Por Augusto Nunes
A
manifestação de protesto promovida em São Paulo será comentada num post de bom
tamanho. Antecipei a divulgação do vídeo de 7min37 para que todos os leitores
vejam o que vi - e que não foi visto nos jornais que sofrem de miopia seletiva.
Nas edições de domingo, textos e fotos reduziram o volume da multidão de
indignados e, claro, ampliaram as dimensões da minoria de cretinos fundamentais
que reivindicam uma "intervenção militar".
O vídeo desmoraliza
as duas espertezas. Só não enxergaram muito mais que 10 mil manifestantes - o
que já seria de bom tamanho - repórteres que contam gente com a mesma precisão
exibida por Guido Mantega quando calcula o pibinho do trimestre ou a inflação
mensal. E tanto as inscrições nas faixas ou cartazes quanto o conteúdo das
palavras de ordem escancaram a ampla hegemonia dos democratas.
A segunda mobilização
antipetista em 15 dias confirma que São Paulo compreendeu que é preciso deter o
avanço da seita fora-da-lei. Surrada nas urnas do mais desenvolvido dos
Estados, a companheirada começou a acumular derrotas também nas ruas.
Sanduíches de mortadela e tubaína ajudam, mas não fazem milagre. Mesmo
reforçado com duplas sertanejas, o kit-comício será incapaz de evitar a agonia
do bando em território paulista.
A anemia eleitoral
manifestou-se em todas as regiões onde as urnas são menos vulneráveis ao Bolsa
Família, o maior programa oficial de compra de votos do mundo. O Brasil
que pensa e vê as coisas como as coisas vai entendendo que o PT e seus
comparsas foram longe demais com a revogação da fronteira que separa coisas da
política e casos de polícia.
Lula e Dilma, aqueles
que fingem não saber de nada porque sempre souberam de tudo, provavelmente não
sabem disso. Logo saberão.
Fonte: "Direto ao Ponto"
Nenhum comentário:
Postar um comentário