Opção de transferência bancária para a Pessoa Física: Dimas Boaventura de Oliveira, Banco do Brasil, agência 4622-1, conta corrente 50.848-9

Clique na imagem

*

*
Clique na logo para ouvir

Lançamento nacional - Orient CinePlace Boulevard

Lançamento nacional - Orient CinePlace Boulevard
15 - 18 - 21 (Dublado)

segunda-feira, 16 de março de 2015

"O 15 DE MARÇO 2 - A entrevista de um descontrolado e de um deprimido. E tome novo panelaço Brasil afora! PT nunca esteve tão perdido"

Por Reinaldo Azevedo
Vejam esta foto, que me foi enviada por um amigo. Desconheço o autor. Se quiser se identificar, é só mandar uma mensagem para o blog.


Não poderia haver retrato maior da perdição em que se meteu o petismo. Desde que o partido foi criado, nunca o vi cometer tantos erros em série. Com essa tropa de trapalhões, Dilma está lascada. Mas como ignorar que é ela a chefe? Como vocês veem acima, um grupo de negros - tudo indica se tratar de uma família - faz troça da máxima veiculada nas redes sociais pelo PT e por seus asseclas no subjornalismo: só a elite branca teria disposição para ir às ruas. Bem, como eles são obviamente negros e como estão protestando contra Dilma, então passam a ser, segundo critérios petistas, elite branca.
O PT e o governo demonstraram, mais uma vez, na noite de ontem, que não estão entendendo nada. Isso, sim, é perigoso, não a população pacífica nas ruas. Mal os protestos haviam terminado, os ministros José Eduardo Cardozo, da Justiça, e Miguel Rossetto, da Secretaria-Geral da Presidência, concederam uma entrevista coletiva. Não foi veiculada em rede nacional. Mesmo assim, ouviu-se um várias cidades do país uma panelaço semelhante àquele do dia 8 de março, quando Dilma foi a TV sob o pretexto de homenagear as mulheres.
Com ar deprimido, visivelmente perdido, Cardozo anunciou que o governo pensa num pacote de medidas contra a corrupção. Dilma prometeu o mesmo em 2013. Mas não ficou por aí: apontou a reforma política como a cura dos males. Segundo os ministros, é preciso acabar com a doação de empresas privadas a campanhas políticas - talvez a ideia mais estúpida e malandra do petismo.
O tom de Cardozo em relação às manifestações mudou. Segundo disse, não viu golpismo, não. Aí foi a vez de Miguel Rossetto barbarizar. Para o ministro, "os protestos ocorridos hoje são de setores críticos ao governo, e seguramente essa participação parece ser de eleitores que não votaram na presidente Dilma". É a tese cretina do terceiro turno. Rossetto, que certamente não estava nas ruas, chamou de golpista, sim, a defesa do impeachment de Dilma. Membro de uma corrente de esquerda do PT chamada "Democracia Socialista", o ministro certamente nunca viu o povo de verdade, sem o pedigree ideológico da sua turma.
Dia desses, Renan Calheiros disse que o governo tinha envelhecido precocemente. Pode ser. Mas velho mesmo, de verdade, é o PT. Nas ruas, havia pobres, ricos, gente de classe média. Lá estavam negros, brancos, mestiços. Protestavam mulheres e homens, homo e heterossexuais, adultos, jovens e muitas crianças acompanhando os país. O repúdio ao governo petista os unia a todos.
A entrevista, que deveria servir como uma bandeira branca, uma tentativa de aproximação, teve efeito contrário: panelaço, buzinaço, gritos de “Foraaa!”. Ou por outra: Dilma ajudou a convocar a manifestação deste domingo com o seu desastrado pronunciamento do dia 8. Os dois ministros praticamente marcaram um novo protesto.
Pior: a tese da reforma que os dois abraçaram na entrevista não conta com o apoio do PMDB, seu maior aliado. Eu me pergunto que espírito soprou aos ouvidos de Dilma e de seus homens fortes que a entrevista coletiva era uma boa ideia. O bom senso estaria a indicar que o governo deveria, no máximo, ter lido uma nota curta, parabenizando os brasileiros pela manifestação ordeira e pacífica, reiterando que está empenhado em combater a corrupção e reconhecendo que existem motivos para descontentamento. E pronto.
Seria um sinal de humildade no dia em que dois milhões tomaram as ruas, segundo dados das Polícias Militares. Mas não! O que se viu foi um atestado de prepotência e de hostilidade com os manifestantes - refiro-me a Rossetto nesse particular. Pior: o governo, que também é do PMDB, oferece como resposta uma saída que não conta - e ainda bem que não! - com o apoio do… PMDB!
A Folha informa que Dilma desabafou com um assessor: "Eu não contribuí para isso tudo e levo a culpa". Pois é… Digamos que assim fosse. Quem, então, contribuiu, presidente? De quem é a culpa?
Está tudo errado! Mas é evidente que a presidente não tem motivos para seguir os meus conselhos, não é mesmo? Para piorar, a rede petralha, incluindo os blogs sujos, faz uma pregação abjeta e odienta na Internet, como se isso fosse resolver alguma coisa. Piora tudo.
O PT não entendeu nada. Perdeu o discurso. Perdeu as ruas. Perdeu a hegemonia nas redes sociais. Perdeu o rumo. Isso, sim, é um tanto perigoso. Nessas condições, tende a fazer ainda mais bobagens. A entrevista da dupla serviu para piorar um pouco mais a relação do governo com a população e com o PMDB. É obra de gênios. Não é fácil fazer as duas coisas ao mesmo.
Fonte: "Blog Reinaldo Azevedo"

Nenhum comentário: