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quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Médico deve responder por omissão de socorro

A morte da aposentada Raulina Fonseca, em uma ambulância, na porta da emergência do Hospital Geral Clériston Andrade, pode levar o médico que estava cumprindo plantão a responder por “omissão de socorro”. A opinião é do vereador e advogado Magno Felzemburg (DEM), que fez pronunciamento sobre o assunto, na Câmara Municipal, nesta quarta-feira, 15.
“O médico teria que atender a paciente, prestar ao menos o primeiro socorro. Se não havia vaga ou se o caso não poderia ser tratado no Clériston Andrade, recomendasse então que ela fosse encaminhada para Salvador, depois de fazer o atendimento mínimo. Mas ele nem sequer observou a senhora que estava na ambulância. Um médico, na emergência de um hospital, tem autoridade para colocar o paciente no interior da unidade mesmo que isto contrarie a vontade do diretor”, disse.
Segundo Magno Felzemburg, no Hospital Roberto Santos, em Salvador, a ordem do diretor é que todos os pacientes de urgência sejam atendidos. “E o próprio secretário de Saúde do Estado (Jorge Solla) deu esta determinação, que no caso da dona Raulina, não foi cumprida pelo médico do Hospital Clériston Andrade”, afirmou.
Quanto a justificativa do diretor do Hospital Geral, Eduardo Leite, de que o médico da cidade de Itaberaba, teria agido irresponsavelmente, por não ter feito contato prévio para saber se havia vaga, o vereador disse que o argumento não procede. “Não foi implantado um sistema de regulação no Clériston Andrade e não há essa cultura de os médicos dos municípios vizinhos ligarem para o hospital antes de enviar para cá os casos de urgência”, disse o vereador.
O vereador Etevaldo de Jesus (PRP) concordou: “se em Itaberaba não existia condição para atender adequadamente a paciente, o destino seria mesmo Feira de Santana. Acho que houve incompetência do médico que deixou de atender a paciente no Hospital Geral Clériston Andrade”.

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