Por Augusto Nunes
Em
novembro de 2011, ilustrado por um mapa do Brasil com informações sobre o
horário, o local e o acesso aos organizadores das passeatas programadas para 40
cidades, um post assinado pela jornalista Fernanda Costa chamou a atenção dos
leitores para os atos de protesto que ocorreriam no feriado de 15 de novembro
de 2011. Passados três anos, o texto e o mapa voltaram a circular na Internet,
mas associados às manifestações de rua convocadas para o próximo sábado, dia
15.
Nada a ver. Ao abismo escavado pelo tempo se
somam as diferenças entre os dois movimentos. Os envolvidos nos protestos de
2011 nunca souberam direito quem eram e o que queriam. Como voltaria a
acontecer em junho de 2013, os manifestantes sucumbiram à crise de identidade,
à inexistência de objetivos claramente definidos, à falta de palavras-de-ordem
que evitassem a dispersão. Dessas carências não padecem os indignados de 2014
que mostraram sua cara na avenida Paulista no primeiro dia deste novembro.
Esses sabem perfeitamente quem são e o que querem, como se verá em outro post.
Antecipo o esclarecimento para desfazer
equívocos e, sobretudo, para colocar a coluna à disposição dos organizadores ou
participantes das manifestações marcadas para 15 de novembro. Sejam bem-vindos
às ruas os incontáveis inconformados, saúdam os integrantes da resistência
democrática. O Brasil decente enfim se dispôs a travar a luta sem tréguas
contra a seita lulopetista - no terreno e com as armas que os celebrantes de
missas negras escolherem.
A desfaçatez dos incapazes capazes de tudo
foi longe demais. Como constatou o jornalista Cláudio Tognolli, "não se pode
escrever CORRUPTO sem PT". Os gatunos a serviço do governo estão por toda
parte, financiando com roubos bilionários a conspiração do bando liberticida
contra o Estado Democrático de Direito. Os farsantes no poder acham que os fins
justificam os meios, e ainda se julgam condenados à perpétua impunidade. Logo
entenderão que o sossego dos cínicos acabou.
Mais de 51 milhões de eleitores advertiram em
26 de outubro que o Código Penal vale para todos. Sem exceções, avisaram os
participantes do ato de protesto na avenida Paulista. A oposição está na ofensiva.
O PT não mete medo em mais ninguém. Em todo o país, multidões continuarão a
exigir o esclarecimento de todos os escândalos à espera de apuração, aí
incluído o protagonizado pelo casal Lula e Rose. Pelas dimensões da ladroagem e
pelos personagens envolvidos, o Petrolão é o primeiro da fila.
Milhões de indignados exigem que a devassa
nas catacumbas da Petrobras prossiga sem hesitações e sem manobras
protelatórias. As descobertas dos condutores das investigações vão confirmando
que o padrinho e a afilhada sabiam de tudo. Comprovada a culpa no cartório, a
Justiça que trate de cumprir seu dever. Todos são iguais perante a lei. Lula e
Dilma não são mais iguais que os outros.
Fonte: "Direto ao
Ponto"
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