Edinho Silva, o
ex-ministro da Comunicação Social de Dilma e que também é investigado na Lava
Jato, já previu em entrevista que 2016 será um dos piores da história para o
partido no que respeita à disputa eleitoral. Bem, acho que ele tem razão.
Confio na vergonha na cara média dos brasileiros, não é? Um pouco de bom senso
basta para não votar no partido que organizou o mensa-petrolão.
Não só isso: a crise
chega depois de 13 anos de poder, sendo que os 22 que o antecederam foram
dedicados à construção da imagem do monopolista da ética e da moralidade
pública, atacando todas as outras forças políticas porque supostamente
comprometidas com a corrupção.
Um dos sinais dessa
dificuldade se revelou nesta quarta-feira. Embora esteja exercendo o terceiro
mandato consecutivo na Bahia - agora com Rui Costa, depois de dois com Jaques
Wagner -, o partido não terá candidatura própria à Prefeitura de Salvador. O
Estado era um dos redutos eleitorais mais fortes do partido. É bem verdade que
a legenda nunca conseguiu administrar a capital.
Os petistas vão se juntar ao PSB - que é petista-dilmista no Estado - e ao
PCdoB para lançar uma candidata dessa legenda, a deputada Alice Portugal. ACM
Neto, do Democratas, atual prefeito, disputa a reeleição e é considerado por todos o
favorito.
As pré-candidaturas do
PT não teriam a menor chance de vingar. Um nome era Juca Ferreira, ex-ministro
da Cultura, que é simplesmente ignorado pelas bases do partido e pelo
eleitorado mais pobre. Outro, o deputado federal Valmir Assunção, é mero braço
do MST e afasta o eleitorado de classe média. Um terceiro, o vereador Gilmar
Santiago, não conseguiu se eleger nem deputado estadual em 2014.
É claro que isso reflete
a crise por que passa o partido. Já está certo que outras capitais do Nordeste
também não terão candidatos próprios: Teresina, Aracaju, São Luís e João
Pessoa. Ocorre que as dificuldades não se limitam a ser cabeça de chapa.
Segundo levantamento de
abril, o partido perdeu 135 dos l38 prefeitos eleitos em 2012 (21,15%). Em
alguns Estados, a situação é dramática. Em São Paulo, caíram fora 35 dos 73
(48%); no Paraná, 18 dos 40 (45%); no Rio, 7 dos 11 (63,63%).
Isso demonstra que nem
os petistas acreditam nas histórias contadas pela direção do PT. A cada vez que
vemos Lula ou Dilma, com suas bazófias, a anunciar amanhãs sorridentes para a
legenda, devemos nos lembrar de qual é o sentimento real do eleitor.
Ora, um partido não
consegue lançar um candidato quando não está em conexão com o sentimento das
ruas. E vê a fuga de seus filiados quando já não consegue mais lhes oferecer um
horizonte.
Que caminhe para a
extinção, abandonado pelo povo. É o justo! É o merecido.
Fonte: "Blog Reinaldo Azevedo"
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