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quinta-feira, 18 de junho de 2009

"Ex-camelô no interior da Bahia, Batista vira o ‘Batigol’ do Glorioso"

Reportagem de Marlos Bittencourt, no site "GloboEsporte.com":
De camelô e artesão em Feira de Santana, na Bahia, José Batista Leite da Silva, o volante Batista (Foto: Reprodução), virou uma espécie de xodó dos companheiros de clube. E até ganhou apelido de goleador, contrariando sua função em campo. No Botafogo, o jogador é chamado de Batigol. Mas nada a ver com o ex-atacante argentino Gabriel Batistuta. Batista diz que o apelido surgiu durante os treinos, já que demonstra certa facilidade para marcar gols considerados bonitos por ele e pelos companheiros de clube. O volante lembra ter recebido o apelido no início deste ano, e reafirma ter este rótulo por ter marcado contra o Santos, no último sábado.
- Os colegas me puseram este apelido e aproveitei para marcar um gol na nossa primeira vitória no Campeonato Brasileiro. Espero fazer mais, mas a minha primeira função é defender - disse Batista, orgulhoso.
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O volante, nascido em Jacobina, a 300 quilômetros da capital baiana, foi criado em Feira de Santana. Ao largar a barraquinha de camelô, passou a jogar pelo Palmeiras do Nordeste, em 2000, e depois pelo Catuense. Mas foi no Botafogo que veio o reconhecimento.
- Até convidei a minha família e os meus amigos para irem para Salvador para o nosso jogo. Eles vão torcer para o Botafogo porque lá eles são Bahia. Eu também torcia para o Bahia. Não tem rubro-negro na família - afirmou o volante, referindo-se ao Vitória, maior rival do Tricolor baiano. Aos dez anos de idade, Batista chegava nas feiras para vender sandálias e artesanatos com o seu pai. Mesmo pertencendo a uma família humilde, ele diz que não precisava ajudar a sustentar os familiares. A grana que entrava no fim do dia era para comprar o que precisava.
- Ainda bem que eu não precisava sustentar o pessoal lá em casa. Eu trabalhava para comprar as minhas coisinhas, uma roupa, um brinquedo. Era uma época divertida, mas agora a minha responsabilidade aumentou. O atacante e companheiro Laio foi na onda do apelido e afirmou que o volante tem o hábito de chutar muito na direção do gol durante os treinos.
– No vestiário nós o chamamos de Batigol, mas acho que é porque ele sempre chuta muito nos treinos. Tomara que ele deixe mais um contra o Vitória.

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