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No Domingo de Páscoa

No Domingo de Páscoa

quinta-feira, 29 de maio de 2014

"Ney Matogrosso, Romário, Roger… todos detonam o PT, enquanto Aécio conjuga o verbo “amalgamar”…"


Por Felipe Moura Brasil
[Vamos fazer uma breve comparação entre o discurso dos detonadores recentes do PT e as novas falas do candidato Aécio Neves e do governador Geraldo Alckmin, do PSDB:
Ney Matogrosso:
"No PT é muito mais visível a corrupção."
"O governo brasileiro está gastando bilhões de reais para fazer esses estádios de futebol… Nos hospitais públicos, as pessoas estão sendo jogadas no chão, em cima de um paninho. São imagens que você vê na televisão, diariamente… Hoje em dia a saúde pública no Brasil é uma vergonha!"
"A educação no país é vergonhosa! Tem aí um levantamento que se faz da educação no mundo, o Brasil é lá cento e cinquenta e não sei quanto [no ranking]."
"Nós somos o país que mais paga imposto NO MUNDO! Para onde vai o dinheiro desses impostos? Nós não temos nada! Esse dinheiro não reverte em nada!"
"O transporte público é HORROROSO!"
"Então, como é que o povo pode estar satisfeito com isso [só] porque tudo é Padrão Fifa? Então que seja Padrão Fifa para o povo brasileiro, não para a Fifa!"
"Já que tinha tanto dinheiro disponível, por que não resolver os problemas do nosso país? De transporte, de educação, de saúde…"
"A presidente Dilma agora, claro, a eleição está chegando, ela disse que vai dar 10 reais a mais do Bolsa-Família…"
"Eu sou crítico. Tem que ser. Eu não posso estar satisfeito com aquilo que eu vejo. Eu adoraria viver num país civilizado, com direitos respeitados."
"Infelizmente, [este] é o Brasil que eu posso falar. Eu adoraria estar aqui dizendo que tudo está maravilhoso, que o povo está feliz, bem tratado, bonito e viçoso. Mas não é."
Romário:
"Eu, ao contrário deles, jogo limpo."
"Visitei todas as cidades-sede da Copa e todas as críticas que faço são com propriedade. Este país gastou MAIS do que deveria e realizou MENOS do que era obrigação."
"Não souberam planejar, superfaturaram obras, não entregaram as que prometeram, principalmente as de mobilidade, e agora, o governo do PT, que superestimou o evento, está colhendo os frutos que plantou com a revolta da população."
"O inimigo que este PT deveria atacar é a corrupção. Alguém?"
"Não vão me calar! #MimimiPetista"
Roger:
"Hoje fui atacado no Twitter pela militância virtual do PT, os chamados MAVs."
"Gente paga para militar. Gente que, na impossibilidade ou incapacidade de defender suas ideias, ataca a pessoa. Gente baixa, gente escrota…"
"Quem está me pagando é o povo, do qual eu faço parte, através de um órgão do governo que, repito e enfatizo, não pertence a um partido político, ao contrário do que querem acreditar esses canalhas que me perseguem por eu exercer meu direito de pensar e me expressar livremente."
"E eu estou com o saco cheio dessa violência indiscriminada, dessa luta de classes cruel e ignorante que vem sendo incentivada de uns tempos pra cá."
Muito bem. Agora vejamos:
Geraldo Alckmin:
"Os nossos adversários, o PT, estão fazendo a política do medo, a antítese da política, porque política é esperança (…). É tempo de ética, honradez… É tempo de Aécio Neves."
Quer dizer: de um lado, há o partido governante dizendo que todo mundo vai voltar a ser pobre se o PSDB assumir o poder; do outro, tem o governador de São Paulo dizendo que isto é a "antítese da política".
Uau. "Ui, ui, ui!" Que resposta contundente, não é mesmo? Só faltou explicar ao povo o que é antítese. Só faltou escrever um manual de regras para a campanha eleitoral. A reação do PSDB aos ataques petistas soam como a da vítima que, no momento do estupro, diz ao estuprador que a etiqueta manda ele não segurar assim seus cabelos.
Essa dita oposição (ô posiçãozinha!) ainda quer se vender como "ética" e cheia de "honradez" sem demonstrar aos brasileiros que os adversários são corruptos, cínicos, canalhas, ladrões em doses nunca antes vistas "nêsti paíf".
Desse jeito - fraca para desmascarar, fraca para ridicularizar -, só vai conseguir esclarecer mais uma vez o quanto é frouxa.
Aécio Neves:
"Vocês imaginam esses partidos que hoje estão ao lado do PT quando o PT perder a eleição? Ao lado para defender ideias? Não! O que tem para amalgamá-los é o poder."
Outro dia, como comentei aqui, Aécio falou que o PT vive seus "estertores". Agora fala que o poder é o que "amalgama" os partidos aliados. Em ano de eleição no Brasil, isto sim é a "antítese da política". Quando é que o candidato e seus partidários vão aprender a se comunicar de maneira clara, direta e objetiva com os eleitores brasileiros? Ninguém precisa de um amplo vocabulário para mostrar qualquer tipo de superioridade em relação à Dilma.
Mas eu amalgamo, tu amalgamas e Aécio não só amalgama, como ousa dizer que o PT dá "quase um salvo conduto" a quem pratica desvios. Como assim "quase", senador? E por que não "licença para roubar" ou qualquer coisa mais digerível pelo povo, sabendo-se que depois Lula ainda diz que o crime sequer existiu?
Assim fica difícil, a menos que os desastres petistas derrotem o partido por si mesmos.
Mitt Romney, mesmo com o fracasso das políticas econômicas de Barack Obama a seu favor, perdeu as eleições americanas tratando o presidente como um amante da Constituição, com quem tinha apenas algumas divergências interpretativas, enquanto era tratado pelo Partido Democrata como alguém que odiava mulheres, queria a morte dos velhinhos e era o pior sujeito desde Mussolini. Aécio segue firme no mesmo caminho.
Além de descomplicar o discurso com Patrícia Secco, o candidato do PSDB precisa de umas aulinhas de firmeza e objetividade com Ney Matogrosso, Romário e Roger.
Felipe Moura Brasil - http://www.veja.com/felipemourabrasil


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