Frustração e revolta foram os sentimentos dos servidores públicos
estaduais que estiveram no Feirão da Caixa com o objetivo de realizar o sonho
da casa própria, no final de semana. "O governo Jaques Wagner suspendeu
o benefício que o servidor ativo tinha, desde 1997, de comprar o primeiro
imóvel, pagando metade do valor da parcela do financiamento da Caixa", lamentou
um funcionário público que preferiu não se identificar com medo de represálias.
Segundo ele, a outra metade era paga pelo governo e restituída pelo servidor,
depois da quitação do empréstimo bancário, sem juros. "E agora, Wagner, como é
que eu fico?", indagou.
A medida governamental tomada às vésperas do Feirão da Caixa, na semana
passada, surpreendeu até corretores. "O benefício favorecia bastante os
servidores públicos estaduais ativos. Muita gente esteve no Centro de Convenções,
no Feirão, querendo fazer uso dele, mas se frustrou, porque nem o estande da
Conder, órgão do governo responsável, estava lá para orientar o pessoal", disse
um dos corretores, chateado pelas vendas que deixou de fazer no evento.
"Nos dois feirões feitos por uma construtora exclusivamente para
funcionários públicos no ano passado foram vendidos muitos imóveis pelas
condições desse benefício, que só os servidores públicos estaduais na ativa
tinham", observou o corretor.
O presidente estadual do Democratas, José Carlos Aleluia, destacou que a
iniciativa do programa que concede o benefício para facilitar a aquisição da
casa própria ao servidor público na ativa foi de Paulo Souto, quando governador
em 1997. "A suspensão desse importante benefício é mais uma prova do descaso de
Wagner com o funcionalismo público, já bastante evidente no tratamento dado a
professores e policiais, sendo ainda reflexo da falência das finanças públicas
durante a fracassada gestão petista".
(Com informações da Assessoria de Comunicação do
Democratas Bahia)
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