Eleito governador da Bahia pela segunda vez (1979/83), ministro de Estado das Comunicações, 1985 a 1990. Governador da Bahia pela terceira vez 1991 a 1995. Senador da República (1995/2001). Senador da República (2003/2007). De 15 a 22 de maio de 1998, assumiu interinamente a Presidência da República.
Faleceu em Salvador no dia 20 de julho de 2007.
Com a colaboração de Tiago Martins

Um comentário:

Unknown disse...

Com todos os defeitos que ACM tinha(muitos os têm), êle foi o político de maior expressão da Bahia e se ainda vivo fôsse, não creio que os petistas folgassem tanto e deixassem a Bahia no estado em que se encontra. Os petistas diziam ser êle um coronel naqueles tempos, mas hoje, o que vemos em Lula?? Nada mais que um coronel brabo, um caudilho que tenta mandar em tudo e em todos, sem respeitar sequer os seus correligionários. Faz e desfaz dos amigos e aos "inimigos", todas as mentiras, calúnias e dissimulações. ACM podia pecar por falar na cara, mas pior, é o governante dissimulado, que só trabalha por uma causa que "desconhecemos", que usa do assistencialismo prá chegar aos seus objetivos, só olhando prá seus interêsses pessoais.