Ryan Phillippe e Chris Cooper em "Quebra de Confiança", em cartaz
Divulgação
Baseado numa história real, “Quebra de Confiança”, visto no sábado, 11, no Orient Cineplace, inicia com um telejornal noticiando que em fevereiro de 2001, o agente veterano do Federal Bureau of Investigation (FBI) Robert Hanssen (com excelente interpretação de Chris Cooper), com 25 anos de serviços na agência, foi considerado culpado de traição contra a América, por vender sistematicamente informações confidenciais dos Estados Unidos à União Soviética e, posteriormente, à Rússia, e é capturado - ele cumpre prisão perpétua.
A partir daí, a ação se volta para seis meses antes, que são os seus últimos tempos de liberdade. Assim, sem surpresa nem reviravolta, mas que segura a atenção do público até o final, com suspense e tensão.Tudo pela trama bem desenvolvida e inteligente, sob a direção de Bill Ray.
“Quebra de Confiança” mostra como uma investigação afeta a vida privada de quem está envolvido. O agente novato e ambicioso Eric O’Neill (Ryan Phillippe), saindo de missões de vigilância, foi peça importante para a captura do considerado maior espião da história dos Estados Unidos - afetado pelo caso, logo depois ele saiu do FBI.
Interessante que o filme mostra o agente como um pai de família devotado, católico praticante, que freqüenta sempre a missa em latim e que passeia aos domingos com os filhos no parque. Que junto com a esposa dá conselhos sobre religião e família. Quem acredita que um homem assim seja um traidor da pátria? Também ninguém desconfiava que ele faz vídeos pornográficos de sua mulher sem que ela tenha conhecimento. Ele não segue à risca os ensinamentos cristãos que prega.
Mais do que um filme de suspense é um drama psicológico. O personagem de Hanssen é cheio de nuances, pois de personalidade contraditória. Um filme de espionagem, mas sem o glamour de filmes do agente James Bond, por exemplo.
Outro detalhe interessante do filme é a marcação do tempo cronológico. Em uma cena, a troca de quadros em uma parede, mostrando a transição de Bill Clinton para George W. Bush, e dando o viés político.
Interessante que o filme mostra o agente como um pai de família devotado, católico praticante, que freqüenta sempre a missa em latim e que passeia aos domingos com os filhos no parque. Que junto com a esposa dá conselhos sobre religião e família. Quem acredita que um homem assim seja um traidor da pátria? Também ninguém desconfiava que ele faz vídeos pornográficos de sua mulher sem que ela tenha conhecimento. Ele não segue à risca os ensinamentos cristãos que prega.
Mais do que um filme de suspense é um drama psicológico. O personagem de Hanssen é cheio de nuances, pois de personalidade contraditória. Um filme de espionagem, mas sem o glamour de filmes do agente James Bond, por exemplo.
Outro detalhe interessante do filme é a marcação do tempo cronológico. Em uma cena, a troca de quadros em uma parede, mostrando a transição de Bill Clinton para George W. Bush, e dando o viés político.
“Quebra de Confiança” é um filme que estará entre os melhores do ano, com certeza.
Um comentário:
Muito bom comentário sobre um grande filme, "Quebra de Confiança". A colocação sobre a religiosidade do personagem é correta. Como um homem como esse é um traidor da pátria? O catoliscismo fervoroso era apenas uma capa.
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