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terça-feira, 6 de outubro de 2009

"Zelaya faz da embaixada o seu palácio"

Deu no jornal "Zero Hora", de odrigo Lopes:
Considerado pelo governo brasileiro um hóspede na embaixada em Tegucigalpa, o presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, ocupa três das quatro melhores salas da representação diplomática: por questões de segurança, alterna-se entre o gabinete do embaixador, a biblioteca do prédio, ambas no segundo andar, e uma sala no térreo, que já foi utilizada pelo poeta pernambucano João Cabral de Melo Neto, ex-embaixador no país. Em todas essas peças, de acesso restrito a seus assessores, há um colchão de ar tamanho casal.
Para saber onde Zelaya está, basta observar a movimentação dos seguranças. Na sala que ocupa, a hora que for, estará um homem a sua porta, de pé ou sentado, nem sempre acordado.
O presidente deposto, abrigado na embaixada desde 21 de setembro, aparece pouco, normalmente uma vez por dia, para conceder entrevistas à rede de TV Telesur, a emissora de Hugo Chávez, que tem uma equipe de três profissionais na embaixada.
É quando os demais veículos sitiados no prédio (ZH, Folha de S. Paulo e as agências de notícias AP, Reuters e AFP) aproveitam para questioná-lo, ao final. Nas demais vezes em que aparece, cruza pela casa trocando de quarto, sala, sempre com seu blackberry à mão.
Ontem, por exemplo: às 7h, deixou a sala do embaixador, sem seu tradicional chapéu de caubói, com o cabelo bem penteado e camisa para fora da calça. Sentou-se em uma das cadeiras usadas pelos jornalistas, na antessala. A maioria dos repórteres ainda estava deitada nos colchões infláveis.
Zelaya brincou que estávamos com sono. Mas logo o celular tocou, e ele seguiu dando orientações, por telefone, a seus assessores: queria emitir nota de desculpas por acusações feitas por seus seguidores de que Israel apoiara o golpe.
Nem sempre está assim, de bom humor, falante. No final da entrevista de ontem, reclamou de um repórter.
– Por que você faz cara feia quando me pergunta?
No sábado, questionou por que o fotógrafo de uma agência de notícias internacional enviara uma foto na qual ele estava cabisbaixo e com uma cadeira vazia ao lado. A imagem mostrava, segundo ele, um homem derrotado.
– Mandem fotos boas – exigiu.
O alerta sobre a foto, publicada pelo jornal La Prensa, partira de uma outra sala ocupada pelos assessores de Zelaya. Na porta, uma inscrição em espanhol: “Não entrar. Só pessoal autorizado.”
Ali, um grupo de assessores, bem arrumados e limpos, apesar do cerco militar que impede a entrada de roupas para a maioria dos seus seguidores, varre a internet diariamente à procura de notícias sobre Zelaya nos jornais mundo afora. Não raro são as vezes em que algum deles entra na sala dos jornalistas e pergunta:
– Quem é da AP? E da Reuters?
Querem rebater alguma declaração do presidente em exercício Roberto Micheletti ou exigir esclarecimentos.
Na hora do jantar, privilégios: Zelaya e a família recebem pratos especiais, que rompem o cerco à embaixada, enquanto no térreo seus seguidores dormem em pedaços de papelão e comem a sobra do almoço ou algum prato mais simples, enviado por organizações humanitárias.
A refeição é restrita ao círculo de poder do presidente: a mulher, Xiomara, Doris Garcia, ministra da Mulher, o padre Andrés Tamayo e Carlos Eduardo Reya, seu braço direito.
Zelayistas, muitos dos quais largaram trabalho e família, jamais sobem ao segundo andar. Quando isso ocorre, um superior os manda de volta ao térreo.
Durante os cinco dias em que ZH esteve na embaixada, dormindo na antessala do gabinete do embaixador, nunca teve acesso ao escritório de Zelaya. Lá, segundo o diplomata Lineu Pupo de Paula, responsável por zelar pelo patrimônio brasileiro, organizar 60 pessoas e ainda vigiar as manifestações políticas de Zelaya, há uma foto de Ruy Barbosa

Um comentário:

Unknown disse...

Quanto mais eu leio sôbre esse amigo de Lula, mais tenho a certeza de que somos todos uns bananas,mesmo. Lula não quer ficar mal com os hermanos e caba conosco, deixando que nos tratem e ao nosso patrimônio desta forma. Quem deles, vai nos respeitar depois dessas arbitrariedades? Se Lula diz que não quer Zelaya agindo como está, na embaixada, mas tudo continua, das duas uma: Ou Lula está sendo realmente mais uma vez mentiroso com os brasileiros ou já não tem moral alguma com os bolivarianos.