Há 66 anos, no dia 15 de maio
de 1948, nascia o Estado de Israel, cumprindo a profecia feita por Isaias, mais
de 2.600 anos antes:
"Quem já ouviu falar de uma coisa assim? Quem já viu isso acontecer? Pois será que um país pode nascer num dia só? Uma nação aparece assim num instante? Mas foi isto mesmo que aconteceu com Sião: assim que sentiu dores de parto, ela deu à luz os seus filhos" - Isaías 66: 8
Na história de Israel, um brasileiro tem um papel de destaque. Trata-se do diplomata Osvaldo Aranha (1894-1960). Ele foi uma peça importantíssima na criação do atual Estado de Israel.
Osvaldo Aranha foi reconhecido pelo povo judeu como um dos articuladores para criação do Estado de Israel. Em sua homenagem há uma rua em Tel Aviv, capital financeira de Israel, que leva o seu nome.
Na recente viagem a Israel, a constatação da alegria dos judeus com a presença de brasileiros. Eles reconhecem o papel importante de Osvaldo Aranha. Como reconhecem que na atualidade a situação é diferente - o governo é aliado de quem quer ver Israel fora do mapa.
No ano de 63 a C. Israel foi conquistado pelo Império Romano e a convivência com Roma foi marcada por diversas revoltas. Na última delas em 132, eles foram expulsos de sua terra, que passou a ser denominada de Síria Palestina, com o objetivo de apagar o passado judaico da região. Por causa disso a presença dos judeus em sua própria terra foi diminuindo gradativamente.
Posteriormente a região pertenceu ao Império Bizantino, Turco Otomano, até que após a Primeira Guerra passou para o domínio Britânico.
Após a Segunda Guerra, havia uma comoção muito grande para que os judeus tivessem uma pátria, em virtude do Holocausto. Alguns lugares foram sugeridos para a criação de um Estado judeu, inclusive na África. Porém os judeus achavam que só se sentiriam seguros se sua pátria fosse no seu lugar de origem.
O governo britânico se declarando incapaz de resolver a questão, deixou a cargo da recém criada Organização das Nações Unidas (ONU) decidir o que seria feito.
Nesse ponto começa a participação brasileira na criação do Estado de Israel.
Em 1947 o presidente Eurico Gaspar Dutra nomeia Osvaldo Aranha como chefe da Delegação Brasileira junto a ONU. Ele acaba sendo nomeado presidente da Assembléia Geral da ONU.
Após longas discussões foram apresentadas duas propostas: A primeira era a partilha da Palestina, criando um estado judeu e outro árabe. A segunda, proposta pelos países árabes, era da independência imediata da Palestina, uma vez que 70% da população era formada por árabes.
Em 25 de novembro houve uma votação a favor da partilha da Palestina e a liberação da migração de judeus para a região. O resultado dessa votação seria recomendado para a Assembléia Geral. Não era necessário dois terços para sua aprovação. O resultado foi de 25 votos a favor, 13 contra e 17 abstenções.
Apesar do resultado favorável à partilha, a votação na Assembléia Geral iria acontecer no dia seguinte, e para ser aprovada eram necessários dois terços dos votos, o que claramente não iria acontecer.
A votação deveria acontecer no dia seguinte e os sionistas (movimento que apóia a existência de um Estado Judeu) fizeram uma manobra que mudaria completamente o rumo da história.
Então, Osvaldo Aranha tomou uma atitude fundamental para a criação do Estado Judeu. Ele suspendeu a Assembléia, alegando que não haveria mais tempo para a votação, mesmo após os delegados árabes retirarem seus nomes da lista de oradores.
No dia seguinte era feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos e não houve sessão. No outro dia o representante francês solicitou mais 24 horas de adiamento, que foi aceito pelo brasileiro. Todo esse tempo foi crucial para que os sionistas conseguissem os votos necessários.
Osvaldo Aranha abre a sessão e após alguns discursos começa a votação. Os países foram chamados por ordem alfabética e os votos iam se alternando entre sim e não. Mas a vitória sionista já estava evidente. No final Aranha declara: 33 votos a favor, 13 contra, 10 abstenções e uma ausência.
Em todos lugares do mundo, judeus se abraçavam comemorando esse fato histórico. Após quase 2.000 anos depois de eles terem sido expulsos pelos romanos, enfim eles poderiam voltar para sua terra.
