João Carlos
Barroso nas filmagens de "O Pistoleiro", na feira livre de Feira de
Santana (ao fundo, a Igreja Senhor dos Passos)
Foto: Reprodução
Nas minhas
lembranças do convívio com o cineasta Olney São Paulo, sempre conto que no
início de 1976, assistimos juntos ao filme baiano "O Pistoleiro", de Oscar
Santana, no Cine Timbira, em sessão noturna.
Antes de
ser extinta, a feira livre de Feira de Santana foi cenário do filme. Aos 39
minutos aparece o personagem de Rui Resende em locação no passeio do Paço
Municipal, sentado em uma cadeira de engraxate (vivido por um adolescente na
época conhecido como Barrão). Ele observa uma vítima que está na feira livre, na
praça João Pedreira e caminha entre as barracas. Depois, com pouco mais de uma
hora de filme, aparece o personagem de João Carlos Barroso em cena na praça
Fróes da Motta.
"O
Pistoleiro" conta a história de três matadores de aluguel, bem ao estilo
dos que atuam no Nordeste. Um (Rui Resende) deles é veterano na profissão, já
com a índole criminosa impregnada. Outro (Emiliano Queiroz), é ingênuo, quase
débil mental, e o terceiro (João Carlos Barroso), o circunstancial, comete um
assassinato por vingança e é obrigado, sob a proteção de um mandante (Gilberto
Mestrinho), a enveredar pelo caminho do crime.
Assim, o
tema do filme é "a preservação da vida e a contestação a morte
premeditada", segundo Oscar Santana. Para ele, "partindo desse
principio resolvi fazer um filme analisando o comportamento do homem diante da
morte premeditada".
No filme, a
morte é quase sempre motivada por vingança, religiosidade, afronta pessoal e
por motivos econômicos.
O ator João Carlos Barroso, que faz o papel título, foi candidato ao Prêmio Coruja de Ouro, na categoria de protagonista. Ele, mais Gilberto Mestrinho, Emiliano Queiroz, Rui Resende, Elza de Castro, Regina Célia e Denise Bandeira, atores coadjuvantes da Rede Globo, que foram contratados. No elenco de sustentação, nomes baianos como Roberto Ferreira (o Zé Coió), Milton Gaúcho, Francisco Santos, Garibaldo Matos, Yan Sobanski, João Di Sordi, Maria Ligia - estes dois do elenco de "O Grito da Terra", de Olney - e o compositor Fernando Lona.
Oscar Santana, da Sani Filmes, é pioneiro no cinejornalismo baiano, criando, com outros, "A Bahia na Tela", no tempo em que as “atualidades” eram imprescindíveis como complementos nacionais antes do filme em cartaz. Com a sua produtora continua a fazer cinema até hoje. Pode-se afirmar que é único empresário baiano bem sucedido na área de cinema, com documentários premiados pelo apuro técnico, alto grau de carpintaria e artesania.
O ator João Carlos Barroso, que faz o papel título, foi candidato ao Prêmio Coruja de Ouro, na categoria de protagonista. Ele, mais Gilberto Mestrinho, Emiliano Queiroz, Rui Resende, Elza de Castro, Regina Célia e Denise Bandeira, atores coadjuvantes da Rede Globo, que foram contratados. No elenco de sustentação, nomes baianos como Roberto Ferreira (o Zé Coió), Milton Gaúcho, Francisco Santos, Garibaldo Matos, Yan Sobanski, João Di Sordi, Maria Ligia - estes dois do elenco de "O Grito da Terra", de Olney - e o compositor Fernando Lona.
Oscar Santana, da Sani Filmes, é pioneiro no cinejornalismo baiano, criando, com outros, "A Bahia na Tela", no tempo em que as “atualidades” eram imprescindíveis como complementos nacionais antes do filme em cartaz. Com a sua produtora continua a fazer cinema até hoje. Pode-se afirmar que é único empresário baiano bem sucedido na área de cinema, com documentários premiados pelo apuro técnico, alto grau de carpintaria e artesania.
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