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terça-feira, 17 de março de 2015

Deputado petista se irrita com questão sobre bilhetes de políticos para conseguir vaga nas escolas

Há uma semana, na terça-feira, 10, o Blog Demais postou a nota 
Chuva de bilhetes de políticos petistas nas escolas
, que contava sobre escolas da rede estadual de ensino, onde "chuva de bilhetes de políticos petistas dando como certa aos diretores as matrículas de alunos. Pais e alunos chegam nas escolas e estão brigando com os diretores pelas vagas que não existem tecnicamente".
Mais: "Para os políticos, o sorteio eletrônico não vale nada? Diretores estão com a mão na cabeça, pois não têm como atender à demanda abonada pelos políticos, inclusive pelas instalações precárias das escolas.
Os políticos petistas deviam se preocupar com a falta de professores nas salas de aula, com a falta de manutenção das escolas que precisam ao menos de uma pintura, da merenda escolar que não chega".
Sobre a mesma questão, no programa "Subaé Notícias", na Rádio Subaé, no sábado, 14, entrevista com o deputado estadual José Neto (PT).
O âncora Renato Ribeiro colocou que "fui procurado por alguns diretores de escolas estaduais aqui de Feira de Santana, eles reclamaram de várias situações, entre elas a questão da merenda escolar, que não tem o recurso, que muitos deles estão tendo que colocar a mão no bolso para poder garantir a merenda escolar. Os  recursos são escassos, dependendo da escola e do bairro, às vezes não tem nem condição de poder manter essa merenda escolar. Estão tendo dificuldades com os repasses dos recursos de merenda escolar. Outra situação também, são os vários pedidos que vêm de fora, inclusive da Direc, é a informação que estou recebendo, por exemplo, já tem as vagas nos colégios estaduais aí chegam os pedidos, às vezes de políticos. Não tem mais lugar para colocar o aluno e chega lá pedidos para colocar os alunos nas escolas estaduais. O senhor tem conhecimento desse fato? Vários diretores me procuraram para falar sobre esse assunto."
José Neto, irritado com a pergunta, respondeu: "Venha me dizer quem são esses políticos, por que eu não faço. As pessoas me procuram atrás de vagas eu falo para chegarem na Direc e ver qual é a disponibilidade física e legal. Se não atender, aí diz assim: 'é deputado e as pessoas estão precisando estudar, ele sequer encaminha para a gente discutir com alguém porque ninguém atende'. É assim que falam. Todas as pessoas que me procuram eu não resolvo, não tenho que estar resolvendo isso, encaminho para a Direc e digo que lá tem um setor que atende, vejam a possibilidade.  Para mim há muito tempo acabou essa história do bilhete e da autorização política, agora essa pessoa tem que me dizer quem é o político que manda, porque aí eu vou atrás, perguntar o que está acontecendo na Direc, me diga depois. Por exemplo, saúde muita gente me procura e a gente tenta pelo menos encaminhar a reclamação, não está errado. Eu nunca perguntei onde mora, em quem vota, se tem título, não quero nem saber. Reclamou eu ligo para Pitangueira (diretor do Hospital Geral Clériston Andrade) e pergunto o que está acontecendo no hospital. Não pode fazer clientela disso, nem politicagem.”
O radialista Framário Mendes considerou: "Isso não é clientelismo, é feito em prol da comunidade." 
José Neto voltou a falar: "Não pode fazer clientela, nem toma lá, da cá, como muitos fazem." 

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