"Quem já ouviu falar de uma coisa assim? Quem já viu isso acontecer? Pois será que um país pode nascer num dia só? Uma nação aparece assim num instante? Mas foi isto mesmo que aconteceu com Sião: assim que sentiu dores de parto, ela deu à luz os seus filhos" - Isaías 66: 8
Na história de Israel, um brasileiro tem um papel de destaque. Trata-se do diplomata Osvaldo Aranha (1894-1960). Ele foi uma peça importantíssima na criação do atual Estado de Israel.
Osvaldo Aranha foi reconhecido pelo povo judeu como um dos articuladores para criação do Estado de Israel. Em sua homenagem há uma rua em Tel Aviv, capital financeira de Israel, que leva o seu nome.
Na recente viagem a Israel, a constatação da alegria dos judeus com a presença de brasileiros. Eles reconhecem o papel importante de Osvaldo Aranha. Como reconhecem que na atualidade a situação é diferente - o governo é aliado de quem quer ver Israel fora do mapa.
No ano de 63 a C. Israel foi conquistado pelo Império Romano e a convivência com Roma foi marcada por diversas revoltas. Na última delas em 132, eles foram expulsos de sua terra, que passou a ser denominada de Síria Palestina, com o objetivo de apagar o passado judaico da região. Por causa disso a presença dos judeus em sua própria terra foi diminuindo gradativamente.
Posteriormente a região pertenceu ao Império Bizantino, Turco Otomano, até que após a Primeira Guerra passou para o domínio Britânico.
Após a Segunda Guerra, havia uma comoção muito grande para que os judeus tivessem uma pátria, em virtude do Holocausto. Alguns lugares foram sugeridos para a criação de um Estado judeu, inclusive na África. Porém os judeus achavam que só se sentiriam seguros se sua pátria fosse no seu lugar de origem.
O governo britânico se declarando incapaz de resolver a questão, deixou a cargo da recém criada Organização das Nações Unidas (ONU) decidir o que seria feito.
Nesse ponto começa a participação brasileira na criação do Estado de Israel.
Em 1947 o presidente Eurico Gaspar Dutra nomeia Osvaldo Aranha como chefe da Delegação Brasileira junto a ONU. Ele acaba sendo nomeado presidente da Assembléia Geral da ONU.
Após longas discussões foram apresentadas duas propostas: A primeira era a partilha da Palestina, criando um estado judeu e outro árabe. A segunda, proposta pelos países árabes, era da independência imediata da Palestina, uma vez que 70% da população era formada por árabes.
Em 25 de novembro houve uma votação a favor da partilha da Palestina e a liberação da migração de judeus para a região. O resultado dessa votação seria recomendado para a Assembléia Geral. Não era necessário dois terços para sua aprovação. O resultado foi de 25 votos a favor, 13 contra e 17 abstenções.
Apesar do resultado favorável à partilha, a votação na Assembléia Geral iria acontecer no dia seguinte, e para ser aprovada eram necessários dois terços dos votos, o que claramente não iria acontecer.
A votação deveria acontecer no dia seguinte e os sionistas (movimento que apóia a existência de um Estado Judeu) fizeram uma manobra que mudaria completamente o rumo da história.
Então, Osvaldo Aranha tomou uma atitude fundamental para a criação do Estado Judeu. Ele suspendeu a Assembléia, alegando que não haveria mais tempo para a votação, mesmo após os delegados árabes retirarem seus nomes da lista de oradores.
No dia seguinte era feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos e não houve sessão. No outro dia o representante francês solicitou mais 24 horas de adiamento, que foi aceito pelo brasileiro. Todo esse tempo foi crucial para que os sionistas conseguissem os votos necessários.
Osvaldo Aranha abre a sessão e após alguns discursos começa a votação. Os países foram chamados por ordem alfabética e os votos iam se alternando entre sim e não. Mas a vitória sionista já estava evidente. No final Aranha declara: 33 votos a favor, 13 contra, 10 abstenções e uma ausência.
Em todos lugares do mundo, judeus se abraçavam comemorando esse fato histórico. Após quase 2.000 anos depois de eles terem sido expulsos pelos romanos, enfim eles poderiam voltar para sua terra.
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