Por Reinaldo Azevedo
Jaques Wagner, ministro da Defesa, foi escolhido
pelo governo para o "senta que o leão é manso". Considerado - por quem? - um bom articulador, ele agora se encarrega de chamar atenção para as
turbulências que vêm por aí. Sim, vêm mesmo!
A menos que Dilma esteja pensando em botar os
tanques na rua - e eu acho que, se convocados, eles fariam ouvidos moucos -, o
que Jaques Wagner tem a ver com a crise? O articulador político do governo não
é Aloizio Mercadante?
Quer dizer: Wagner tem, sim, a ver com a crise.
Ricardo Pessoa, o empresário com o qual o Ministério Público não fez acordo de
delação premiada, diz ter contribuído de maneira, digamos, informal para suas
duas campanhas, vitoriosas, para o governo da Bahia: 2006 e 2010. Afirma ainda que
atuou também em 2014 para eleger o igualmente petista Rui Costa, sucessor de
Wagner.
Não só isso. José Sérgio Gabrielli, o presidente da
Petrobras no período em que a empresa foi destruída, é da turma de Wagner.
Tanto é assim que, quando foi demitido por Dilma, o então governador da Bahia o
abrigou com um cargo de relevo: secretário do Planejamento. O objetivo inicial
era fazê-lo candidato.
Se Wagner é o bombeiro de que Dilma dispõe, melhor,
então, chamar o incendiário.
Fonte: "Blog Reinaldo
Azevedo"
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