Rejeição do público a filme de temática gay

A exibição do filme "Praia do Futuro", lançado em em circuito nacional, na quinta-feira, 15, tem provocado reações na plateia brasileira. A produção brasileira tem sido alvo de forte rejeição às cenas de sexo entre os personagens centrais, vividos pelo brasileiro Wagner Moura e pelo alemão Clemens Schick. A relação entre os personagens Donato e Konrad leva dezenas de pessoas a deixar as salas de exibição em lugares como Niterói, no Grande Rio, e São Luís, no Maranhão. O filme ainda não foi lançado em Feira de Santana.
Na noite de domingo, 18, por exemplo, o incômodo com as cenas envolvendo Wagner Moura, o viril Capitão Nascimento dos filmes "Tropa de Elite" e "Tropa de Elite 2", levou mais de 40 pessoas a deixarem uma sala de cinema em Niterói, conforme informou Ancelmo Gois em sua coluna no jornal "O Globo".

A jornalista Vivian Fernandez testemunhou o caso. Ela conta que "na segunda cena, começou todo mundo a se levantar. Achei estranho e comecei a contar. Duas meninas, de cerca de 25 anos, diziam "não vim aqui para assistir a filme gay".

A mídia informa que na capital maranhense a história se repetiu. Numa sessão do filme na noite de terça-feira, 20, a interpretação de Wagner Moura como homossexual também não agradou a parte do público. Numa sala com cerca de 40 pessoas, mais da metade debandou depois de testemunhar as cenas. Os registros são de que, na primeira cena de amor entre Konrad e Donato, houve alguns comentários agressivos na sala. A senha para a saída de cerca de 25 espectadores foi a segunda cena.

A inquietação nas cadeiras das salas de exibição do Brasil e uma repercussão também negativa nas redes sociais, está suscitando a questão sobre a postura considerada "conservadora" do público.